Ibovespa busca 115 mil pontos com Petrobras, bancos e Vale; dólar tomba para R$ 5,05
Ibovespa ignora bolsas americanas, que caem após número de pedidos de seguro-desemprego superar o esperado. Dólar recua com swap e Copom preocupado com inflação; juros curtos e médios sobem

O Ibovespa opera em alta na sessão desta quinta-feira (10), em um avanço que destoa das bolsas em Nova York, tentando devolver a queda de ontem, quando recuou 0,7% e fechou o dia aos 113 mil pontos.
Por volta das 17h20, o principal índice acionário da B3 subia 1,75%, perto das máximas, cotado a 114.980 pontos, empurrado por suas blue chips e refletindo ainda a entrada de fluxo estrangeiro na bolsa brasileira.
Mais cedo, o Ibovespa retomou os 115 mil pontos, subindo, no pico intradiário, 2%, para 115.261,71 pontos.
Enquanto isso, os principais índices acionários à vista em Wall Street, como S&P 500 e Dow Jones, operavam em queda, após o número de pedidos de seguro-desemprego avançar para 853 mil nos Estados Unidos, acima da expectativa de mercado de 725 mil.
O dado aponta uma recuperação econômica do país mais lenta do que a esperada e faz o foco se voltar, uma vez mais, ao acordo por estímulos fiscais no país.
Guiando a alta do índice local, ações de Petrobras — que disparam na esteira da forte alta do petróleo no mercado internacional —, Vale — que avançam com o salto de 4% do minério de ferro em Qingdao —, Ambev e bancos têm altas firmes e lideram os ganhos percentuais.
Leia Também
A maior alta percentual do Ibovespa é do papel da CSN por uma novidade corporativa: a empresa anunciou novas projeções para 2020 e para o período de 2021 a 2025.
A siderúrgica, por exemplo, espera fechar este ano com um lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) de R$ 11,2 bilhões — acima dos R$ 9,7 bilhões de anteriormente.
A companhia também reestimou as expectativas para alavancagem financeira — para 2020, a CSN espera atingir uma relação abaixo de 2,50 vezes, inferior às 2,99 vezes de antes.
Na ponta perdedora, exportadoras como Suzano, JBS e BRF lideram as baixas com o tombo do dólar. Empresas punidas pela crise da pandemia, Azul, Gol e Embraer voltam a cair hoje.
Ações de varejistas como Magazine Luiza e Via Varejo, com maior penetração online, também perdem hoje, bem como empresas consolidadas no varejo físico, como Lojas Renner e Cia. Hering.
Pela manhã, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou dados bastante positivos a respeito da atividade varejista em outubro. As vendas cresceram pelo sexto mês seguido desde maio, apresentando alta de 0,9% frente a setembro, bem acima do esperado pelo mercado.
Dólar fecha em tombo, juros curtos e médios sobem
Enquanto isso, o dólar voltou a se enfraquecer, com uma queda forte hoje, de 2,6%, para R$ 5,0379, no menor nível de fechamento desde 10 de junho, quando encerrou o dia cotado a R$ 4,9334.
No mês de dezembro, a moeda acumula recuo de 5,8%, mas em 2020 ainda sobe 25,6%.
A fraqueza da moeda é global, como indicado pelo Dollar Index (DXY), que compara a divisa com uma cesta de moedas fortes como euro, libra e iene, que recua 0,3%, mantendo-se nos menores níveis em 2 anos e 8 meses, mas o dólar subiu frente a pares emergentes do real brasileiro, como peso mexicano e rand sul-africano.
A entrada de fluxo de investidor estrangeiro e, também, um novo leilão extra de swap do Banco Central, em que vendeu US$ 800 milhões, explicam o forte alívio do câmbio hoje.
Mas o dólar também reagiu ao sinal "hawkish" do Copom, que já sinalizou a remoção do "forward guidance" conforme as expectativas para 2022 ganham maior força em seu cenário (a projeção de inflação para esse ano está no centro da meta do Banco Central).
Além disso, o BC mencionou que, agora, monitora com "especial atenção" as medidas de núcleos de inflação (inflação subjacente), que refletem melhor a tendência de preços porque desconsideram produtos mais voláteis aos choques de oferta.
Nesse sentido, a autoridade monetária retirou do comunicado a menção a um espaço remanescente pequeno para nova flexibilização da taxa, fechando a porta para novos cortes de juros.
Segundo analistas ouvidos pelo Seu Dinheiro, há uma chance maior de uma alta de juros ocorrer mais cedo do que o esperado no mercado.
O comunicado do Copom subindo o tom sobre inflação e sinalizando o fim do forward guidance elevou as taxas futuras dos depósitos interbancários, que registram altas firmes — taxas de contratos curtos e intermediários, como para janeiro/2022 e janeiro/2023, sobem 8 pontos-base (0,08 ponto percentual).
Taxas mais longas, como as para janeiro/2025, recuaram na medida em que os agentes financeiros reprecificaram as suas apostas para a Selic, aumentando as chances de alta do juro básico no curto e no médio prazo e reduzindo no longo.
Mais cedo, o Tesouro Nacional vendeu o lote integral de 45 milhões de LTNs (Letras do Tesouro Nacional), títulos prefixados curtos — 20 milhões para outubro de 2021; 8 milhões para outubro de 2022 e 17 milhões para janeiro de 2024 — e de 2,5 milhões de NTN-Fs (Notas do Tesouro Nacional série F), prefixados longos — 2 milhões para janeiro de 2027 e 500 mil para janeiro de 2031.
Das 1,5 milhões LFTs (Letras Financeiras do Tesouro Nacional), títulos atrelados à variação da taxa básica de juros, a Selic, oferecidas, foram vendidas 1,19 milhão — 251 mil para março de 2022 e 948 mil para março de 2027.
Confira os principais vencimentos agora:
- Janeiro/2021: de 1,910% para 1,906%
- Janeiro/2022: de 3,00% para 3,08%
- Janeiro/2023: de 4,39% para 4,46%
- Janeiro/2025: de 6,05% para 6,00%
Inflação americana derruba Wall Street e Ibovespa cai mais de 2%; dólar vai a R$ 5,18 com pressão sobre o Fed
Com o Nasdaq em queda de 5% e demais índices em Wall Street repercutindo negativamente dados de inflação, o Ibovespa não conseguiu sustentar o apetite por risco
Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais sobem em dia de inflação dos EUA; Ibovespa deve acompanhar cenário internacional e eleições
Com o CPI dos EUA como o grande driver do dia, a direção das bolsas após a divulgação dos dados deve se manter até o encerramento do pregão
CCR (CCRO3) já tem novos conselheiros e Roberto Setubal está entre eles — conheça a nova configuração da empresa
Além do novo conselho de administração, a Andrade Gutierrez informou a conclusão da venda da fatia de 14,86% do capital da CCR para a Itaúsa e a Votorantim
Expectativa por inflação mais branda nos Estados Unidos leva Ibovespa aos 113.406 pontos; dólar cai a R$ 5,09
O Ibovespa acompanhou a tendência internacional, mas depois de sustentar alta de mais de 1% ao longo de toda a sessão, o índice encerrou a sessão em alta
O Mubadala quer mesmo ser o novo rei do Burger King; fundo surpreende mercado e aumenta oferta pela Zamp (BKBR3)
Valor oferecido pelo fundo aumentou de R$ 7,55 para R$ 8,31 por ação da Zamp (BKBR3) — mercado não acreditava em oferta maior
Esquenta dos mercados: Inflação dos EUA não assusta e bolsas internacionais começam semana em alta; Ibovespa acompanha prévia do PIB
O exterior ignora a crise energética hoje e amplia o rali da última sexta-feira
Vale (VALE3) dispara mais de 10% e anota a maior alta do Ibovespa na semana, enquanto duas ações de frigoríficos dominam a ponta negativa do índice
Por trás da alta da mineradora e da queda de Marfrig (MRFG3) e Minerva (BEEF3) estão duas notícias vindas da China
Magalu (MGLU3) cotação: ação está no fundo do poço ou ainda é possível cair mais? 5 pontos definem o futuro da ação
Papel já alcançou máxima de R$ 27 há cerca de dois anos, mas hoje é negociado perto dos R$ 4. Hoje, existem apenas 5 fatores que você deve olhar para ver se a ação está em ponto de compra ou venda
Commodities puxam Ibovespa, que sobe 1,3% na semana; dólar volta a cair e vai a R$ 5,14
O Ibovespa teve uma semana marcada por expectativas para os juros e inflação. O dólar à vista voltou a cair após atingir máximas em 20 anos
Esquenta dos mercados: Inflação e eleições movimentam o Ibovespa enquanto bolsas no exterior sobem em busca de ‘descontos’ nas ações
O exterior ignora a crise energética e a perspectiva de juros elevados faz as ações de bancos dispararem na Europa
BCE e Powell trazem instabilidade à sessão, mas Ibovespa fecha o dia em alta; dólar cai a R$ 5,20
A instabilidade gerada pelos bancos centrais gringos fez com o Ibovespa custasse a se firmar em alta — mesmo com prognósticos melhores para a inflação local e uma desinclinação da curva de juros.
Esquenta dos mercados: Decisão de juros do BCE movimenta as bolsas no exterior enquanto Ibovespa digere o 7 de setembro
Se o saldo da Independência foi positivo para Bolsonaro e negativo aos demais concorrentes — ou vice-versa —, só o tempo e as pesquisas eleitorais dirão
Ibovespa cede mais de 2% com temor renovado de nova alta da Selic; dólar vai a R$ 5,23
Ao contrário do que os investidores vinham precificando desde a última reunião do Copom, o BC parece ainda não estar pronto para interromper o ciclo de aperto monetário – o que pesou sobre o Ibovespa
Em transação esperada pelo mercado, GPA (PCAR3) prepara cisão do Grupo Éxito, mas ações reagem em queda
O fato relevante com a informação foi divulgado após o fechamento do mercado ontem, quando as ações operaram em forte alta de cerca de 10%, liderando os ganhos do Ibovespa na ocasião
Atenção, investidor: Confira como fica o funcionamento da B3 e dos bancos durante o feriado de 7 de setembro
Não haverá negociações na bolsa nesta quarta-feira. Isso inclui os mercados de renda variável, renda fixa privada, ETFs de renda fixa e de derivativos listados
Esquenta dos mercados: Bolsas no exterior deixam crise energética de lado e investidores buscam barganhas hoje; Ibovespa reage às falas de Campos Neto
Às vésperas do feriado local, a bolsa brasileira deve acompanhar o exterior, que vive momentos tensos entre Europa e Rússia
Ibovespa ignora crise energética na Europa e vai aos 112 mil pontos; dólar cai a R$ 5,15
Apesar da cautela na Europa, o Ibovespa teve um dia de ganhos, apoiado na alta das commodities
Crise energética em pleno inverno assusta, e efeito ‘Putin’ faz euro renovar mínima abaixo de US$ 1 pela primeira vez em 20 anos
O governo russo atribuiu a interrupção do fornecimento de gás a uma falha técnica, mas a pressão inflacionária que isso gera derruba o euro
Boris Johnson de saída: Liz Truss é eleita nova primeira-ministra do Reino Unido; conheça a ‘herdeira’ de Margaret Thatcher
Aos 47 anos, a política conservadora precisa liderar um bloco que encara crise energética, inflação alta e reflexos do Brexit
Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais caem com crise energética no radar; Ibovespa acompanha calendário eleitoral hoje
Com o feriado nos EUA e sem a operação das bolsas por lá, a cautela deve prevalecer e a volatilidade aumentar no pregão de hoje