🔴 NO AR: ONDE INVESTIR EM DEZEMBRO – CONFIRA MAIS DE 30 RECOMENDAÇÕES – VEJA AQUI

Victor Aguiar

Victor Aguiar

Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.

Perdas generalizadas

Coronavírus derruba o mercado e faz o Ibovespa cair 8,43% em fevereiro, o pior mês desde maio de 2018

O coronavírus se espalhou pelo mundo e trouxe uma enorme onda de aversão ao risco às bolsas. Como resultado, o Ibovespa desabou em fevereiro e o dólar à vista renovou as máximas, flertando com o nível de R$ 4,50

Victor Aguiar
Victor Aguiar
28 de fevereiro de 2020
19:03
Ibovespa mercados em queda
Imagem: Shutterstock

Que o coronavírus trouxe pânico aos mercados globais nesta semana, você já está cansado de saber. Mas qual exatamente foi o tamanho do estrago no Ibovespa e no dólar à vista? Bem, com o fechamento da sessão desta sexta-feira (28), temos números mais precisos — e o dano foi grande.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O Ibovespa até conseguiu fechar em alta de 1,15% hoje, terminando aos 104.171,57 pontos. Nada que apague as perdas recentes: somente na semana, o índice acumulou perdas de 8,37%; em fevereiro, a queda foi de 8,43%.

É o pior desempenho mensal do Ibovespa desde maio de 2018, quando o índice amargou uma baixa de 10,78% — na ocasião, a greve dos caminhoneiros fez as ações da Petrobras despencarem, trouxe enorme incerteza à economia local e desencadeou uma onda de aversão ao risco na bolsa brasileira.

Quer mais exemplos a respeito do impacto do coronavírus às bolsa? Durante a manhã desta sexta-feira, o Ibovespa chegou a cair 2,94%, batendo os 99.950,96 pontos — o índice não ficava abaixo dos 100 mil pontos desde 8 de outubro do ano passado.

Em termos de desempenho individual das ações, apenas quatro dos 73 papéis que compõem o Ibovespa conseguiram fechar o mês no azul: Marfrig ON (MRFG3), Weg ON (WEGE3), Equatorial ON (EQTL3) e Itaú Unibanco PN (ITUB4).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Por fim, vale citar o desempenho anual do Ibovespa: apesar da alta de hoje, o índice acumula uma perda de 9,92% em 2020 — boa parte dela registrada nos últimos dias, com a explosão dos casos do coronavírus.

Leia Também

No mercado de câmbio, a situação não foi muito diferente: o dólar à vista subiu mais 0,05% hoje, a R$ 4,4785 — um novo recorde nominal de fechamento e a oitava alta consecutiva da moeda americana. Na máxima do dia, foi a R$ 4,5141 (+0,84%).

Com o desempenho desta sexta-feira, o dólar à vista fechou a semana com uma valorização de 1,95%. Em fevereiro, os ganhos chegaram a 4,52%; desde o começo do ano, o salto já soma 11,63%.

Pânico

A história do mês de fevereiro pode ser dividida em duas partes: do dia 1 ao dia 21, o tom era de cautela em relação ao coronavírus, mas sem grandes preocupações. A doença parecia ter entrado numa fase de estabilização, com um crescimento menor nos novos casos na China e poucas ocorrências em outros países.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Como resultado, o Ibovespa e as bolsas globais mantiveram-se sem grandes oscilações negativas, mostrando uma certa confiança quanto à resolução do surto sem que a economia global sofresse maiores impactos.

Mas, apenas como precaução, os investidores promoveram uma corrida ao dólar, de modo a proteger suas carteiras. Afinal, caso a doença começasse a se espalhar pelo mundo, a moeda americana se valorizaria e serviria para amenizar as perdas com uma eventual queda das bolsas.

Pois, a partir do dia 23, esse cenário mais pessimista se confirmou — e o pânico tomou conta dos agentes financeiros globais.

Quase que do dia para a noite, houve um aumento súbito nos casos do coronavírus na Itália, no Irã e na Creia do Sul, criando novos epicentros da doença além das fronteiras da China. Um cenário que não estava nos planos de ninguém — e que, obviamente, exigia uma correção intensa nos mercados.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Já na segunda-feira (23), uma forte aversão ao risco tomou conta das bolsas mundiais, com quedas acentuadas nos principais centros financeiros — um padrão que se repetiria ao longo da semana, já que o noticiário referente ao coronavírus apenas trouxe novidades mais preocupantes desde então.

No Brasil, tivemos uma situação peculiar: os mercados estiveram fechados na segunda e na terça (24), por causa do Carnaval. Assim, na quarta-feira (25), quando as operações voltaram ao normal, tivemos uma sessão caótica, de modo a ajustar os ativos domésticos às oscilações internacionais.

Apenas na quarta-feira, o Ibovespa desabou 7% — o pior desempenho desde o 'Joesley Day', em maio de 2017.

E se é verdade que os ativos brasileiros tiveram uma semana péssima, os mercados internacionais foram ainda piores. o Dow Jones, por exemplo, amargou uma baixa de 12,3% nesta semana; o S&P 500 recuou 11,5% e o Nasdaq teve perdas de 10,5%.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

BC atua, mas...

Em meio ao turbilhão gerado pelo coronavírus, o Banco Central (BC) tratou de agir, anunciando leilões de swap cambial para evitar oscilações muito bruscas no dólar à vista — essas operações, na prática, servem para injetar recursos novos no sistema, atendendo à demanda do mercado por liquidez.

Na quarta (26), quinta (27) e sexta (28), a autoridade monetária promoveu atuações extraordinárias. No entanto, analistas e operadores destacam que esses leilões servem apenas para amenizar a pressão, sem ter a capacidade de reverter o quadro estrutural que se desenha.

E esse quadro, naturalmente, é de fortalecimento do dólar, seja por causa das incertezas no exterior, seja pelas instabilidades domésticas — tanto no front político quanto no econômico.

Estresse local

Como se a situação internacional não estivesse ruim o suficiente nessa semana, também tivemos novos fatores de pressão emergindo no cenário brasileiro.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

No lado político, o presidente Jair Bolsonaro divulgou vídeos via WhatsApp para convocar a população às manifestações do dia 15 de março — em pauta, estaria a defesa do governo contra supostos abusos por parte do Congresso.

A notícia, obviamente, causou mal-estar em Brasília e gerou imensa discussão nas redes sociais — o que nunca é comemorado pelo mercado, que teme que o andamento das reformas econômicas seja colocado em segundo plano por causa da inabilidade política da administração Bolsonaro.

Além disso, a economia brasileira segue mostrando fraqueza: os números de desemprego continuam altos e a inflação dá indícios de que a atividade doméstica está desaquecida — o que faz o mercado apostar cada vez mais num novo corte na Selic.

Top 5 no mês

Veja abaixo as cinco ações de melhor desempenho do Ibovespa no mês:

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
  • Marfrig ON (MRFG3): +10,03%
  • Weg ON (WEGE3): +9,86%
  • Equatorial ON (EQTL3): +3,44%
  • Itaú Unibanco PN (ITUB4): +0,26%
  • B3 ON (B3SA3): -0,41%

Confira também as maiores baixas do índice em fevereiro:

  • CVC ON (CVCB3): -29,51%
  • IRB ON (IRBR3): -25,83%
  • Gol PN (GOLL4): -25,26%
  • Azul PN (AZUL4): -25,01%
  • Ultrapar ON (UGPA3_: -23,51%

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
ALÉM DAS NUVENS

Ibovespa vai dar um salto de 18% e atingir os 190 mil pontos com eleições e cortes na Selic, segundo o JP Morgan 

4 de dezembro de 2025 - 17:35

Os estrategistas reconhecem que o Brasil é um dos poucos mercados emergentes com um nível descontado em relação à média histórica e com o múltiplo de preço sobre lucro muito mais baixo do que os pares emergentes

BOLSOS CHEIOS

Empresas listadas já anunciaram R$ 68 bilhões em dividendos do quarto trimestre — e há muito mais por vir; BTG aposta em 8 nomes

4 de dezembro de 2025 - 12:15

Levantamento do banco mostra que 23 empresas já anunciaram valor ordinários e extraordinários antes da nova tributação

MEXENDO NA CARTEIRA

Pátria Malls (PMLL11) vai às compras, mas abre mão de parte de um shopping; entenda o impacto no bolso do cotista

4 de dezembro de 2025 - 10:24

Somando as duas transações, o fundo imobiliário deverá ficar com R$ 40,335 milhões em caixa

FII DO MÊS

BTLG11 é destronado, e outros sete FIIs disputam a liderança; confira o ranking dos fundos imobiliários favoritos para dezembro

4 de dezembro de 2025 - 6:02

Os oito bancos e corretoras consultados pelo Seu Dinheiro indicaram três fundos de papel, dois fundos imobiliários multiestratégia e dois FIIs de tijolo

FECHAMENTO DOS MERCADOS

A bolsa não vai parar: Ibovespa sobe 0,41% e renova recorde pelo 2º dia seguido; dólar cai a R$ 5,3133

3 de dezembro de 2025 - 19:05

Vale e Braskem brilham, enquanto em Nova York, a Microsoft e a Nvidia tropeçam e terminam a sessão com perdas

TOUROS E URSOS #250

Vai ter chuva de dividendos neste fim de ano? O que esperar das vacas leiteiras da bolsa diante da tributação dos proventos em 2026

3 de dezembro de 2025 - 18:33

Como o novo imposto deve impactar a distribuição de dividendos pelas empresas? O analista da Empiricus, Ruy Hungria, responde no episódio desta semana do Touros e Ursos

AÇÃO DO MÊS

Previsão de chuva de proventos: ação favorita para dezembro tem dividendos extraordinários no radar; confira o ranking completo

3 de dezembro de 2025 - 6:04

Na avaliação do Santander, que indicou o papel, a companhia será beneficiada pelas necessidades de capacidade energética do país

UMA AÇÃO PARA CARREGAR?

Por que o BTG acha que RD Saúde (RADL3) é uma das maiores histórias de sucesso do varejo brasileiro em 20 anos — e o que esperar para 2026

2 de dezembro de 2025 - 19:20

Para os analistas, a RADL3 é o “compounder perfeito”; entenda como expansão, tecnologia e medicamentos GLP-1 devem fortalecer a empresa nos próximos anos

PERSPECTIVAS 2026

A virada dos fundos de ações e multimercados vem aí: Fitch projeta retomada do apetite por renda variável no próximo ano

2 de dezembro de 2025 - 12:46

Após anos de volatilidade e resgates, a agência de risco projeta retomada gradual, impulsionada por juros mais favorável e ajustes regulatórios

CARTEIRA RECOMENDADA

As 10 melhores small caps para investir ainda em 2025, segundo o BTG

1 de dezembro de 2025 - 18:03

Enquanto o Ibovespa disparou 32% no ano até novembro, o índice Small Caps (SMLL) saltou 35,5% no mesmo período

AÇÕES NO TOPO

XP vê bolsa ir mais longe em 2026 e projeta Ibovespa aos 185 mil pontos — e cinco ações são escolhidas para navegar essa onda

1 de dezembro de 2025 - 15:00

Em meio à expectativa de queda da Selic e revisão de múltiplos das empresas, a corretora espera aumento do fluxo de investidores estrangeiros e locais

O INSACIÁVEL

A fome do TRXF11 ataca novamente: FII abocanha dois shoppings em BH por mais de R$ 257 milhões; confira os detalhes da operação

1 de dezembro de 2025 - 9:55

Segundo a gestora TRX, os imóveis estão localizados em polos consolidados da capital mineira, além de reunirem características fundamentais para o portfólio do FII

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Veja para onde vai a mordida do Leão, qual a perspectiva da Kinea para 2026 e o que mais move o mercado hoje

1 de dezembro de 2025 - 8:43

Profissionais liberais e empresários de pequenas e médias empresas que ganham dividendos podem pagar mais IR a partir do ano que vem; confira análise completa do mercado hoje

OS VERDADEIROS DUELOS

O “ano de Troia” dos mercados: por que 2026 pode redefinir investimentos no Brasil e nos EUA

1 de dezembro de 2025 - 6:01

De cortes de juros a risco fiscal, passando pela eleição brasileira: Kinea Investimentos revela os fatores que podem transformar o mercado no ano que vem

BALANÇO DO MÊS

Ibovespa dispara 6% em novembro e se encaminha para fechar o ano com retorno 10% maior do que a melhor renda fixa

28 de novembro de 2025 - 19:52

Novos recordes de preço foram registrados no mês, com as ações brasileiras na mira dos investidores estrangeiros

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Ibovespa dispara para novo recorde e tem o melhor desempenho desde agosto de 2024; dólar cai a R$ 5,3348

28 de novembro de 2025 - 13:09

Petrobras, Itaú, Vale e a política monetária ditaram o ritmo dos negócios por aqui; lá fora, as bolsas subiram na volta do feriado nos EUA

OPERAÇÃO POÇO DE LOBATO

Ações de Raízen (RAIZ4), Vibra (VBBR3) e Ultrapar (UGPA3) saltam no Ibovespa com megaoperação contra fraudes em combustíveis

27 de novembro de 2025 - 14:48

Analistas avaliam que distribuidoras de combustíveis podem se beneficiar com o fim da informalidade no setor

ALOCAÇÃO GLOBAL

Brasil dispara na frente: Morgan Stanley vê só dois emergentes com fôlego em 2026 — saiba qual outro país conquistou os analistas

27 de novembro de 2025 - 14:01

Entenda por que esses dois emergentes se destacam na corrida global e onde estão as maiores oportunidades de investimentos globais em 2026

PORTFÓLIO DE IMÓVEIS

FII Pátria Log (HGLG11) abocanha cinco galpões, com inquilinos como O Boticário e Track & Field, e engorda receita mensal

27 de novembro de 2025 - 10:16

Segundo o fundo, os ativos adquiridos contam com características que podem favorecer a valorização futura

MERCADOS

Bolsa nas alturas: Ibovespa fecha acima dos 158 mil pontos em novo recorde; dólar cai a R$ 5,3346 

26 de novembro de 2025 - 18:35

As bolsas nos Estados Unidos, na Europa e na Ásia também encerraram a sessão desta quarta-feira (26) com ganhos; confira o que mexeu com os mercados

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar