Ibovespa opera instável apesar de alta em NY e dólar tem ganhos leves
Índice tem sessão instável. Investidores locais digerem maratona de balanços corporativos e a decisão de política monetária do Banco Central. Desconforto político entre presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e do BC, Roberto Campos Neto, também entra no radar
Após a tensão de ontem nos mercados, que fez o Ibovespa recuar mais de 4%, o índice tem desempenho instável quinta-feira (29), tentando neste momento se firmar em alta.
Enquanto no exterior as bolsas americanas e os principais índices europeus operam com sinais positivos, o Ibovespa oscila sem se firmar em uma direção clara durante toda a sessão.
No radar dos investidores, o avanço da covid-19 nos Estados Unidos e na Europa continua a ser fonte de grande preocupação. Ontem, Alemanha e França decretaram novas medidas de confinamento e fizeram os mercados acionários marcarem grandes perdas globalmente.
Hoje, no entanto, alguns dados aliviaram um pouco a tensão no exterior.
O PIB americano cresceu a uma taxa anualizada de 33,1% no terceiro trimestre na comparação com o trimestre anterior, animando as bolsas americanas. Neste momento, o S&P 500 sobe 1%; o Dow Jones ganha 0,4%, e o Nasdaq, 1,5%.
Outro fator que sustenta certo otimismo em Nova York agora é o menor número de pedidos de seguro-desemprego referentes à semana passada. Os Estados Unidos registraram 751 mil novas solicitações, abaixo das 770 mil que eram esperadas pelo mercado.
Enquanto isso, na Europa as principais praças acionárias têm comportamentos mistos. Os índices CAC-40, em Paris, e o FTSE 100, em Londres, caem, enquanto o DAX, em Frankfurt, tem ganhos leves.
Por aqui, o clima é de instabilidade. Não bastasse a trégua política rompida e o ambiente de grande incerteza sobre a questão fiscal, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, acusou o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, de vazar uma conversa entre os dois à imprensa, alimentando o ruído político.
Primeiramente, o deputado criticou Campos Neto pelo vazamento de uma conversa a respeito da obstrução da pauta econômica no Congresso. Ao criticar Campos Neto, Maia disse que a atitude não estava “à altura de um presidente de Banco de um país sério”.
No entanto, Maia logo depois recuou das críticas, afirmando que recebeu ligação do chefe do BC em que este negou ter vazado o conteúdo da conversa.
Por volta das 13h55, o principal índice da bolsa brasileira opera em alta de 0,16%, aos 95.522,17 pontos. O principal peso negativo de hoje vem de alguns dos grandes bancos — papéis de Itaú, Banco do Brasil e Bradesco têm perdas de ao menos 1,6%.
Em meio a um ambiente de incerteza doméstica e global, o dólar continua a subir frente ao real, marcando alta de 0,2%, a R$ 5,7716, no mesmo horário.
Digestão de balanços e Copom
Hoje é dia também dos investidores repercutirem a maratona de balanços divulgadas entre a noite de ontem e o começo desta manhã. Além disso, a decisão de política monetária do Banco Central também é digerida pelo mercado.
O balanço da Petrobras foi positivo e as ações têm alta. Petrobras ON (PETR3) sobe 1,3% e Petrobras PN (PETR4), 0,9%. Lá fora, há forte queda do petróleo, que atingiu o seu menor nível em quatro meses.
Os fatores negativos que puxam a queda da commodity são os mesmos que influenciam o pessimismo entre os investidores: a necessidade de novas medidas de isolamento social na Europa, a proximidade das eleições americanas e a falta de um acordo em torno de um pacote de estímulos fiscais.
Enquanto isso, Vale ON (VALE3) sobe 2,1% após o resultado trimestral, e Bradesco ON (BBDC3) e Bradesco PN (BBDC4) caem 3,9% e 3,6%.
Lembrando que Vale, Bradesco e Petrobras reportaram balanços ontem, após o fechamento dos mercados.
Lá fora, os investidores também repercutem a decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), que manteve a taxa de juros inalterada na faixa entre 0% e 0,25%, e uma maratona de balanços das gigantes de tecnologia.
No entanto, a indicação dado pelo BCE é de queda dos juros em dezembro.
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