IPO: conheça as ciladas e saiba como lucrar com as novatas da bolsa
O maior problema do IPO para os pequenos investidores é a assimetria de informação. De um lado estão os atuais donos da companhia e os banqueiros coordenadores da oferta. Do lado oposto, estamos nós, os investidores, que precisamos decidir se vale a pena, ou não, investir na empresa.
Com o Ibovespa se aproximando da máxima histórica, muitas companhias têm aproveitado para emplacar as suas tentativas de IPO (oferta pública inicial de ações).
Se você não entende muito bem essa relação entre bolsa em alta e o número de IPOs, lembre-se que o Ibovespa próximo às máximas significa euforia, o que permite às novatas venderem as suas ações por preços elevados.
Sob a ótica do nosso mercado de capitais, essa é uma excelente notícia, já que o número de companhias listadas é justamente uma das alavancas para o seu desenvolvimento. Mais companhias atraem mais investidores, que têm mais alternativas para investir. Mais investidores atraem ainda mais companhias, pois há mais dinheiro na mesa, e assim o ciclo segue se retroalimentando.
Aliás, vale a pena mencionar que nos Estados Unidos só a Nasdaq e a NYSE têm juntas mais de 5 mil companhias listadas, enquanto no Brasil esse número não passa de 600.
Mas e sob a perspectiva dos investidores? Será que investir em IPOs é uma boa?
O seu maior inimigo
O maior problema do IPO para os pequenos investidores é a assimetria de informação.
Leia Também
De um lado estão os atuais donos da companhia e os banqueiros coordenadores da oferta.
Nem preciso dizer que o interesse dos donos é vender as ações da companhia pelo maior valor possível, não é? Interesse esse que é compartilhado pelos bancos, já que a sua comissão também depende do preço das ações.
Do lado oposto, estamos nós, os investidores, que precisamos decidir se vale a pena, ou não, investir na empresa.
Para basear a nossa decisão, temos à disposição algumas informações presentes em um documento chamado prospecto. O problema é que, além de conter dados limitados aos últimos três anos, adivinha quem elabora o tal do prospecto: sim, os mesmos banqueiros que vão ganhar comissão.
Sabendo disso, você acredita mesmo que os verdadeiros riscos para a tese de investimento estarão descritos no documento da oferta?
"Quem vai vender as ações?"
Infelizmente, não existe uma bala de prata para decidir se vale ou não a pena investir em IPOs. Se alguém disser que existe, desconfie...
Os resultados estão melhorando, a dívida é "pagável", as perspectivas são boas e os múltiplos estão de acordo com o potencial das ações?
Essas perguntas são importantes mas todo mundo já sabe disso.
Por isso, eu gosto de lembrar de uma outra que normalmente é deixada de lado: "quem vai vender as ações que eu estou comprando na oferta?"
É a companhia (oferta primária) que está vendendo essas ações para usar o dinheiro em novos investimentos, ou os atuais acionistas (oferta secundária) que decidiram vender a sua participação na sociedade?
Pode até parecer um detalhe, mas não é!
Se o negócio é tão bom – como normalmente os bancos descrevem nos prospectos –, por que os donos atuais optariam por vender a sua participação?
Será que eles estão querendo apenas colocar uma grana no bolso depois de tanto trabalho dedicado ao desenvolvimento da empresa até que ela chegasse à bolsa?
Ou será que eles acreditam que o futuro dela já não é mais tão promissor e decidiram vender suas ações?
Ou, pior, a companhia é uma porcaria, mas maquiou os números do prospecto para ficar mais bonita aos olhos dos investidores e permitir a saída dos atuais acionistas por preços interessantes?
Nunca teremos como saber. Mais uma vez, é a assimetria de informação jogando contra nós.
Por esse motivo, sempre fique com um pé atrás quando as ofertas são majoritariamente secundárias.
A oferta é normalmente bem mais nobre quando é primária. Nesse caso, os antigos donos não vendem as suas ações. Quem faz isso é a própria companhia e todo o "dinheiro novo" vai direto para o seu caixa.
Além de ela poder utilizar os recursos para realizar algum investimento ou quitar dívidas caras, não deixa de ser positivo o sinal de que os antigos donos pretendem continuar firmes no negócio.
Não será a sua única chance
Outra dica que eu gosto de dar é: tenha paciência!
Às vezes eu tenho a impressão que muita gente decide entrar em um IPO porque acha que, se não comprar naquele momento, nunca mais terá essa oportunidade.
Mas isso é um equívoco.
Um exemplo relativamente recente foi o caso da Centauro (CNTO3), que apesar da promessa de transformação digital que levaria a companhia para outro patamar, ainda apresentava resultados bastante erráticos e prejuízo na época do seu IPO.
A sugestão para os assinantes da Empiricus foi de não participar da oferta até que os resultados começassem a mostrar os primeiros sinais de virada.
Durante um bom tempo as ações ficaram de lado. Mas quando os resultados começaram a mostrar uma melhora sólida, entraram na carteira do Palavra do Estrategista e renderam ótimos lucros aos assinantes.
Novas, sim. Melhores, não
Outro erro comum dos investidores é pensar que as companhias que estão em processo de IPO são melhores porque são mais novas.
Pode reparar: o seu interesse pela companhia que vai estrear na próxima semana é muito maior do que outra que já está listada há décadas.
"Ruy, esquece Banco do Brasil, cara! Esse daí já é velho na bolsa. Tem empresa novinha no pedaço".
É como se essas estreantes fossem um carro zero quilômetro, e as veteranas um usado acabado.
Isso não faz o menor sentido!
As novatas não pagam mais dividendos, não tem resultados melhores, e não apresentam um melhor potencial de valorização só porque estrearam há menos tempo.
Na verdade, o que normalmente acontece é que esse interesse todo acaba deixando as ações de IPOs caras, o que costuma se transformar em um péssimo negócio para quem participou do processo.
Agulha no palheiro
Antes que você fique frustrado, deixo claro que alguns IPOs valem muito a pena. Mas eu garanto que isso é mais uma exceção do que uma regra.
Para ajudar a encontrar essas agulhas no palheiro, na Empiricus trazemos uma análise completa de cada um dos IPOs e distribuímos para os todos assinantes de cada um dos produtos – desde os básicos até os premium.
Quando encontramos alguma oportunidade nessas ofertas, sugerimos a participação. Aliás, nesta semana indicamos a participação em um IPO que vai acontecer em breve de uma companhia com grande potencial de crescimento.
Além desta, já existem cerca de vinte outras empresas na fila para tentar emplacar suas ofertas.
Quer receber em primeira-mão a nossa opinião sobre cada uma delas e as outras que ainda estão por vir?
É só escolher qualquer um dos planos disponíveis a partir de R$ 5 e participar quando for sugerido.
Um grande abraço e até a próxima!
Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025
Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira
Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall
A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão
Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo
Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic
Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade
Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva
‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú
Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros
Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander
Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores
Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI
Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno
Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50
Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa
As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores
Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema
Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem
BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México
O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”
As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%
Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano
A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação
2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque
Bancos sobem na bolsa com o fim das sanções contra Alexandre de Moraes — Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque
Quando a sanção foi anunciada, em agosto deste ano, os papéis dos bancos desabaram devido as incertezas em relação à aplicação da punição
TRXF11 volta a encher o carrinho de compras e avança nos setores de saúde, educação e varejo; confira como fica o portfólio do FII agora
Com as três novas operações, o TRXF11 soma sete transações só em dezembro. Na véspera, o FII já tinha anunciado a aquisição de três galpões
BofA seleciona as 7 magníficas do Brasil — e grupo de ações não tem Petrobras (PETR4) nem Vale (VALE3)
O banco norte-americano escolheu empresas brasileiras de forte crescimento, escala, lucratividade e retornos acima da Selic
Ibovespa em 2026: BofA estima 180 mil pontos, com a possibilidade de chegar a 210 mil se as eleições ajudarem
Banco norte-americano espera a volta dos investidores locais para a bolsa brasileira, diante da flexibilização dos juros
JHSF (JHSF3) faz venda histórica, Iguatemi (IGTI3) vende shoppings ao XPML11, TRXF11 compra galpões; o que movimenta os FIIs hoje
Nesta quinta-feira (11), cinco fundos imobiliários diferentes agitam o mercado com operações de peso; confira os detalhes de cada uma delas
Concurso do IBGE 2025 tem 9,5 mil vagas com salários de até R$ 3.379; veja cargos e como se inscrever
Prazo de inscrição termina nesta quinta (11). Processo seletivo do IBGE terá cargos de agente e supervisor, com salários, benefícios e prova presencial
Heineken dá calote em fundo imobiliário, inadimplência pesa na receita, e cotas apanham na bolsa; confira os impactos para o cotista
A gestora do FII afirmou que já realizou diversas tratativas com a locatária para negociar os valores em aberto