Petróleo em alta e expectativa pela decisão do Fed pautam movimento de alívio nos mercados
Bolsas internacionais aguardam decisão de política monetária do Federal Reserve, mesmo que a expectativa seja pela manutenção do cenário. No Brasil, clima mais ameno em Brasília traz alívio aos negócios

O dia começa com o mercado internacional refletindo a recuperação do petróleo, após dois dias de fortes quedas, e em compasso de espera pela decisão de política monetária do Federal Reserve e balanços corporativos de peso. Além disso, lá fora ainda temos a divulgação da primeira prévia do PIB americano.
Após dias turbulentos no campo político, a falta de novidades e novos embates trouxe alívio aos negócios locais. Mesmo assim, investidores seguem monitorando o clima tenso em Brasília e a aceleração da curva de infectados pelo coronavírus no país.
Alívio na tensão
Sem grandes novidades no campo político, os mercados responderam com um dia de grande alívio, se afastando do comportamento dos últimos dias.
Nem mesmo a queda das bolsas americanas minou o Ibovespa, que fechou em forte alta de 3,93%, aos 81.312,23 pontos.
O dólar também teve um dia de alívio, fechando o dia em queda de 2,55%, a R$ 5,5151 - o maior recuo diário desde junho de 2018.
A aparentemente tranquilidade, principalmente após o apoio público de Bolsonaro ao ministro Paulo Guedes, se deu pela falta de notícias, mas o cenário em Brasília continua tenso e ainda pode trazer surpresas desagradáveis ao mercado, principalmente as que dizem respeito à relação do Congresso com o Executivo e a investigação das denúncias feitas por Moro.
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O Brasil ultrapassou a marca dos cinco mil mortos (5.017) e atingiu um novo recorde para o número de mortos em 24 horas - 474.
O presidente Donald Trump disse que os Estados Unidos podem aumentar as medidas de restrição aos brasileiros que voam para o país.
Bolsonaro, no entanto, afirmou que lamenta, mas não tem o que fazer quanto ao cenário da pandemia que se desenha no país.
"E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê? Eu sou Messias, mas não faço milagre" - Jair Bolsonaro
Pautado na esperança
No resto do mundo, o coronavírus já atingiu a marca de 3,1 milhões de infectados, com 217,5 mortos.
Mas, o cenário que se desenha é de otimismo. A desaceleração da curva de infectados em alguns países da Europa e estados americanos, após semanas de isolamento social, e a gradual volta às atividades aumenta o apetite por risco dos investidores.
Embaladas também pela recuperação parcial do petróleo, as bolsas asiáticas fecharam em alta.
Em espera
Em Nova York, o dia começa com os índices futuros sugerindo um dia de recuperação baseado nas boas notícias no front do coronavírus e do mercado de petróleo.
Os investidores ainda aguardam a decisão de política monetária do Federal Reserve, que será anunciada na tarde de hoje, ainda que a expectativa seja pela manutenção do cenário atual.
O dia também conta com balanços de empresas fortes e de peso, como Boeing, General Electric, Facebook e Microsoft.
Na Europa, o pregão também começou o dia no positivo e agora opera perto da estabilidade.
Correndo atrás
Depois de dois dias de perdas fortes, o petróleo teve uma madrugada agitada. Após um avanço menor do que o esperado nos estoques americanos da commodity, a commodity iniciou um movimento firme de alta.
O Instituto de Petróleo Americano (API) divulgou ontem que os estoques aumentaram 10 milhões de barris na semana passada. O petróleo WTI chegou a subir mais de 16%.
Nesta manhã, por volta das 7h30, o petróleo do tipo WTI avança 13%, a US$ 13,99 o barril, enquanto o Brent subia 3,78%, a US$ 23,62.
Balanços
A temporada de balanços corporativos do primeiro trimestre reserva a divulgação de Cesp, ISA Cteep, Cia Hering, Odontoprev e Weg para o capítulo de hoje.
Confira alguns dos últimos resultados divulgados:
- Mesmo ainda tendo gastos com o desastre de Brumadinho, a Vale reverteu o prejuízo e apresentou um lucro de US$ 239 milhões no primeiro trimestre.
- Cielo teve lucro líquido de R$ 166,8 milhões no primeiro trimestre de 2020. A cifra corresponde a uma queda de 69,4%.
- Minerva conseguiu reverter o prejuízo e entregou um lucro de R$ 271,2 milhões no 1º trimestre. Ebitda foi de R$ 381,5 milhões, alta de 16%.
- O lucro da Raia Drogasil foi de R$ 123,3 mil, alta de 39,3% no primeiro trimestre. A receita avançou 25,2%, a R$ 4,9 bilhões.
- Lucro da Smiles caiu 60,3% no 1° trimestre, para R$ 56,3 milhões. A receita caiu 28,8%, a R$ 171,3 milhões.
Agenda
A Fundação Getulio Vargas divugla nesta manhã (8h) o IGP-M.
Governo divulga resultado das contas públicas (10h30). O secretário do Tesouro Mansueto comenta os resultados 11h.
Lá fora, além da decisão do Fed, também temos a primeira prévia do PIB do primeiro trimestre dos Estados Unidos. Os números devem trazer os impactos do coronavírus na maior economia do mundo.
A China divulga à noite (22h) o PMI industrial de abril.
Agenda em Brasília
A Câmara deve votar hoje o Orçamento paralelo, conhecida como PEC do Orçamento de Guerra, e que pode ampliar a atuação do Banco Central.
Ás 15h acontece a posse posse dos ministros da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça, da Advocacia-Geral da União (AGU), José Levi, e do diretor-geral da PF, Alexandre Ramagem.
Fique de olho
- Hermes Pardini irá pagar R$ 2,934 milhões em dividendos.
- Hapvida aprovou pagamento de R$ 12,247 milhões em dividendos. A companhia também anunciou um programa de recompra de até 21,7 milhões de ações.
- Odontoprev aprovou pagamento de dividendos no valor de R$ 0,0678 por ação.
- Usiminas pagará dividendos no valor de R$ 0,0359 por ação.
- Acionistas da Sabesp aprovaram pagamento de R$ 941 milhões em juros sobre capital próprio.
- Santos Brasil fará pagamento de R$ 11,684 milhões de dividendos
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