Otimismo com vacina contra a covid-19 guia os mercados em dia de agenda cheia
Mesmo com o avanço do número de casos do coronavírus nos Estados Unidos, os investidores preferem focar nos avanços das pesquisas para a produção de uma vacina. No Brasil, destaque para a retomada das discussões sobre a reforma tributária e as novas projeções do governo para a economia
A possibilidade de que uma vacina contra o coronavírus surja nos próximos meses continua refletindo nos mercados nesta quarta-feira. Mesmo com o avanço dos números de casos nos Estados Unidos - o que pode levar a uma retomada econômica mais lenta -, os investidores seguem apostando nas novidades positivas para manter o bom humor do mercado. Entre os fatores que ainda inspiram cautela, também temos uma escalada nas tensões entre Estados Unidos e China.
Na agenda, destaque para a divulgação dos balanços corporativos, números da produção industrial e o Livro Bege nos Estados Unidos. No Brasil, o governo divulgará novas projeções econômicas para o PIB e inflação, o que deve recalibrar as apostas para a Selic na próxima reunião do Copom.
Seguindo a China
Embora a terça-feira (14) tenha começado no campo negativo para as bolsas globais, ao fim do dia foi o otimismo que prevaleceu.
O Ibovespa fechou a sessão com uma alta de 1,77%, aos 100.440,23 pontos. O dólar acompanhou a tendência global de alívio e caiu 0,73%, aos R$ 5,3490.
Mesmo com os novos casos de coronavírus fora de controle nos Estados Unidos, os investidores preferiram refletir os dados acima do esperado da balança comercial chinesa. Com a demanda mais aquecida, a expectativa é que o país asiático consuma mais commodities, o que puxou par acima as ações da Vale e Petrobras. Por terem grande peso dentro do Ibovespa, o movimento se refletiu no resultado positivo da bolsa brasileira ontem.
Hora das reformas
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, disse que irá retomar a tramitação da reforma tributária. Os trabalhos da comissão especial serão retomados e, segundo Maia, o trabalho é urgente.
Leia Também
O ciclo se repete
Desde o começo da pandemia do novo coronavírus, um mesmo ciclo anda se repetindo nos mercados: conforme o número de casos sobe, a aversão ao risco acompanha, novas notícias sobre avanços no tratamento ou desenvolvimento de uma vacina surgem e os investidores comemoram.
Dessa vez não é diferente. Em um momento em que os agentes financeiros estão preocupados com o crescimento do número de casos da doença nos Estados Unidos, a notícia de que a empresa farmacêutica Moderna conseguiu produzir anticorpos em todos os seus pacientes testados injetou mais confiança nos investidores e hoje sustenta uma melhora no humor dos mercados.
Mas, ainda existem diversos fatores negativos que também pressionam os negócios. As tensões entre Estados Unidos e China seguem escalando. O presidente Donald Trump assinou uma legislação para impor sanções a autoridades e entidades chinesas, como forma de retaliação pela nova lei de segurança nacional em Hong Kong. O presidente americano também revogou o tratamento especial que os EUA concediam à ex-colônia britânica. O esperado é que a China revide.
Ainda na Ásia, o Banco Central japonês decidiu manter a sua política monetária inalterada, mas mostrou sinais de pessimismo com a recuperação. Agora, a projeção para a queda do PIB está entre 4,5% e 5,7% contra a queda de 3% a 5% estimada anteriormente.
Os sinais mistos fizeram com que as bolsas asiáticas fechassem sem direção única. Na Europa, a preocupação com a 2ª onda do coronavírus se dissipa com as notícias em torno da vacina da Moderna. Os índices futuros em Nova York também operam no positivo.
Falência decretada
A Justiça de São Paulo decretou a falência da companhia aérea Avianca Brasil. O pedido havia sido feito pela própria empresa.
Com dívidas superiores a R$ 2,7 bilhões, a Avianca estava em recuperação judicial desde 2018.
Agenda
O mercado de commodities deve continuar aquecido hoje, com divulgações importantes que podem mexer com o setor.
Nesta quarta-feira a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) terá uma reunião para discutir novos cortes a produção de petróleo. Mais tarde, números do PIB chinês devem trazer um retrato da retomada econômica no país asiático.
Nos Estados Unidos, destaque para a divulgação do Livro Bege do Federal Reserve, a ata da última reunião. Teremos também a divulgação da produção industrial de junho (10h15).
No Brasil, destaque para as novas projeções de indicadores macroeconômicos feitos pelo ministério da Economia (10h30) - com estimativas para o PIB e inflação.
Fique de olho
- As Lojas Americanas captaram R$ 7,9 bilhões em seu follow on, com execução do lote adicional. As ações ordinárias saíram por R$ 29,78 e as preferenciais a R$ 34,50 - valores com leve desconto com relação ao fechamento da terça-feira.
Nem o ‘Pacman de FIIs’, nem o faminto TRXF11, o fundo imobiliário que mais cresceu em 2025 foi outro gigante do mercado; confira o ranking
Na pesquisa, que foi realizada com base em dados patrimoniais divulgados pelos FIIs, o fundo vencedor é um dos maiores nomes do segmento de papel
De olho na alavancagem, FIIs da TRX negociam venda de nove imóveis por R$ 672 milhões; confira os detalhes da operação
Segundo comunicado divulgado ao mercado, os ativos estão locados para grandes redes do varejo alimentar
“Candidatura de Tarcísio não é projeto enterrado”: Ibovespa sobe e dólar fecha estável em R$ 5,5237
Declaração do presidente nacional do PP, e um dos líderes do Centrão, senador Ciro Nogueira (PI), ajuda a impulsionar os ganhos da bolsa brasileira nesta quinta-feira (18)
‘Se eleição for à direita, é bolsa a 200 mil pontos para mais’, diz Felipe Miranda, CEO da Empiricus
CEO da Empiricus Research fala em podcast sobre suas perspectivas para a bolsa de valores e potenciais candidatos à presidência para eleições do próximo ano.
Onde estão as melhores oportunidades no mercado de FIIs em 2026? Gestores respondem
Segundo um levantamento do BTG Pactual com 41 gestoras de FIIs, a expectativa é que o próximo ano seja ainda melhor para o mercado imobiliário
Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025
Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira
Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall
A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão
Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo
Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic
Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade
Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva
‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú
Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros
Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander
Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores
Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI
Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno
Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50
Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa
As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores
Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema
Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem
BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México
O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”
A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação
2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque
As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%
Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano
Bancos sobem na bolsa com o fim das sanções contra Alexandre de Moraes — Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque
Quando a sanção foi anunciada, em agosto deste ano, os papéis dos bancos desabaram devido as incertezas em relação à aplicação da punição
TRXF11 volta a encher o carrinho de compras e avança nos setores de saúde, educação e varejo; confira como fica o portfólio do FII agora
Com as três novas operações, o TRXF11 soma sete transações só em dezembro. Na véspera, o FII já tinha anunciado a aquisição de três galpões
