Mesmo em véspera de feriado, Ibovespa fecha em alta de 1%, mas dólar avança para perto dos R$ 5,20
Apesar de volume reduzido e de não haver pregão nos próximos dois dias por causa do Natal, bolsa conseguiu subir, mas não zerou perdas da semana; dólar foi pressionado por compras de fim de ano

Mesmo em dia de volume de negociações reduzido por ser véspera de feriado, o Ibovespa permaneceu o dia inteiro no azul e fechou com ganho de 1,00%, aos 117.806,85 pontos, após ter ido aos 118.311,44 na máxima do dia, uma valorização de 1,44%.
Mesmo assim, devido ao tombo de segunda-feira, o principal índice da B3 acumula baixa de 0,18% na semana, mas mantém alta de 8,19% em dezembro. No ano, o Ibovespa acumula valorização de 1,87%. Amanhã e na próxima sexta-feira (24 e 25) não haverá pregão, em razão do feriado de Natal.
O dia foi marcado pelo tom positivo no exterior, apesar de mais uma cepa mais transmissível de coronavírus ter sido identificada no Reino Unido, e de o presidente dos EUA, Donald Trump, ter criticado o pacote fiscal de US$ 900 bilhões recém-aprovado pelo Congresso americano.
Predominou o otimismo com a aprovação de um acordo pós-Brexit entre Reino Unido e União Europeia ainda hoje, além do alívio às restrições de viagens e fronteiras de alguns países à terra da Rainha.
No fim da tarde, ajudou as negociações nos Estados Unidos o fato de a presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, ter prometido votar a proposta de envio de cheques de US$ 2 mil a americanos, depois de Trump ter ameaçado não sancionar o pacote fiscal.
Tanto as bolsas europeias e quanto as americanas fecharam em alta. O índice pan-europeu Stoxx 600 avançou 1,08%, enquanto o Dow Jones subiu 0,38% e o S&P 500 desacelerou os ganhos no fim do pregão, para 0,07%. Já o Nasdaq fechou em baixa de 0,29%, após ter passado o dia perto da estabilidade.
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Apesar do apetite a risco no mercado de ações, o dólar à vista também acabou fechando em alta, subindo 0,73%, a R$ 5,1998, após ter chegado a R$ 5,22, na máxima.
As compras de fim de ano realizadas por empresas, para remessas de lucros ao exterior, e bancos, para fins de hedge (proteção), pressionaram a cotação da moeda americana ante o real.
Com isso, o dólar apresenta alta de 2,30% na semana, mas ainda recua 2,74% em dezembro. No ano, a moeda americana avança cerca de 30%.
Um fator local que contribuiu para a alta da bolsa brasileira foi o fato de a PEC dos municípios não ter sido votada ontem, ficando apenas para o ano que vem. A PEC prevê um aumento de repasses da União para os municípios, o que pressionaria ainda mais as contas públicas e vinha aumentando a percepção de risco fiscal dos investidores.
Com esse alívio momentâneo, os juros futuros fecharam em queda, apesar da alta do dólar. Veja o desempenho dos principais vencimentos:
- Janeiro/2021: de 1,918% para 1,904%;
- Janeiro/2022: de 2,89% para 2,865%;
- Janeiro/2023: de 4,30% para 4,215%;
- Janeiro/2025: de 5,86% para 5,75%.
Indicadores também guiaram decisões de investidores
Indicadores divulgados pela manhã também influenciaram os mercados nesta quarta.
O Ministério da Economia revelou que o mercado formal de trabalho brasileiro registrou em novembro a abertura de 414,5 mil vagas, acima das estimativas do mercado. Foi o quinto mês consecutivo de saldo positivo do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Já nos EUA, o Departamento de Trabalho do país divulgou que os pedidos de auxílio-desemprego registraram queda de 89 mil na semana encerrada em 19 de dezembro, a 803 mil. O resultado ficou abaixo das previsões de analistas, que projetavam 888 mil solicitações.
Pelo lado mais negativo, o índice de sentimento do consumidor americano subiu entre novembro e dezembro para 80,7, mas ficou abaixo da previsão de 81,0 dos analistas ouvidos pelo "The Wall Street Journal".
Enquanto isso, as vendas de moradias novas nos EUA caíram 11% entre outubro e novembro, para 841 mil unidades, uma queda muito maior que a prevista por analistas consultados pelo "The Wall Street Journal", que era de 2,2%.
Quem sobe, quem desce
Com o relaxamento das restrições ao Reino Unido, os papéis das companhias aéreas avançaram nesta quarta, após dois dias de fortes quedas. A alta do petróleo puxou as petroleiras, enquanto os bons números do Caged pesaram positivamente sobre as ações de varejistas.
Os papéis da Petrobras tiveram motivos extras para se valorizarem nesta quarta, pois a estatal fechou contratos de longo prazo para fornecer nafta, etano e propano para a petroquímica Braskem. Também anunciou a conclusão da venda da Liquigás, seguindo seu plano de venda de ativos para focar na exploração do pré-sal. Os papéis preferenciais (PETR4) fecharam em alta de 2,46%, e os ordinários (PETR3), de 2,16%.
Já as ações de frigoríficos e das empresas de papel e celulose estiveram entre as maiores perdas do Ibovespa, com realização dos fortes ganhos dos últimos dias.
Maiores altas
CÓDIGO | EMPRESA | COTAÇÃO (R$) | VARIAÇÃO |
PRIO3 | PetroRio | 66,13 | +10,81% |
AZUL4 | Azul | 37,70 | +6,89% |
GOLL4 | Gol | 24,54 | +5,32% |
USIM5 | Usiminas | 14,62 | +4,65% |
EMBR3 | Embraer | 8,56 | +4,14% |
Maiores quedas
CÓDIGO | EMPRESA | COTAÇÃO (R$) | VARIAÇÃO |
BEEF3 | Minerva | 10,37 | -2,54% |
SUZB3 | Suzano | 56,37 | -2,27% |
KLBN11 | Klabin | 25,27 | -1,94% |
RADL3 | RaiaDrogasil | 24,95 | -1,69% |
MRFG3 | Marfrig | 14,68 | -1,67% |
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