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Ricardo Gozzi
mercado agora

Ibovespa oscila e dólar cai forte com investidores à espera da ‘Super Quarta’ dos bancos centrais

Investidores aguardam mais informações do Fed e do Copom em relação aos próximos passos da política monetária nos EUA e no Brasil

Ricardo Gozzi
16 de setembro de 2020
10:16 - atualizado às 14:50
Selo Mercados AGORA Ibovespa dólar
Imagem: Montagem Andrei Morais / Shutterstock

O Ibovespa abriu em leve alta nesta quarta-feira, mas logo passou a oscilar entre leves altas e baixas, operando dentro de uma faixa estreita, sem encontrar uma direção clara em uma sessão tensa e arrastada antes do anúncio da decisão de política monetária do Federal Reserve Bank (Fedm o banco central norte-americano). Já o dólar opera em forte queda em relação ao real.

A ‘Super Quarta’ dos bancos centrais mantém os investidores em compasso de espera até que os novos rumos da política monetária no Brasil e nos Estados Unidos fiquem mais claros.

Enquanto as bolsas europeias fecharam mistas, os índices Dow Jones e S&P-500 subiam em Nova York enquanto o Nasdaq caía. Por volta das 14h50, o Ibovespa caía 0,14%, aos 100.157 pontos.

Entre os papéis negociados na B3, merecem atenção especial hoje os da Raia Drogasil, da Petrobras, da Minerva Foods e da Unidas.

Os acionistas da Raia Drogasil aprovaram por unanimidade na terça-feira o desdobramento de ações de 1 para 5.

Enquanto isso, a britânica Salic - maior acionista da Minerva Foods - aumentou sua participação na empresa brasileira de 25,46% para 33,83%, segundo comunicado divulgado ontem ao mercado.

Já a Petrobras anunciou a troca de US$ 4 bilhões em Global Notes por títulos registrados na SEC, o início da fase vinculante para a venda do Bloco Tayrona, na Colômbia, e a retomada de negociações com empresas que estavam impedidas por investigação.

A Unidas, por sua vez, aprovou o pagamento de juros sobre capital próprio no valor de R$ 0,0925 por ação.

Investidores de olho nas projeções do Fed

A decisão de juro do Federal Reserve Bank (Fed, o banco central norte-americano) será conhecida às 15h, ainda com os mercados abertos. O anúncio da decisão será seguido de uma entrevista coletiva concedida pelo presidente da autoridade monetária dos EUA, Jerome Powell.

Esta é a primeira reunião do Fed depois do anúncio feito no fim de agosto por Powell de que a entidade alteraria alguns parâmetros para a condução de sua política monetária.

A manutenção da taxa de juro próxima de zero é dada como certa. O que interessa aos investidores são possíveis mudanças na linguagem do comunicado da autoridade monetária, que deve oficializar as mudanças anunciadas por Powell no simpósio de banqueiros centrais de Jackson Hole.

Na ocasião, Powell afirmou que o Fed pretende buscar uma inflação anual média de 2% no horizonte relevante para a política monetária em vez de pretender-se a uma meta fixa.

Na prática, isto que dizer que o Fed será mais tolerante com a inflação. Se os preços se mantiverem abaixo de 2% por algum tempo, a autoridade monetária permitirá que ele permaneça acima deste nível por algum tempo até que, na média, a meta estipulada seja finalmente atingida.

Além disso, as projeções econômicas do Fed passarão a incluir a partir de hoje o ano de 2023. As estimativas baseadas neste novo sistema de meta de inflação média devem auxiliar os investidores a entenderem melhor se o banco central norte-americano considera que o modelo será mais eficaz em fazer com que os preços retornem à trajetória esperada.

Decisão do Copom virá depois do fechamento

Já a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BCB) será anunciada às 18h, depois do fechamento da B3.

A maioria dos analistas acredita que o Copom interromperá o ciclo de cortes na taxa Selic. A taxa básica de juro no Brasil encontra-se atualmente no piso histórico de 2% ao ano.

A atenção dos investidores estará especialmente voltada para o comunicado divulgado junto com a decisão de juro em busca de sinais referentes aos próximos passos da política monetária brasileira em um momento de juro real negativo.

Como esta será a primeira reunião do Copom depois da apresentação da proposta do governo para o orçamento do ano que vem, da prorrogação do auxílio emergencial e da alta acentuada nos preços de alguns alimentos e insumos, os investidores aguardam comentários do Copom sobre o impacto desses acontecimentos sobre a trajetória da Selic.

IGP-10 sinaliza 'sinuca de bico'

Enquanto aguardam, os investidores avaliam os dados do IGP-10 em setembro. O indicador de inflação medido pela FGV registrou aceleração de 4,34% nos preços em setembro sobre agosto e a 13,98% em 12 meses.

"Os dados do IGP-10 confirmam mais uma vez o descontrole dos preços no atacado, que seguem em alta com a pressão vinda dos produtos de origem agropecuária", afirmou André Perfeito, economista-chefe da Necton Corretora.

"Da forma que estão os dados, nos parece que estamos numa espécie de sinuca de bico", prossegue ele. "Se a economia de fato crescer, muito desta inflação irá vazar do atacado para o varejo, o que cria preocupações com a dinâmica dos juros."

Dólar e juro

O dólar abriu em queda com os investidores à espera das decisões do Fed e do Copom e vai firmando o movimento com o andar do pregão.

Por volta das 14h50, a moeda norte-americana caía 0,66%, cotada a R$ 5,2543.

Já os contratos de juros futuros operam em alta com os investidores antecipando-se ao leilão de títulos pré-fixados agendado para amanhã.

Confira as taxas negociadas de alguns dos principais contratos negociados na B3:

  • Janeiro/2022: de 2,870% para 2,910%;
  • Janeiro/2023: de 4,150% para 4,250%;
  • Janeiro/2025: de 6,020% para 6,140%;
  • Janeiro/2027: de 7,020% para 7,130%.

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