IBC-Br e temporada de balanços nos EUA roubam a atenção dos investidores em meio a temor com a covid-19
Números surpreendentes da economia chinesa não foram o suficiente para diluir as preocupações com o avanço do coronavírus e reestabelecimento de medidas de isolamento na califórnia. Com excessão dos índices futuros em Nova York, o sinal predominante no mercado é o de queda
A terça-feira é de agenda cheia para os investidores. No Brasil, expectativas para a divulgação do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) de maio (9h), considerado a prévia do PIB do BC. Lá fora, o destaque é o começo da temporada de balanços corporativos nos Estados Unidos.
Mais cedo os investidores receberam sem entusiasmo diversos indicadores europeus que vieram abaixo do esperado. Na China, os números surpreendentes das importações e exportações de junho não foram suficientes para apagar as preocupações com o coronavírus, que segue sendo o maior fator de cautela nos mercados. A decisão do estado da Califórnia em fechar novamente bares e restaurantes levantam dúvidas de como realmente deve se dar a retomada econômica nos Estados Unidos e no Mundo.
Segunda onda
Nas últimas semanas, a preocupação com uma segunda onda do coronavírus tem pesado nos mercados. O receio sempre foi de que com o avanço acelerado da doença na principal potência econômica do mundo, os estados reatroagissem em suas medidas de isolamento social.
Em um momento em que os Estados Unidos batem recordes diários de novos casos, e os investidores já se encontravam cautelosos com a situação, o estado da Califórnia decidiu fechar locais de ambientes fechados como restaurantes, vinícolas, cinemas, zoológicos, museus e bares. Em algumas regiões, salões de beleza e academias também terão que fechar as portas.
Uma segunda onda forte no país e a necessidade de novas medidas de isolamento pode provocar um impacto negativo na curva da retomada da atividade econômica - tanto nos EUA como no resto do mundo.
Assim, as notícias que chegaram da Califórnia minaram os ânimos dos investidores globalmente, com as bolsas fechando próximas das mínimas.
O Ibovespa perdeu o patamar dos 100 mil pontos e fechou o dia em queda de 1,33%, aos 98.697,06 pontos. O dólar terminou em alta de 1,25%, a R$ 5,3885.
Leia Também
Destaque da agenda
No Brasil, a atenção dos investidores se volta para a divulgação do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) de maio. Considerado a prévia do PIB do BC, o número deve refletir uma recuperação após superado o momento mais delicado da pandemia no país. Segundo estimativas da Broadcast, o IBC-Br deve apontar uma alta de 4,4%.
Fator EUA
O cenário da pandemia no mundo continua assustando os investidores nesta terça-feira, com os Estados Unidos e Brasil liderando os números de casos e mortos pela doença.
Além disso, novas rusgas entre EUA e China também retornam ao radar do investidor. Mike Pompeo, secretário de Estado americano, afirmou que a reivindicação chinesa por recursos do mar do sul da China é ilegal. Na nota oficial, o secretário afirma que "os Estados Unidos defendem um Indo-Pacífico livre e aberto" e que "o mundo não permitirá que Pequim trate o Mar do Sul da China como seu império marítimo".
A nova onda de tensão acontece ainda em meio aos atritos envolvendo discussões sobre a responsabilidade pela pandemia de covid-19 e a nova onda autoritária chinesa sobre Hong Kong.
Durante a madrugada, nem mesmo novos números positivos das exportações e importações chinesas animaram os investidores e as bolsas do continente acabaram fechando em queda.
Os números surpreenderam de forma positiva. As exportações avançaram 0,5% em junho, ante queda de 3,3% em maio. A expectativa era de queda de 4,3%. Já as importações cresceram 2,7%, após tombo de 16,7% em maio. A previsão era de queda de 10%.
Na Europa, as bolsas também refletem o temor com a situação do coronavírus nos Estados Unidos e operam em queda nesta manhã após a divulgação de novos dados econômicos na região.
Na zona do euro, a produção industrial subiu 12,4% de abril para maio, ante expectativa de 13,2%. No Reino Unido a alta foi de 6%, com projeção de alta de 7,5%. O PIB britânico também decepcionou, mesmo após a recuperação de 1,8% em maio. A expectativa era de uma aceleração de 5,5%.
No entanto, nos Estados Unidos os índices futuros operam em leve alta nesta manhã. Por lá, os investidores aguardam os primeiros balanços trimestrais, com destaque para os grandes bancos. Fique de olho em: JPMorgan, Delta Airlines, Citigroup e Wells Fargo.
Agenda
No Brasil o destaque fica com a divulgação do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) de maio (9h).
No exterior, a temporada de balanço é a grande estrela, mas destaqye também para o relatório mensal da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e índice de preços ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos.
Fique de olho
- Smiles convocou assembleia extraordinária para o dia 20 de agosto para discutir o acordo para venda antecipada de passagens da Gol à empresa.
- Hapvida antecipará pagamento de dividendos e juros sobre capital próprio de 30 de dezembro para 24 de julho.
- BTG Pactual aprovou aumento de capital para R$ 10,042 bilhões.
- A precificação das ações da You Inc ficou entre R$ 17,50 e R$ 23,50.
Com novo inquilino no pedaço, fundo imobiliário RBVA11 promete mais renda e menos vacância aos cotistas
O fundo imobiliário RBVA11, da Rio Bravo, fechou contrato de locação com a Fan Foods para um restaurante temático na Avenida Paulista, em São Paulo, reduzindo a vacância e ampliando a diversificação do portfólio
Fiagro multiestratégia e FoFs de infraestrutura: as inovações no horizonte dos dois setores segundo a Suno Asset e a Sparta
Gestores ainda fazem um alerta para um erro comum dos investidores de fundos imobiliários que queiram alocar recursos em Fiagros e FI-Infras
FIIs atrelados ao CDI: de patinho feio à estrela da noite — mas fundos de papel ainda não decolam, segundo gestor da Fator
Em geral, o ciclo de alta dos juros tende a impulsionar os fundos imobiliários de papel. Mas o voo não aconteceu, e isso tem tudo a ver com os últimos eventos de crédito do mercado
JP Morgan rebaixa Fleury (FLRY3) de compra para venda por desinteresse da Rede D’Or, e ações têm maior queda do Ibovespa
Corte de recomendação leva os papéis da rede de laboratórios a amargar uma das maiores quedas do Ibovespa nesta quarta (22)
“Não é voo de galinha”: FIIs de shoppings brilham, e ainda há espaço para mais ganhos, segundo gestor da Vinci Partners
Rafael Teixeira, gestor da Vinci Partners, avalia que o crescimento do setor é sólido, mas os spreads estão maiores do que deveriam
Ouro cai mais de 5% com correção de preço e tem maior tombo em 12 anos — Citi zera posição no metal precioso
É a pior queda diária desde 2013, em um movimento influenciado pelo dólar mais forte e perspectiva de inflação menor nos EUA
Por que o mercado ficou tão feliz com a prévia da Vamos (VAMO3) — ação chegou a subir 10%
Após divulgar resultados operacionais fortes e reforçar o guidance para 2025, os papéis disparam na B3 com investidores embalados pelo ritmo de crescimento da locadora de caminhões e máquinas
Brava Energia (BRAV3) enxuga diretoria em meio a reestruturação interna e ações têm a maior queda do Ibovespa
Companhia simplifica estrutura, une áreas estratégicas e passa por mudanças no alto escalão enquanto lida com interdição da ANP
Inspirada pela corrida pelo ouro, B3 lança Índice Futuro de Ouro (IFGOLD B3), 12° novo indicador do ano
Novo indicador reflete a crescente demanda pelo ouro, com cálculos diários baseados no valor de fechamento do contrato futuro negociado na B3
FII RCRB11 zera vacância do portfólio — e cotistas vão sair ganhando com isso
O contrato foi feito no modelo plug-and-play, em que o imóvel é entregue pronto para uso imediato
Recorde de vendas e retorno ao Minha Casa Minha Vida: é hora de comprar Eztec (EZTC3)? Os destaques da prévia do 3T25
BTG destaca solidez nos números e vê potencial de valorização nas ações, negociadas a 0,7 vez o valor patrimonial, após a Eztec registrar o maior volume de vendas brutas da sua história e retomar lançamentos voltados ao Minha Casa Minha Vida
Usiminas (USIM5) lidera os ganhos do Ibovespa e GPA (PCAR3) é a ação com pior desempenho; veja as maiores altas e quedas da semana
Bolsa se recuperou e retornou aos 143 mil pontos com melhora da expectativa para negociações entre Brasil e EUA
Como o IFIX sobe 15% no ano e captações de fundos imobiliários continuam fortes mesmo com os juros altos
Captações totalizam R$ 31,5 bilhões até o fim de setembro, 71% do valor captado em 2024 e mais do que em 2023 inteiro; gestores usam estratégias para ampliar portfólio de fundos
De operário a milionário: Vencedor da Copa BTG Trader operava “virado”
Agora milionário, trader operava sem dormir, após chegar do turno da madrugada em seu trabalho em uma fábrica
Apesar de queda com alívio nas tensões entre EUA e China, ouro tem maior sequência de ganhos semanais desde 2008
O ouro, considerado um dos ativos mais seguros do mundo, acumulou valorização de 5,32% na semana, com maior sequência de ganhos semanais desde setembro de 2008.
Roberto Sallouti, CEO do BTG, gosta do fundamento, mas não ignora análise técnica: “o mercado te deixa humilde”
No evento Copa BTG Trader, o CEO do BTG Pactual relembrou o início da carreira como operador, defendeu a combinação entre fundamentos e análise técnica e alertou para um período prolongado de volatilidade nos mercados
Há razão para pânico com os bancos nos EUA? Saiba se o país está diante de uma crise de crédito e o que fazer com o seu dinheiro
Mesmo com alertas de bancos regionais dos EUA sobre o aumento do risco de inadimplência de suas carteiras de crédito, o risco não parece ser sistêmico, apontam especialistas
Citi vê mais instabilidade nos mercados com eleições de 2026 e tarifas e reduz risco em carteira de ações brasileiras
Futuro do Brasil está mais incerto e analistas do Citi decidiram reduzir o risco em sua carteira recomendada de ações MVP para o Brasil
Kafka em Wall Street: Por que você deveria se preocupar com uma potencial crise nos bancos dos EUA
O temor de uma infestação no setor financeiro e no mercado de crédito norte-americano faz pressão sobre as bolsas hoje
B3 se prepara para entrada de pequenas e médias empresas na Bolsa em 2026 — via ações ou renda fixa
Regime Fácil prevê simplificação de processos e diminuição de custos para que companhias de menor porte abram capital e melhorem governança
