Ibovespa sobe pelo terceiro dia e acumula ganhos de 2% na semana; dólar cai a R$ 4,23
O Ibovespa teve mais um dia de recuperação: puxado pelo bom desempenho das bolsas globais, o índice brasileiro fechou em alta e retomou o nível dos 116 mil pontos. O dólar à vista também respirou aliviado e retornou ao patamar de R$ 4,23

Na semana passada, o Ibovespa acumulou uma baixa de 3,90%, em meio aos temores generalizados em relação ao coronavírus. Mas, com o noticiário referente à doença trazendo elementos mais animadores nos últimos dias, o índice já conseguiu recuperar boa parte dessas perdas.
Nesta quarta-feira (5), o Ibovespa fechou em alta de 0,41%, aos 116.028,27 pontos — é a terceira sessão consecutiva no campo positivo. Com isso, o índice já acumula ganhos de 1,99% desde segunda-feira, um desempenho que fica em linha com a recuperação vista no exterior.
Nos Estados Unidos, o Dow Jones (+1,68%), o S&P 500 (+1,13%) e o Nasdaq (+0,43%) encerraram o pregão de hoje em alta e também cravaram o terceiro dia seguido de avanço. Os principais índices da Europa e da Ásia tiveram comportamentos igualmente positivos nesta quarta-feira.
Vale ressaltar, no entanto, que o Ibovespa chegou a ter um alívio bem maior no início do dia. Logo depois da abertura, o índice tocou os 117.700,53 pontos (+1.86%), mas não conseguiu sustentar um desempenho tão forte.
O mercado de câmbio passou por um fenômeno semelhante: o dólar à vista chegou a cair 0,72% mais cedo, batendo os R$ 4,2277, mas, ao fim da sessão, recuou 0,45%, a R$ 4,2390 — lá fora, o dia foi de leve desvalorização da moeda americana em relação às divisas de países emergentes.
Contra-ataque
Assim como nos últimos dias, a percepção mais otimista em relação ao coronavírus pautou as negociações no mundo. E, nesta quarta-feira, havia um noticiário concreto a favor dos investidores, com pesquisadores na China e no Reino Unido reportando avanços no tratamento contra a doença.
Leia Também
Esses relatos se somaram à leitura de que o ritmo de disseminação do vírus está perdendo força, o que ajudou a reduzir a tensão nos mercados — os dados mais recentes dão conta de 494 mortes e 24 mil pessoas infectadas.
Assim, as bolsas globais encontraram estímulo para continuar avançando e recuperando o terreno perdido na semana passada, quando a apreensão relacionada ao coronavírus chegou ao nível máximo.
No mercado de câmbio, essa percepção mais favorável se traduziu numa menor aversão ao risco — e, com isso, os investidores optam por vender dólares e comprar ativos mais arriscados, como as moedas de países emergentes.
Eleições em foco
O imbróglio nas prévias do partido democrata dos EUA também foi repercutido pelos mercados. Os resultados finais do processo no estado de Iowa ainda não são conhecidos, quase 48 horas depois do pleito.
Por enquanto, o ex-prefeito de South Bend, em Indiana, Pete Buttigieg, aparece na frente da disputa, num resultado surpreendente — Bernie Sanders aparece colado, enquanto Elizabeth Warren e Joe Biden ficaram para trás.
Mais que o resultado em si, o mercado fica de olho na confusão do processo, que eleva a percepção de caos no partido democrata — fortalecendo o atual presidente, Donald Trump, na disputa pela Casa Branca.
Expectativa pelo Copom
No front doméstico, os investidores aguardaram a decisão do Copom a respeito da taxa Selic, a ser divulgada apenas depois do fechamento dos mercados. Boa parte dos agentes financeiros apostava num corte de 0,25 ponto na taxa básica de juros — previsões que foram confirmadas há pouco pela autoridade monetária.
Em meio à expectativa, as curvas de juros ficaram perto da estabilidade nesta quarta-feira, com um leve viés de baixa. Veja abaixo como encerraram os principais DIs nesta quarta-feira:
- Janeiro/2021: inalterado em 4,29%;
- Janeiro/2023: de 5,45% para 5,42%;
- Janeiro/2025: de 6,11% para 6,05%;
- Janeiro/2027: de 6,47% para 6,41%.
Bradesco comemora
No front corporativo, destaque para as ações do Bradesco, tanto as PNs (BBDC4) quanto as ONs (BBDC3), que subiram 1,93% e 1,83%, respectivamente. Mais cedo, o banco reportou seus números referentes ao quarto trimestre de 2019 — e os investidores gostaram dos resultados.
O lucro líquido recorrente dos últimos três meses do ano ficou em R$ 6,645 bilhões, uma alta de 14% em relação ao mesmo período de 2018 — no acumulado de 2019, os ganhos do Bradesco saltaram 20% na base anual, para R$ 25,887 bilhões.
Além disso, a rentabilidade da instituição entre outubro e dezembro de 2019 saltou para 21,2%, praticamente empatando com os 21,3% reportados pelo Santander Brasil.
Top 5
Veja abaixo as cinco ações de melhor desempenho do Ibovespa nesta quarta-feira:
- Usiminas PNA (USIM5): +4,90%
- Banco do Brasil ON (BBAS3): +4,46%
- BTG Pactual units (BPAC11): +4,31%
- Cemig PN (CMIG4): +3,90%
- Sabesp ON (SBSP3): +3,19%
Confira também as maiores baixas do índice:
- Hapvida ON (HAPV3): -4,84%
- Ambev ON (ABEV3): -2,27%
- Yduqs ON (YDUQ3): -1,94%
- Eletrobras ON (ELET3): -1,61%
- NotreDame Intermédica ON (GNDI3): -1,37%
Dia de estreia
Fora do Ibovespa, destaque para as ações ON da Mitre Realty (MTRE3), que estrearam hoje na bolsa e dispararam 7,77%, a R$ 20,80 — os papéis foram precificados a R$ 19,30 no IPO, o teto da faixa indicativa de preço.
Rodolfo Amstalden: Falta pouco agora
Depois de lambermos a lona no início de janeiro, a realidade acabou se mostrando um pouco mais piedosa com o Kit Brasil
Gafisa (GFSA3) recebe luz verde para grupamento de 20 por 1 e ação dispara mais de 10% na bolsa
Na ocasião em que apresentou a proposta, a construtora informou que a operação tinha o intuito de evitar maior volatilidade e se antecipar a eventuais cenários de desenquadramento na B3
Balanço da Weg (WEGE3) frustra expectativa e ação despenca 10% na bolsa; o que fazer com a ação agora
Lucro líquido da companhia aumentou 16,4% na comparação anual, mas cresceu menos que o mercado esperava
Santander (SANB11) divulga lucro de R$ 3,9 bi no primeiro trimestre; o que o CEO e o mercado têm a dizer sobre esse resultado?
Lucro líquido veio em linha com o esperado por Citi e Goldman Sachs e um pouco acima da expectativa do JP Morgan; ações abriram em queda, mas depois viraram
Mexendo o esqueleto: B3 inclui Smart Fit (SMFT3) e Direcional (DIRR3) na última prévia do Ibovespa para o próximo quadrimestre; veja quem sai para dar lugar a elas
Se nada mudar radicalmente nos próximos dias, as duas ações estrearão no Ibovespa em 5 de maio
Alguém está errado: Ibovespa chega embalado ao último pregão de abril, mas hoje briga com agenda cheia em véspera de feriado
Investidores repercutem Petrobras, Santander, Weg, IBGE, Caged, PIB preliminar dos EUA e inflação de gastos com consumo dos norte-americanos
Azul (AZUL4) volta a tombar na bolsa; afinal, o que está acontecendo com a companhia aérea?
Empresa enfrenta situação crítica desde a pandemia, e resultado do follow-on, anunciado na semana passada, veio bem abaixo do esperado pelo mercado
Para Gabriel Galípolo, inflação, defasagens e incerteza garantem alta da Selic na próxima semana
Durante a coletiva sobre o Relatório de Estabilidade Financeira (REF) do segundo semestre de 2024, o presidente do Banco Central reafirmou o ciclo de aperto monetário e explicou o raciocínio por trás da estratégia
Quando o plano é não ter plano: Ibovespa parte dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025 em dia de novos dados sobre mercado de trabalho dos EUA
Investidores também se preparam para o relatório de produção e vendas da Petrobras e monitoram entrevista coletiva de Galípolo
Trump quer brincar de heterodoxia com Powell — e o Fed que se cuide
Criticar o Fed não vai trazer parceiros à mesa de negociação nem restaurar a credibilidade que Trump, peça por peça, vem corroendo. Se há um plano em andamento, até agora, a execução tem sido tudo, menos coordenada.
Azul (AZUL4) chega a cair mais de 10% (de novo) e lidera perdas do Ibovespa nesta segunda-feira (28)
O movimento de baixa ganhou força após a divulgação, na última semana, de uma oferta pública primária
Copom busca entender em que nível e por quanto tempo os juros vão continuar restritivos, diz Galípolo, a uma semana do próximo ajuste
Em evento, o presidente do BC afirmou que a política monetária precisa de mais tempo para fazer efeito e que o cenário internacional é a maior preocupação do momento
Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços
Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana
Ibovespa: Dois gatilhos podem impulsionar alta da bolsa brasileira no segundo semestre; veja quais são
Se nos primeiros quatro meses do ano o Ibovespa tem atravessado a turbulência dos mercados globais em alta, o segundo semestre pode ser ainda melhor, na visão estrategista-chefe da Empiricus
OPA do Carrefour (CRFB3): de ‘virada’, acionistas aprovam saída da empresa da bolsa brasileira
Parecia que ia dar ruim para o Carrefour (CRFB3), mas o jogo virou. Os acionistas presentes na assembleia desta sexta-feira (25) aprovaram a conversão da empresa brasileira em subsidiária integral da matriz francesa, com a consequente saída da B3
Vale (VALE3) sem dividendos extraordinários e de olho na China: o que pode acontecer com a mineradora agora; ações caem 2%
Executivos da companhia, incluindo o CEO Gustavo Pimenta, explicam o resultado financeiro do primeiro trimestre e alertam sobre os riscos da guerra comercial entre China e EUA nos negócios da empresa
JBS (JBSS3) avança rumo à dupla listagem, na B3 e em NY; isso é bom para as ações? Saiba o que significa para a empresa e os acionistas
Próximo passo é votação da dupla listagem em assembleia marcada para 23 de maio; segundo especialistas, dividendos podem ser afetados
Vai dar zebra no Copom? Por que a aposta de uma alta menor da Selic entrou no radar do mercado
Uma virada no placar da Selic começou a se desenhar a pouco mais de duas semanas da próxima reunião do Copom, que acontece nos dias 6 e 7 de maio
Deixa a bolsa me levar: Ibovespa volta a flertar com máxima histórica em dia de IPCA-15 e repercussão de balanço da Vale
Apesar das incertezas da guerra comercial de Donald Trump, Ibovespa está a cerca de 2% de seu recorde nominal
Dona do Google vai pagar mais dividendos e recomprar US$ 70 bilhões em ações após superar projeção de receita e lucro no trimestre
A reação dos investidores aos números da Alphabet foi imediata: as ações chegaram a subir mais de 4% no after market em Nova York nesta quinta-feira (24)