🔴 VEM AÍ: ONDE INVESTIR NO 2º SEMESTRE – INSCREVA-SE GRATUITAMENTE

Seu Dinheiro

Seu Dinheiro

No Seu Dinheiro você encontra as melhores dicas, notícias e análises de investimentos para a pessoa física. Nossos jornalistas mergulham nos fatos e dizem o que acham que você deve (e não deve) fazer para multiplicar seu patrimônio. E claro, sem nada daquele economês que ninguém mais aguenta.

Enquanto isso, no Congresso...

Projeto de Lei que reduz para 1% royalties de campos de petróleo marginais avança no Congresso

PL 4663/2016, de autoria de Beto Rosado (Progressista/RN) propõe cortar de 10% para 1% o royalty sobre a produção de campos marginais

Seu Dinheiro
Seu Dinheiro
19 de agosto de 2019
17:02 - atualizado às 14:12
Petróleo - Imagem: Shutterstock

Uma das principais demandas de exploradores de petróleo em áreas onshore, a redução dos royalties como uma forma de incentivar o surgimento de novos negócios, está inserida em um projeto de lei que tem avançado na Câmara dos Deputados.

O PL 4663/2016, de autoria de Beto Rosado (Progressista/RN) propõe cortar de 10% para 1% o royalty sobre a produção de campos marginais - ou seja, com menores retornos.

Em uma análise paralela e não provocada pelo PL, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) deve divulgar já neste semestre os critérios de quais campos entram no segmento.

Segundo Rosado, o objetivo inicial do projeto é incentivar a transferência de campos em que a Petrobras não tem mais interesse à iniciativa privada.

Nos últimos anos, a estatal se antecipou e acelerou o passo nos desinvestimentos em onshore e águas rasas, sobretudo depois de setembro do ano passado, quando a ANP selecionou 254 campos para que a petroleira decidisse se vai voltar a investir, vender à iniciativa privada, ou devolver ao regulador. A Petrobras decidiu ficar com 71 e vender 183.

Rosado lembrou que na região de Mossoró, tradicional na exploração de petróleo, muitos empregos foram perdidos diante do não aproveitamento total da estatal nas operações. A Petrobras tem focado sobretudo em águas profundas. "Já chegamos a ter 13 mil pessoas diretamente ligadas à exploração de petróleo em Mossoró. Hoje esse número não chega a 7 mil", disse, e emendou: "Eu conversei com o presidente da Câmara (Rodrigo Maia) e ele está de acordo com esse projeto. A própria Petrobras tem avançado no tema", afirmou.

Leia Também

O PL já tramitou nas Comissões de Meio Ambiente e Minas e Energia - a aprovação nesta última saiu no dia 14. O próximo passo, segundo o deputado, é a Comissão de Finanças e Tributação. Ainda não foi definido um relator, mas a estimativa é que o PL seja apreciado pela comissão nos próximos três meses.

"É lá que vamos discutir a questão dos royalties. A proposta inicial foi feita em 1%. Mas reconheço que este é um ponto que a gente precisa discutir mais sobre a participação dos entes federativos", disse. O PL já teve alguns pontos alterados, como a retirada de obrigatoriedade de financiamento de projetos por bancos públicos. Se aprovado, será encaminhado à Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), última instância antes de ir para o Senado (sem votação em plenário).

Travada pela ausência de investimentos da Petrobras, a produção em terra do Brasil tem caído ano a ano. Dados da ANP mostram que a produção desse segmento caiu da média de 209,1 mil barris de petróleo por dia no ano 2000 para a média atual de 107,4 mil barris diários nos 12 meses até maio.

Monitorando esta realidade, neste mês, o governo deve relançar o Programa de Revitalização das Atividades de Exploração e Produção de Petróleo e Gás Natural em Áreas Terrestres (Reate 2020). A meta, assim como foi na versão de 2017, é levar a produção aos 500 mil barris por dia até 2030.

A iniciativa de reduzir o royalty em campos marginais deve incentivar a entrada de empresas no setor, afirmou Gutemberg Dias, presidente da Redepetro RN, entidade com sede em Mossoró que reúne empresas da cadeia produtiva do petróleo no Estado.

"Esse projeto vem em um bom momento por elevar a atratividade na oferta permanente", disse, em referência ao novo modelo adotado pela ANP para dar celeridade às concessões de áreas para exploração. "Muitas empresas não entram na ANP para comprar esses poços em função do royalty. Mas ao deixar de produzir, ela deixa de pagar royalty e não gera emprego e renda na região", disse.

Já Anabal Santos Júnior, secretário-executivo da Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Petróleo e Gás (Abpip), disse que muito já poderia ter sido feito para o setor.

"Estamos satisfeitos que o País começa a encontrar as soluções para que o Onshore volte a cumprir o seu papel desenvolvimentista no interior do Brasil", disse. A entidade estima que, em quase duas décadas, os municípios nordestinos deixaram de receber cerca de R$ 1,2 bilhão em royalties pela pisada no freio da Petrobras nos investimentos em terra sem abrir espaço para a iniciativa privada.

ANP fala em reduzir a 5%

Enquanto o PL tramita no Congresso, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) deve divulgar já neste semestre a conclusão de estudos para delimitar os campos marginais de exploração de petróleo no País. O tema é um pilar importante para o setor, que busca viabilizar a exploração em terra.

De acordo com o chefe da coordenadoria de Áreas Terrestres da Agência Nacional do Petróleo (ANP), José Fernando de Freitas, a estimativa é que o regulador libere já no primeiro semestre do ano que vem uma resolução para reduzir o royalty da produção incremental deste segmento de 10% para até 5%, da mesma forma que é feito hoje com os campos maduros.

"O processo de emissão da resolução passa por vários estudos", disse Freitas, em entrevista ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. "Nós trabalhamos com a hipótese de estar com essa resolução em vigor no primeiro semestre do ano que vem."

Freitas explicou que o debate sobre reduzir os royalties de produção incremental em campos marginais foi provocado pelo setor logo após a ANP ter incentivado o aumento de produção em campos maduros por meio do corte no royalty, podendo chegar até o piso definido pelo CNPE, de 5%. "A ANP se comprometeu a fazer a mesma coisa para campos marginais. Essa discussão envolve também a definição do que é um campo marginal", lembrou.

Campos marginais podem ser definidos como aqueles que não estão mais no auge da sua viabilidade econômica. "Campos de economicidade marginal deveria ser o nome", disse Freitas. O membro da ANP ponderou que delimitar os campos marginais é um desafio. "Os maduros, estão diretamente ligados a idade. O marginal, não. Ele depende da empresa que está explorando", afirmou.

Diante do tamanho da Petrobras, praticamente todos os campos em terra que a estatal está desinvestindo poderiam ser considerados economicamente marginais, mas eles não seriam para as empresas que estão comprando, de menor porte. "Um campo maduro, pode ser marginal também, ou não, já que alguns podem ser altamente rentáveis", explicou.

A complexidade da definição permeia os próprios preços do petróleo, que podem tornar menos ou mais viáveis determinadas áreas. "Não seria razoável que a sociedade desse um desconto a uma empresa considerando que outra empresa poderia operar aquele campo sem a necessidade de subsídio", afirmou o membro da ANP.

Freitas comentou também que há debates no Congresso acerca de mudanças mais profundas ainda no pagamento de royalty. Um deles, o PL 4663/2016, de autoria de Beto Rosado (Progressista/RN), propõe cortar de 10% para até 1% o royalty sobre toda produção de campos marginais e não apenas a incremental.

"Acho importante destacar que, apesar de serem duas propostas independentes, há uma coincidência de objetivo de que determinados ativos, sejam eles maduros ou marginais, precisam de incentivo para continuar produção", afirmou.

*Com Estadão Conteúdo.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
FOCO NO CENTRO

Com Lula ou Bolsonaro na Presidência, o próximo Congresso será de centro-direita e reformista, diz Arthur Lira

10 de maio de 2022 - 15:04

Em evento em Nova York, presidente da Câmara volta a defender a confiabilidade do sistema eleitoral brasileiro e as reformas no país

ATÉ 2023

Alívio no bolso vem aí? Conheça a PEC que pode zerar impostos sobre combustíveis e gás

3 de fevereiro de 2022 - 20:42

A matéria dispensa o cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que exige que o governo compense a perda de arrecadação ao cortar impostos com a elevação de outros

RAIO-X DO ORÇAMENTO

Fundo eleitoral, emendas do relator e reajuste dos servidores: 3 pontos do Orçamento para 2022 que mexem com a bolsa esta semana

22 de janeiro de 2022 - 14:45

Entre emendas parlamentares superavitárias e reajuste dos policiais federais, o Orçamento deve ser publicado no Diário Oficial na segunda-feira (24)

PEC DOS COMBUSTÍVEIS

Tesouro pode perder até R$ 240 bilhões com PEC dos Combustíveis e inflação pode ir para 1% — mas gasolina ficará só R$ 0,20 mais barata; confira análise

22 de janeiro de 2022 - 10:58

Se todos os estados aderirem à desoneração, a perda seria de cifras bilionárias aos cofres públicos, de acordo com a XP Investimentos

DE OLHO NAS DÍVIDAS JUDICIAIS

Além do furo no teto: como a PEC dos precatórios afeta os credores, mas abre uma grande oportunidade de investimento

20 de janeiro de 2022 - 7:03

Com a regra fiscal ameaçada, o motivo inicial para a criação da emenda acabou sendo relegado a segundo plano, mas seus desdobramentos podem beneficiar os investimentos alternativos

FICOU PRA HOJE

Por precaução, presidente da Câmara adia votação em 2º turno da PEC dos Precatórios

15 de dezembro de 2021 - 6:18

Depois da aprovação em 1º turno, ontem à noite, governistas temiam falta de quorum; Lira deixou votação para hoje

VAI OU NÃO VAI?

Câmara resiste a mudanças propostas pelo Senado na PEC dos precatórios; entenda o impasse

13 de dezembro de 2021 - 19:23

Parte da PEC já foi promulgada na semana passada, incluindo a alteração no cálculo da regra que atrela o crescimento das despesas à inflação

GÁS NA TRAMITAÇÃO

Projeto de lei pode conter alta dos combustíveis, mas precisa ser aprovado ainda este ano, defende relator

8 de dezembro de 2021 - 16:05

A medida, que cria um programa de estabilização do valor do petróleo e derivados, foi a forma encontrada para amenizar a alta dos preços sem interferir na política da Petrobras

Congresso

Se Arthur Lira quiser, PEC dos Precatórios será aprovada ainda este ano, diz líder do Novo

6 de dezembro de 2021 - 15:56

Deputado Paulo Ganime defende que PEC tramite como novo texto, mas presidente da Câmara sinalizou que vai fatiar proposta

PROMESSA DESCUMPRIDA

Reforma administrativa não sai antes das eleições, admite relator da proposta na Câmara

5 de dezembro de 2021 - 18:01

O deputado Arthur Maia afirmou que faltou empenho do executivo para garantir que o texto fosse aprovado no Congresso

INVESTIDORES ATENTOS

4 fatos que mexem com o Ibovespa na próxima semana — incluindo Copom e IPO do Nubank

5 de dezembro de 2021 - 14:18

O principal índice acionário brasileiro terá um calendário cheio de eventos e dados econômicos para digerir ao longo dos próximos dias

Correria no Congresso

Governo quer esperar, mas presidente do Senado estuda votar PEC dos precatórios ainda hoje

30 de novembro de 2021 - 19:25

O governo acredita já ter os votos necessários para aprovar a proposta, mas esperava garantir uma margem maior antes da votação

Adeus ano velho

Ano novo, impostos velhos! Reforma do IR fica para 2022, confirma presidente do Senado

29 de novembro de 2021 - 19:28

O governo Bolsonaro pressionava pela aprovação da proposta para financiar o Auxílio Brasil, mas não conseguiu apoio na Casa

NEGOCIAÇÃO NO CONGRESSO

PEC dos precatórios tornará Auxílio Brasil permanente; Bolsonaro espera que o Senado aprove o texto na próxima semana

23 de novembro de 2021 - 20:19

O governo ainda busca votos para aprovar o texto sem mexer em dois pontos centrais: o limite para pagamento de precatórios e a mudança no cálculo do teto de gastos

FORÇANDO O TETO

Bolsonaro prometeu, mas Lira diz que não há espaço para reajuste a servidores com PEC dos Precatórios

18 de novembro de 2021 - 19:49

A PEC abre um espaço de R$ 90 bilhões no Orçamento, mas cálculos da Economia apontam outras despesas como destinatárias da folga

Ruídos de Brasília

Projeções para a economia são revisadas para pior e falas de Jair Bolsonaro desagradam senadores que negociam PEC dos Precatórios: veja o que movimenta Brasília hoje

17 de novembro de 2021 - 13:29

A PEC dos precatórios pode abrir espaço no Orçamento de 2022, mas o risco fiscal gerado pelos debates em torno da proposta fizeram o governo reajustar as projeções

Crédito especial

Com remanejamento no Orçamento, Congresso garante verba R$ 9,36 bilhões para Auxílio Brasil

11 de novembro de 2021 - 17:54

O montante, originalmente previsto para o finado Bolsa Família, garantirá um reajuste de quase de 18% no novo programa social

MAIS VOTOS

PDT pula do barco, mas PEC dos Precatórios passa em 2º turno na Câmara mesmo assim

10 de novembro de 2021 - 6:05

Apesar da mudança de posição pedetista, governo conseguiu 11 votos a mais do que no primeiro turno para passar a PEC com a qual pretende viabilizar o Auxílio Brasil

VOTAÇÃO TENSA

Plenário mantém mudança no teto de gastos, mas derruba alteração na regra de ouro; confira outros destaques da PEC dos precatórios

9 de novembro de 2021 - 18:42

O próprio presidente da Câmara, Arthur Lira, que tem a prerrogativa do cargo de não ser obrigado a votar, pressionou o ‘sim’ para ajudar o governo na mudança

SEM DATAS NO HORIZONTE

Privatização dos Correios estacionou? Relator altera parecer, mas votação em comissão do Senado é adiada

9 de novembro de 2021 - 14:09

A versão mais recente do texto aumenta a garantia contra o fechamento de agências em áreas remotas da Amazônia Legal

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar