Tensão entre EUA e Irã faz preço do petróleo disparar e interrompe otimismo dos mercados
Bom humor durou pouco e escalada de tensão entre Estados Unidos e Irã durante a madrugada causa movimento de realização nos mercados
Ontem o primeiro pregão do ano foi de recorde, tanto aqui como nos Estados Unidos, com direito a recorde triplo lá fora. Mas a sexta-feira tem tudo para ser mais difícil para os mercados mundiais.
O dia amanhece tenso com as notícias que chegam dos Estados Unidos e do Oriente Médio. O líder irainiano da Guarda Revolucionária Islâmica, Qassem Soleimani, foi morto durante um ataque feito pelos EUA ao aeroporto de Bagdá. Ele era um dos mais poderosos líderes do Irã.
Agora, o temor é pela retaliação do Irã ao país ocidental. Soleimani era um homem de grande influência na região e um dos principais cotados para suceder o atual presidente iraniano Hassan Rouhani.
Alguns especialistas já falam até mesmo em declaração de guerra e as chances elevadas de um conflito armado. Segundo o Pentágono, Soleimani estava por trás de planos para atacar diplomatas e militares americanos.
Respingando
E como toda crise que envolve o Oriente Médio, o preço do barril do Petróleo disparou mais de 4% durante a madrugada. Se seguir a tendência, a commodity pode chegar aos mesmos níveis de setembro do ano passado, quando um ataque destruiu grande parte da produção saudita.
A escalada da commodity estraga a festa das bolsas que seguiam em uma toada alucinante, refletindo o alívio da Guerra Comercial e o bom humor com os novos dados econômicos. Em um cenário de tensão e aversão ao risco, ativos como o ouro, o ienee e o franco suiço se destacam.
Ontem, o Ibovespa, por exemplo encerrou o dia em nova máxima histórica, aos 118,573,10, indo além das bolsas de Nova York, que fecharam o primeiro pregão do ano com recorde triplo na Dow Jones, S&P 500 e o Nasdaq.
Mas hoje a história amanhece diferente com recuo nos mercados. A tensão faz as bolsas da Europa abrirem em queda, após uma sessão mista na Ásia que já refletia as notícias. Nos Estados Unidos, os índices futuros amargavam quedas maiores que 1% por volta das 7h30.
Mas, enquanto os mercados se retraem, as petroleiras podem surfar em uma maré de alta. Pelo menos é o que adianta o mercado europeu.
Em Londres, as ações da British Petroleum estavam entre as maiores altas, avançando 1,87%.
Enquanto isso…
Nem mesmo a ata do Fed, que será divulgada hoje às 16h e é aguardada com entusiasmo parece capaz de amenizar o mau humor. Além disso dois diretores com direito a voto discursam: Lael Brainard e Robert Kaplan.
O ISM da atividade industrial americana também é divulgado hoje.
No radar
- Mudanças no Santander: Conrado Engel deixou o conselho e José de Paiva Ferreira a vice-presidência
- Itaú reduziu sua fatia na Cyrela para menos de 5% das ações ON, antes o total era de 5,39%
- American Airlines negocia indenização com a Boeing pela parada de 24 aeronaves 737 Max.
Acionistas da Zamp (BKBR3) recusam-se a ceder a coroa do Burger King ao Mubadala; veja quem rejeitou a nova oferta
Detentores de 22,5% do capital da Zamp (BKBR3) já rechaçaram a nova investida do Mubadala, fundo soberano dos Emirados Árabes Unidos
Inflação americana segue sendo o elefante na sala e Ibovespa cai abaixo dos 110 mil pontos; dólar vai a R$ 5,23
O Ibovespa acompanhou o mau humor das bolsas internacionais e segue no aguardo dos próximos passos do Fed
Esquenta dos mercados: Cautela prevalece e bolsas internacionais acompanham bateria de dados dos EUA hoje; Ibovespa aguarda prévia do PIB
As bolsas no exterior tentam emplacar alta, mas os ganhos são limitados pela cautela internacional
Wall Street se recupera, mas Ibovespa cai com varejo fraco; dólar vai a R$ 5,17
O Ibovespa não conseguiu acompanhar a recuperação das bolsas americanas. Isso porque dados do varejo e um desempenho negativo do setor de mineração e siderurgia pesaram sobre o índice.
Esquenta dos mercados: Depois de dia ‘sangrento’, bolsas internacionais ampliam quedas e NY busca reverter prejuízo; Ibovespa acompanha dados do varejo
Os futuros de Nova York são os únicos que tentam emplacar o tom positivo após registrarem quedas de até 5% no pregão de ontem
Inflação americana derruba Wall Street e Ibovespa cai mais de 2%; dólar vai a R$ 5,18 com pressão sobre o Fed
Com o Nasdaq em queda de 5% e demais índices em Wall Street repercutindo negativamente dados de inflação, o Ibovespa não conseguiu sustentar o apetite por risco
Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais sobem em dia de inflação dos EUA; Ibovespa deve acompanhar cenário internacional e eleições
Com o CPI dos EUA como o grande driver do dia, a direção das bolsas após a divulgação dos dados deve se manter até o encerramento do pregão
CCR (CCRO3) já tem novos conselheiros e Roberto Setubal está entre eles — conheça a nova configuração da empresa
Além do novo conselho de administração, a Andrade Gutierrez informou a conclusão da venda da fatia de 14,86% do capital da CCR para a Itaúsa e a Votorantim
Expectativa por inflação mais branda nos Estados Unidos leva Ibovespa aos 113.406 pontos; dólar cai a R$ 5,09
O Ibovespa acompanhou a tendência internacional, mas depois de sustentar alta de mais de 1% ao longo de toda a sessão, o índice encerrou a sessão em alta
O Mubadala quer mesmo ser o novo rei do Burger King; fundo surpreende mercado e aumenta oferta pela Zamp (BKBR3)
Valor oferecido pelo fundo aumentou de R$ 7,55 para R$ 8,31 por ação da Zamp (BKBR3) — mercado não acreditava em oferta maior
Leia Também
-
Bolsa hoje: Ibovespa é embalado por balanços e fecha em alta, enquanto dólar tem leve queda; Suzano (SUZB3) despenca 12%
-
Vamos (VAMO3) coloca o “pé na estrada” e dispara 12% na B3 após balanço. É hora comprar as ações?
-
Oportunidade em Vale: bancão diz que risco-recompensa melhorou e que é hora de comprar as ações VALE3
Mais lidas
-
1
'Se eu quisesse investir em golpes, esta seria a próxima grande indústria': o alerta de Warren Buffett sobre a inteligência artificial
-
2
Banrisul (BRSR6) e IRB (IRBR3) são os mais expostos pela tragédia climática no RS, diz JP Morgan, que calcula o impacto nos resultados
-
3
Campos Neto 'esnoba' dólar, o futuro dos juros no Brasil e fundos imobiliários com desconto na bolsa: os destaques do na semana