Onde estão os dólares que deveriam estar aqui?
Fluxo cambial de janeiro foi positivo em apenas US$ 55 milhões, pior resultado desde 2013. Prova, mais uma vez, de que fluxo não faz preço, é que a cotação do dólar caiu 5,6% no mês
Os dados do Banco Central (BC) sobre o fluxo cambial frustraram as expectativas de que os mais de US$ 20 bilhões perdidos no fim do ano passado poderiam começar a retornar, mesmo que parcialmente, logo na abertura do ano.
O fluxo cambial, que capta as trocas comerciais e de investimentos e aplicações do Brasil com o exterior, fechou janeiro positivo em apenas US$ 55 milhões, pior resultado desde uma saída de US$ 2,4 bilhões vista em janeiro de 2013.
O usual é vermos um retorno de moeda física ao país nos primeiros meses do ano depois de retiradas pontuais, especialmente na conta financeira por empresas e fundos que fecham sua contabilidade no fim de cada ano.
Em 2018, por exemplo, janeiro terminou com entrada líquida de US$ 8 bilhões, depois de uma saída de US$ 9,3 bilhões em dezembro de 2017. Em janeiro de 2017, o ingresso ficou em US$ 3,7 bilhões, após retirada pouca expressiva de US$ 1,1 bilhão em dezembro de 2016.
Ao longo de janeiro, ingressos e saídas se alternaram bastante ao longo das semanas, e o saldo líquido no mês foi de uma retirada comercial de US$ 497 milhões sendo compensada por um tímido ingresso líquido financeiro de US$ 552 milhões.
Fevereiro, no entanto, abriu com entrada líquida de US$ 650 milhões. Agora é aguardar os dados das próximas semanas para ver se o sazonal aumento de fluxo se confirma, junto com um aumento das exportações e demais operações.
Leia Também
Esperando, esperando...
No lado da conta financeira, os dados parecem conversar com o que temos lido e ouvido por aí, de que o estrangeiro está esperando a aprovação de reformas e ajustes para colocar suas fichas no Brasil.
O quadro brasileiro é visto como binário. Ou a reforma passa e as coisas se arrumam, ou sem reformas rumamos para o abismo fiscal. Sem espaço para meio termo, a saída parece mesmo esperar. O aumento nos índices locais de confiança de empresas e consumidores não parece sensibilizar o capital externo.
Também há expectativa com os programas de concessões, privatizações e leilões do governo, mas, por ora, nenhuma operação foi efetivamente realizada.
O fluxo e os leilões do BC
Os dados também conversam como a decisão do BC de fazer a rolagem de leilões de linha feitos no fim do ano passado para prover liquidez pontual para as remessas de fim de ano. No fim de janeiro, o BC ofertou rolagem de US$ 6,2 bilhões que venceriam no dia 4 de fevereiro.
Os leilões ocorreram nos dias 30 e 31 de janeiro. Na primeira operação, todos os US$ 3,2 bilhões ofertados tiveram seu vencimento postergado para os meses de abril e junho. No dia 31, dos US$ 3 bilhões oferecidos, US$ 1,725 bilhão foi rolado, e o restante “venceu”, ou seja, os bancos devolveram esses dólares que foram “emprestados” no dia 4 de fevereiro.
No fim do mês, o BC avalia as condições de demanda e liquidez para decidir se faz a rolagem de outros US$ 6,05 bilhões que venceram no começo de março.
Quando o fluxo é negativo ou insuficiente, além do BC, os próprios bancos atuam provendo liquidez utilizando suas linhas externas. Com as saídas do fim do ano passado e os leilões do BC, a posição vendida dos bancos segue elevada, na casa dos US$ 24,8 bilhões.
Formação de preço
Falando do que realmente importa, os dados provam, mais uma vez, que fluxo não faz preço, pois a cotação do dólar caiu 5,6% no mês de janeiro.
As entradas e saídas físicas são relevantes, mas os fluxos físicos são infinitamente inferiores aos movimentados no mercado de futuros da B3, onde comprados, que ganham com a alta do dólar, e os vendidos, que ganham com a queda da moeda, protegem suas exposições em outros mercados e fazem apostas direcionais na moeda americana.
Ao longo de janeiro tivemos firme movimentação dos fundos de investimento na ponta de venda de dólar futuro e cupom cambial (DDI, juro em dólar). A posição vendida fechou o mês em US$ 34,357 bilhões, contra US$ 26,4 bilhões no fechamento de 2018.
Os estrangeiros seguiram carregando posição comprada de US$ 33 bilhões, pouco acima dos US$ 32 bilhões de dezembro. Já os bancos, reduziram a posição vendida de US$ 7,3 bilhões no fim de 2018 para apenas US$ 814 milhões.
Agora no começo de fevereiro, temos os fundos vendidos em US$ 25,3 bilhões, após uma movimentação que pode ser vista como realização de lucros. Os estrangeiros comprados em US$ 33,4 bilhões. E os bancos remontando posição vendida, que está em US$ 10 bilhões.
Bitcoin deixa de ser ‘ilha’ e passa a se comportar como mercado tradicional — mas você não deve tratar criptomoedas como ações de tecnologia
Os convidados do Market Makers desta semana são Axel Blikstad, CFA e fundador da BLP Crypto, e Guilherme Giserman, manager de global equities no Itaú Asset
Entenda o que são as ‘pontes’ que ligam as blockchains das criptomoedas; elas já perderam US$ 2 bilhões em ataques hackers
A fragilidade desses sistemas se deve principalmente por serem projetos muito novos e somarem as fraquezas de duas redes diferentes
Mesmo em dia de hack milionário, bitcoin (BTC) e criptomoedas sobem hoje; depois de ponte do ethereum (ETH), foi a vez da solana (SOL)
Estima-se que cerca de US$ 8 milhões (R$ 41,6 milhões) tenham sido drenados de carteiras Phantom e Slope, além da plataforma Magic Eden
Em 6 meses de guerra, doações em criptomoedas para Rússia somam US$ 2,2 milhões — mas dinheiro vai para grupos paramilitares; entenda
Esse montante está sendo gasto em equipamentos militares, como drones, armas, coletes a prova de balas, suprimentos de guerra, entre outros
Bitcoin (BTC) na origem: Conheça o primeiro fundo que investe em mineração da principal criptomoeda do mercado
Com sede em Miami, a Bit5ive é uma dos pioneiras a apostar no retorno com a mineração de bitcoin; plano é trazer fundo para o Brasil
Mais um roubo em criptomoedas: ponte do ethereum (ETH) perde US$ 190 milhões em ataque; porque hacks estão ficando mais frequentes?
Os hacks estão ficando cada vez mais comuns ou os métodos para rastreá-los estão cada vez mais sofisticados? Entenda
Esquenta dos mercados: Bolsas preparam-se para brilhar no último pregão de julho; Ibovespa repercute hoje dados da Vale e Petrobras
Mercados repercutem balanços de gigantes das bolsas e PIB da Zona do Euro. Investidores ainda mantém no radar inflação nos EUA e taxa de desemprego no Brasil
Somente uma catástrofe desvia o Ibovespa de acumular alta na semana; veja o que pode atrapalhar essa perspectiva
Ibovespa acumula alta de pouco mais de 2,5% na semana; repercussão de relatório da Petrobras e desempenho de ações de tecnologia em Wall Street estão no radar
Bolsas amanhecem sob pressão do BCE e da renúncia de Draghi na Itália; no Ibovespa, investidores monitoram Petrobras e Vale
Aperto monetário pelo Banco Central Europeu, fornecimento de gás e crise política na Itália pesam sobre as bolsas internacionais hoje
Esquenta dos mercados: Dirigente do Fed traz alívio aos mercados e bolsas sobem com expectativa por balanços de bancos
Hoje, investidores mostram-se animados com os balanços do Wells Fargo e do Citigroup; por aqui, repercussões da PEC Kamikaze devem ficar no radar
Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais tentam recuperação após corte de juros na China; Ibovespa acompanha reunião de Bolsonaro e Elon Musk
Por aqui, investidores ainda assistem à divulgação do relatório bimestral de receitas e despesas pelo Ministério da Economia
Hapvida (HAPV3) decepciona e tomba 17% hoje, mas analistas creem que o pior já passou — e que as ações podem subir mais de 100%
Os números do primeiro trimestre foram pressionados pela onda da variante ômicron, alta sinistralidade e baixo crescimento orgânico, mas analistas seguem confiantes na Hapvida
Oscilando nos US$ 30 mil, bitcoin (BTC) mira novos patamares de preço após criar suporte; momento é positivo para comprar criptomoedas
Entenda porque a perda de paridade com o dólar é importante para a manutenção do preço das demais criptomoedas do mundo
Bitcoin (BTC) permanece abaixo dos US$ 30 mil e mercado de criptomoedas está em estado de pânico com stablecoins; entenda
Entenda porque a perda de paridade com o dólar é importante para a manutenção do preço das demais criptomoedas do mundo
Terra (LUNA) não acompanha recuperação do bitcoin (BTC) neste domingo; criptomoedas tentam começar semana com pé direito
Mesmo com a retomada de hoje, as criptomoedas acumulam perdas de mais de dois dígitos nos últimos sete dias
Bolsas no exterior operam em alta com balanços melhores que o esperado; feriado no Brasil mantém mercados fechados
Investidores também digerem inflação na zona do euro e número de pedidos de auxílio-desemprego nos EUA
Em recuperação, bitcoin (BTC) sobe mais de 4% hoje, mas Solana (SOL) é destaque entre criptomoedas e dispara 17% após anúncio do Solana Pay; entenda
Os dados internos da blockchain do bitcoin mostram que a maior criptomoeda do mundo permanece no meio de um “cabo de guerra” entre compradores e vendedores
Bitcoin (BTC) cai após um final de semana de recuperação e criptomoedas esperam ‘lei Biden’ esta semana, mas ethereum (ETH) se aproxima de ponto crítico
A segunda maior criptomoeda do mundo está em xeque com o aprofundamento do ‘bear market’, de acordo com a análise gráfica
Bitcoin (BTC) cai mais de 6% em sete dias, de olho no Fed e na próxima lei de Joe Biden; confira o que movimentou o mercado de criptomoedas nesta semana
Putin a favor da mineração de criptomoedas, Fed e Joe Biden no radar do bitcoin, Elon Musk e Dogecoin e mais destaques
Bitcoin (BTC) recua com aumento de juros do Fed no horizonte e investidores de criptomoedas esperam por lei de Joe Biden; entenda
O plano do presidente americano pesava a mão na taxação de criptomoedas e ativos digitais, no valor de US$ 550 bilhões
