Ibovespa sobe 1% com disparada de Vale e Petrobras, seguindo Wall Street; dólar vira
Bolsas ignoram o relatório de emprego nos Estados Unidos, o payroll, que mostrou criação de menos vagas de trabalho do que o esperado em novembro; blue chips puxam índice local com alta de commodities
A bolsa mantém a escalada vista em novembro nesta sexta-feira (04) e renova as máximas desde o início da pandemia de coronavírus que chacoalhou os mercados em 2020.
Por volta das 16h40, o Ibovespa registrava alta de 1,15%, aos 113.590 pontos, operando no maior nível desde fevereiro. O ímpeto comprador dos investidores é guiado por expectativas com vacina e perspectiva de estímulos fiscais nos Estados Unidos, assim reduzindo as perdas do principal índice acionário da B3 para menos de 2% no ano.
As principais altas percentuais são de companhias ligadas a commodities, como PetroRio e CSN. As ações reagem com fortes ganhos, superiores a 8%, à alta do petróleo lá fora apesar do aumento da produção de petróleo maior do que o esperado e à disparada do minério de ferro na China — o produto fechou hoje subindo 5% na China, atingindo o patamar de US$ 145 a tonelada.
É na esteira desses avanços de petróleo e minério de ferro que pesos-pesados do Ibovespa também vão se destacando nesta sexta.
As ações das gigantes Vale e Petrobras disparam neste momento, com Vale ON subindo 4%, e papéis da Petrobras avançando no mínimo 3%. No caso da estatal, há um adicional: na noite de ontem, a empresa informou que concluiu a fase de negociação com o Grupo Mubadala no âmbito do processo para desinvestimento da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), na Bahia.
Dando sequência ao processo, foi iniciada uma nova rodada de propostas vinculantes, em que todos os participantes que submeteram propostas anteriormente, inclusive o Grupo Mubadala, apresentarão ofertas finais com base na versão negociada do contrato com o Mubadala.
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Veja as principais altas:
| CÓDIGO | EMPRESA | PREÇO (R$) | VARIAÇÃO |
| CSNA3 | CSN ON | 25,81 | 11,15% |
| PRIO3 | PetroRio ON | 56,43 | 9,36% |
| USIM5 | Usiminas PNA | 14,06 | 7,25% |
| BTOW3 | B2W ON | 76,36 | 5,41% |
| LAME4 | Lojas Americanas PN | 24,75 | 4,65% |
Enquanto isso, papéis do setor de construção civil, do setor aéreo e de viagem, que no geral acumularam ganhos na última semana, ficam entre as principais quedas do índice. Veja abaixo as maiores baixas:
| CÓDIGO | EMPRESA | PREÇO (R$) | VARIAÇÃO |
| CYRE3 | Cyrela ON | 29,39 | -3,70% |
| CPFE3 | CPFL Energia ON | 30,50 | -3,45% |
| EQTL3 | Equatorial ON | 21,86 | -3,10% |
| MRVE3 | MRV ON | 20,03 | -2,86% |
| CVCB3 | CVC ON | 20,21 | -2,84% |
Nem o relatório de emprego nos Estados Unidos, o payroll, desestimulou os investidores a buscarem risco, e os índices à vista dos Estados Unidos abriram em leve alta — neste momento, S&P 500 avança 0,7%.
O payroll indicou a criação de 245 mil novas vagas de emprego no mercado de trabalho americano, bem abaixo das expectativas de Wall Street, que previam 460 mil postos criados.
O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de Chicago, Charles Evans, disse que o payroll desapontou um pouco e que "podemos ir melhor do que isso".
Evans ressalvou, no entanto, que a economia se recuperou mais rápido do que as suas expectativas e que o imunizante contra a covid-19 traz esperanças de que 2021 será um ano melhor. Apesar disso, afirmou que o Fed está aberto a prover mais estímulos à atividade.
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O ambiente segue globalmente favorável à tomada de risco com o início dos programas de vacinação da população contra a covid-19 previsto para a próxima semana no Reino Unido, que recentemente aprovou o uso emergencial da vacina.
As perspectivas positivas embalaram as bolsas asiáticas durante a madrugada, com exceção de Tóquio, que reagiu negativamente ao crescimento de casos de covid-19 na região.
A sinalização favorável do presidente eleito dos Estados Unidos Joe Biden ao pacote de estímulos fiscais de US$ 900 bilhões em discussão no Congresso norte-americano também ajudou a manter o ambiente favorável nas bolsas.
A grande mudança do dia se viu no dólar à vista. A moeda americana tenta manter a trajetória de queda vista no mês passado, em que caiu 7%, e na semana, na qual acumula baixa de aproximadamente 3%. E, se mais cedo o dólar subia, passou a cair nos últimos minutos em meio ao fluxo estrangeiro de ingresso na bolsa.
Os juros futuros dos depósitos interbancários fecharam mistos, com juros curtos apontando leve alta neste momento, mas os mais longos continuaram em um movimento de queda.
As taxas futuras têm se descomprimido nos últimos dias refletindo a redução da percepção do risco fiscal pelos agentes financeiros, que reagem à sinalização de que o Renda Cidadã não será criado em 2020 nem o auxílio emergencial será estendido, além da votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) daqui a pouco mais de 10 dias.
A recente emissão de títulos da dívida externa do Tesouro Nacional, com a qual foram captados US$ 2,5 bilhões, também ajuda a reduzir um pouco a inclinação da curva de juros.
Veja os juros dos principais vencimentos:
- Janeiro/2021: de 1,910% para 1,908%
- Janeiro/2022: de 3,05% para 3,09%
- Janeiro/2023: de 4,53% para 4,50%
- Janeiro/2025: de 6,19% para 6,13%
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