Na Argentina, peronista Alberto Fernández derrota Macri e é eleito presidente no 1º turno
Presidente atual, que assumiu em 2015, deixa um país com uma grave crise econômica e social; com inflação este ano prevista para 55%
O peronista Alberto Fernández venceu as eleições para a presidência da República na Argentina em primeiro turno, com 48,1% dos votos. O atual presidente, Mauricio Macri, conquistou 40,4% do total de votos.
Fernández é da coalizão de esquerda Frente de Todos e sua vice é a senadora Cristina Kirchner, ex-presidente do país. Já Macri é da coalizão Juntos por el Cambio, tem como vice Miguel Ángel Pichetto.
Na Argentina, para vencer as eleições em primeiro turno, é necessário obter 45% dos votos ou 40% e dez pontos de vantagem em relação ao segundo colocado.
BC reage
Nesta segunda-feira (28), o Banco Central argentino anunciou medidas para limitar as compras de dólares. As compras mensais serão limitadas a US$ 200 por conta bancária e US$ 100 em espécie até dezembro. O limite anterior era de US$ 10 mil por mês.
Em crise
Mauricio Macri, que assumiu em 2015, deixa um país com uma grave crise econômica e social; com inflação este ano prevista para 55%. No País, 30% das pessoas vivem na pobreza e os sem-teto representam quase 10% da população.
Além de presidente e vice-presidente, serão eleitos 130 deputados e 24 senadores. Também serão escolhidos governadores das províncias de Buenos Aires, Catamarca e La Rioja, além de prefeitos de várias cidades.
O novo governante assume dia 10 de dezembro. O mandato presidencial é de 4 anos e é permitida apenas uma reeleição.
Volta da esquerda
Alberto Fernández participou do governo de Néstor Kirchner, entre 2003 e 2007, como chefe do Gabinete de Ministros, e continuou no primeiro governo de Cristina Kirchner.
No ano seguinte, em 2008, Fernández renunciou em meio a uma crise e se tornou crítico do governo de Cristina. Ano passado, dez anos depois de romperem, houve uma reaproximação entre os dois. Alberto, então, se tornou candidato à presidência, convidado por Cristina para compor a chapa.
Ele é advogado e professor de direito penal e civil argentino, e dá aulas na Facultade de Direito da Universidade de Buenos Aires (UBA).
*Com Agência Brasil
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