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Victor Aguiar

Victor Aguiar

Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.

Indo com a maré

O fluxo é rei: Ibovespa acompanha NY e sobe 1,7%; dólar fecha em leve alta

O Ibovespa acelerou o ritmo de alta na etapa final do pregão, pegando carona no fortalecimento das bolsas americanas — os investidores seguem deixando os riscos de lado para se focar na maior liquidez disponibilizada pelos BCs. No câmbio, o dólar à vista fechou em alta, mas longe das máximas do dia

Selo Mercados FECHAMENTO Ibovespa dólar
Imagem: Montagem Andrei Morais / Shutterstock

Dizem que, se você cair num rio com uma correnteza forte, a melhor decisão é se deixar levar pelas águas — tentar nadar na direção oposta apenas vai sugar sua energia e diminuir suas chances de sobrevivência. Preserve suas forças e não lute contra o fluxo: uma lição que, aparentemente, também se aplica ao Ibovespa.

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Por mais que haja inúmeros fatores de risco no horizonte dos mercados, há um afluente de dinheiro abastecendo as bolsas globais. E, num cenário de liquidez aparentemente infinita, ninguém quer a segurança da terra firme.

Os dados mais recentes da economia americana não vieram exatamente positivos, a possibilidade de uma segunda onda do coronavírus no mundo continua bastante plausível e as tensões comerciais entre China e EUA voltaram a esquentar. Tudo isso fez as bolsas globais assumirem um comportamento tímido durante boa parte desta quinta-feira (25).

  • Eu gravei um vídeo para explicar um pouco da dinâmica por trás dos mercados nesta quinta-feira. Veja abaixo:

O Ibovespa manteve-se em alta desde a manhã, mas com ganhos que raramente superavam a marca de 1%; nos EUA, as bolsas flutuavam perto do zero a zero até o meio da tarde e, na Europa, as principais praças fecharam o dia com ganhos pouco expressivos.

Mas, na etapa final da sessão, o fluxo voltou a falar mais alto: em Wall Street, as bolsas ganharam força, levando o Ibovespa de carona. Como resultado, o índice brasileiro fechou em alta de 1,70%, aos 95.983,09 pontos, perto das máximas do dia; em Nova York, o Dow Jones (+1,18%), o S&P 500 (+1,14%) e o Nasdaq (+1,09%) também subiram com intensidade.

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E o que provocou essa injeção de ânimo nos investidores? Bem... nada além do usual: a expectativa por mais e mais pacotes de estímulo financeiro em meio à pandemia — o que, consequentemente, disponibilizaria mais e mais recursos para as bolsas e daria mais e mais fôlego ao mercado de ações.

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Ok, no Brasil até tivemos alguns fatores positivos para o Ibovespa, com dados inflacionários mexendo diretamente com as curvas de juros futuros. Mas, ainda assim, essa aceleração nos ganhos na bolsa só ocorreu com o fortalecimento de Wall Street.

No câmbio, tivemos um dia de altos e baixos: o dólar à vista oscilou entre os R$ 5,2676 (-1,04%) e os R$ 5,3846 (+1,19%), apenas para fechar praticamente estável. Ao fim da sessão, teve uma ligeira alta de 0,19%, a R$ 5,3334.

Tensão em segundo plano

Os investidores continuaram mostrando cautela em relação à possibilidade de uma segunda onda do coronavírus no mundo, o que provocaria uma retomada das medidas de isolamento e, automaticamente, geraria uma piora na já fragilizada economia global.

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E os mais recentes dados econômicos dos EUA inspiraram prudência: o PIB do país no primeiro trimestre recuou 5%, um resultado que veio em linha com a previsão dos analistas, mas que deixa claro o impacto da pandemia sobre a atividade do país — e aumenta a preocupação quanto ao segundo trimestre, que deve ser ainda pior.

Também nos EUA, destaque para os dados do mercado de trabalho: na semana encerrada em 20 de junho, foram 1,48 milhão de novos pedidos de seguro-desemprego, uma leve queda de 60 mil solicitações em relação à semana anterior — um patamar ainda bastante elevado.

Esse cenário, combinado às tensões comerciais entre EUA e China, justificaria um tom negativo em Wall Street. Mas, ao mesmo tempo que os fundamentos inspiram cautela, eles também aumentam a percepção de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e a Casa Branca vão fazer o que for necessário para dar ânimo à atividade no país.

E, por "fazer o necessário", leia-se "injetar dinheiro na economia e nos mercados", seja lá qual for o mecanismo que viabilize esse resgate.

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Na Europa, por exemplo, tivemos una iniciativa pouco usual por parte do Banco Central Europeu (BCE): foi anunciado um novo instrumento de recompra (repo) para fornecer liquidez aos BCs fora da zona do euro e, assim, tentar animar o continente como um todo.

Ou seja: mais uma medida para amentar ainda mais o fluxo de dinheiro — e não é sábio nadar contra a maré.

Inflação em destaque

Por aqui, os investidores tiveram um dia carregado, especialmente no mercado de juros. A começar pelo IPCA-15 de junho, que teve leve alta de 0,02% após ter recuado 0,59% em maio — um resultado que corrobora a percepção de que as pressões inflacionárias praticamente inexistem no momento.

Além disso, o mercado também reagiu ao relatório trimestral de inflação (RTI) do Banco Central, que manteve a previsão para o IPCA em 1,9% ao fim de 2020 — a mesma estimativa da versão anterior do documento, de março.

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Nesse contexto de inflação sob controle, as curvas de juros futuros de médio e longo prazo fecharam em baixa nesta quinta-feira, com os investidores apostando na manutenção da taxa Selic em níveis baixos por um período prolongado:

  • Janeiro/2021: estável em 2,05%;
  • Janeiro/2022: de 3,05% para 2,97%;
  • Janeiro/2023: de 4,19% para 4,11%;
  • Janeiro/2025: de 5,94% para 5,75%.

Saneamento e WEG em foco

No lado corporativo, destaque para as ações do setor de saneamento, em meio à aprovação, pelo Senado, do novo marco regulatório para o setor — uma medida que facilita a participação e o investimento do setor privado na área. Apesar disso, as principais ações do segmento fecharam em baixa nesta quinta.

No Ibovespa, Sabesp ON (SBSP3) recuou 1,33%; fora do índice Copasa ON (CSMG3) e as units da Sanepar (SAPR11) caíram 2,81% e 1,12%, respectivamente — uma leve realização dos ganhos de ontem, quando o mercado já precificava a aprovação do novo marco.

Ainda no front corporativo, Weg ON (WEGE3) despontou entre as maiores altas do dia, fechando com ganhos de 6,88%, a R$ 49,22. Mais cedo, o BTG Pactual elevou o preço-alvo para os papéis em 12 meses a R$ 52, apesar de manter a recomendação neutra — a cifra representa um potencial de alta de 5,6% em relação ao encerramento de hoje.

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Veja abaixo as cinco maiores altas do Ibovespa nesta quinta-feira:

CÓDIGONOMEPREÇO (R$)VARIAÇÃO
CCRO3CCR ON15,70+9,03%
WEGE3Weg ON49,22+6,88%
ECOR3Ecorodovias ON13,42+5,75%
SULA11SulAmérica units46,47+4,99%
GOLL4Gol PN19,15+4,99%

Confira também as cinco maiores quedas do índice:

CÓDIGONOMEPREÇO (R$)VARIAÇÃO
CVCB3CVC ON18,28-2,56%
BRKM5Braskem PNA23,39-1,68%
MRFG3Marfrig ON12,71-1,55%
BEEF3Minerva ON12,95-1,52%
BRML3BR Malls ON10,20-1,35%

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