O craque vai pendurar as chuteiras. E agora?
Na primeira vez que entrevistei José Galló, em 2008 ou 2009, seu pragmatismo me impressionou. Em um restaurante em São Paulo, ele criticou o modo como os executivos do varejo esbanjavam em viagens corporativas, algo que ele considerava incompatível com as margens baixas do varejo. Na ocasião, disse que estava hospedado no hotel Ibis. Ele falou também que comprava seus ternos na Renner e ressaltou a importância da linha de alfaiataria da empresa.
Anos depois, em 2012, estive na sede da Lojas Renner, em Porto Alegre, para uma entrevista com Galló. Me chamou a atenção que ao lado da sua mesa tinha uma TV conectada às câmeras de segurança das principais lojas do país. O executivo verificava a operação em tempo real - e eventualmente dava broncas nos gerentes das lojas se visse filas fora do razoável ou roupas caídas no chão.
Já entrevistei muitos CEOs ao longo da minha carreira. Alguns deles têm presenças marcantes e conseguem moldar a empresa inteira com o seu estilo de liderança. Galló fez isso com a Renner e transformou a companhia em uma referência de eficiência no varejo. O resultado se refletiu na valorização dos papéis, que subiram impressionantes 4.377% nos últimos 13 anos, contra apenas 277% do Ibovespa.
Pois bem, Galló está de saída e seu sucessor, Fabio Faccio, terá o desafio de manter o bom nível de gestão da companhia. E também terminar projetos não finalizados. O Vinícius Pinheiro conta nesta reportagem quais são os novos desafios do próximo presidente da empresa e em que o acionista deve ficar de olho.
Cabo de guerra

Quando vi o noticiário político do fim de semana a imagem que veio à minha cabeça é a de um cabo de guerra, aquela brincadeira em que dois grupos se dividem e cada um puxa uma corda para um lado. O grupo vencedor é o que conseguir puxar seus oponentes para a direção que deseja.
Leia Também
De um lado do cabo está a informação do Estadão, que traz um levantamento com deputados federais que mostra que o governo conseguiu ampliar o apoio na Câmara à reforma da Previdência, mesmo com o "apagão" da articulação política nos primeiros meses.
Do outro lado está a informação da Folha, que mostra a queda da popularidade do presidente. Segundo levantamento do Datafolha divulgado no domingo, Jair Bolsonaro tem a pior avaliação entre os presidentes eleitos para um primeiro mandato desde o fim do regime militar. A grande dúvida no ar atualmente é qual dessas forças vai prevalecer.
É hora de mudar de assunto?
O presidente Jair Bolsonaro está programando uma viagem à região Nordeste para anunciar o 13º do Bolsa Família. A ideia é usar a viagem para mostrar, numa região com muitos beneficiários do programa, que o governo está atuando em outras frentes além da reforma da Previdência. Parlamentares da região reclamam que essa é até agora a única pauta do governo, o que aumenta as cobranças na base eleitoral sobre os congressistas. Saiba mais
A volta por cima do patinho feio
A PetroRio passou de patinho feio para cisne e isso refletiu no preço de suas ações, que tiveram alta de 90% desde o início do ano. Mas o que teria ocorrido? A Bruna Furlani ouviu pessoas do mercado para saber o que mudou na empresa e quais as perspectivas para as ações. Ela conta o que descobriu nesta matéria.
Acabou, Ghosn!
Em reunião extraordinária de acionistas realizada hoje, o executivo brasileiro Carlos Ghosn foi destituído do Conselho de Administração da Nissan. Ghosn foi preso pela quarta vez na última quinta-feira, em Tóquio, após um período em prisão domiciliar.
Imposto de renda: como declarar como MEI e autônomo

Se você é MEI ou autônomo, é muito comum surgirem algumas dúvidas na hora de declarar o Imposto de Renda. A Natalia Gómez reuniu informações que podem te ajudar a prestar contas ao Leão.
A Bula do Mercado: guerra comercial e Previdência no radar
O mercado financeiro segue à espera de novidades. Durante a semana, o noticiário em torno da negociação entre Estados Unidos e China e da tramitação da reforma da Previdência deve seguir no radar dos investidores.
Em meio a mais uma queda de popularidade de Bolsonaro, o foco da semana será a articulação política, na tentativa de viabilizar a formação de uma base aliada no Legislativo e garantir os 308 votos necessários para a aprovação da reforma.
No exterior, a nona etapa de negociações do acordo entre China e EUA foi concluída com sucesso, mas falta entrar nos pontos mais delicados da discussão, que inviabilizaram o acordo até o momento. As bolsas asiáticas encerraram o dia com leves perdas, sendo seguidas pelos índices futuros de Nova York e na abertura do pregão na Europa, que monitora o desempenho de Theresa May na questão do Brexit.
Na sexta-feira, o Ibovespa fechou o dia com alta de 0,83%, aos 97.108,17 pontos, com um ganho acumulado de 1,78% na semana. O dólar, que acumulou queda de 1,13% na semana, fechou o dia com alta de 0,38%, a R$ 3,8718. Consulte a Bula do Mercado para saber como devem se comportar bolsa e dólar hoje.
Um grande abraço e ótima segunda-feira!
Agenda
Indicadores
- FGV divulga resultado semanal do IPC-S, às 8h.
- Também às 8h, FGV divulga resultado do IGP-DI de março.
- Às 8h25, Banco Central divulga o Boletim Focus.
Internacional
- Às 11h00, os Estados Unidos divulgam dados sobre encomendas à indústria, de fevereiro.
- Às 12h45, o presidente do Banco da França e o membro do conselho de diretores do Banco Central Europeu, François Villeroy de Galhau, discursa em evento sobre políticas públicas no mundo globalizado
Um final de ano desastroso para a Oracle: ações caminham para o pior trimestre desde a bolha da internet
Faltando quatro dias úteis para o fim do trimestre, os papéis da companhia devem registrar a maior queda desde 2001
Negócio desfeito: por que o BRB desistiu de vender 49% de sua financeira a um grupo investidor
A venda da fatia da Financeira BRB havia sido anunciada em 2024 por R$ 320 milhões
Fechadas com o BC: o que diz a carta que defende o Banco Central dias antes da acareação do caso Master
Quatro associações do setor financeiro defendem a atuação do BC e pedem a preservação da autoridade técnica da autarquia para evitar “cenário gravoso de instabilidade”
CSN Mineração (CMIN3) paga quase meio bilhão de reais entre dividendos e JCP; 135 empresas antecipam proventos no final do ano
Companhia distribui mais de R$ 423 milhões em dividendos e JCP; veja como 135 empresas anteciparam proventos no fim de 2025
STF redefine calendário dos dividendos: empresas terão até janeiro de 2026 para deliberar lucros sem imposto
O ministro Kassio Nunes Marques prorrogou até 31 de janeiro do ano que vem o prazo para deliberação de dividendos de 2025; decisão ainda precisa ser confirmada pelo plenário
BNDES lidera oferta de R$ 170 milhões em fundo de infraestrutura do Patria com foco no Nordeste; confira os detalhes
Oferta pública fortalece projetos de logística, saneamento e energia, com impacto direto na região
FII BRCO11 fecha contrato de locação com o Nubank (ROXO34) e reduz vacância a quase zero; XP recomenda compra
Para a corretora, o fundo apresenta um retorno acumulado muito superior aos principais índices de referência
OPA da Ambipar (AMBP3): CVM rejeita pedido de reconsideração e mantém decisão contra a oferta
Diretoria da autarquia rejeitou pedido da área técnica para reabrir o caso e mantém decisão favorável ao controlador; entenda a história
Azul (AZUL54) chega a cair mais de 40% e Embraer (EMBJ3) entra na rota de impacto; entenda a crise nos ares
Azul reduz encomenda de aeronaves com a Embraer, enquanto ações despencam com a diluição acionária prevista no plano de recuperação
Corrida por proventos ganha força: 135 empresas antecipam remuneração; dividendos e JCP são os instrumentos mais populares
Recompras ganham espaço e bonificação de ações resgatáveis desponta como aposta para 2026, revela estudo exclusivo do MZ Group
IG4 avança na disputa pela Braskem (BRKM5) e leva operação bilionária ao Cade; ações lideram altas na B3
A petroquímica já havia anunciado, em meados deste mês, que a gestora fechou um acordo para assumir a participação da Novonor, equivalente a 50,1% das ações com direito a voto
Nvidia fecha acordo de US$ 20 bilhões por ativos da Groq, a maior aquisição de sua história
Transação em dinheiro envolve licenciamento de tecnologia e incorporação de executivos, mas não a compra da startup
Banco Mercantil (BMEB4) fecha acordo tributário histórico, anuncia aumento de capital e dividendos; ações tombam na B3
O banco fechou acordo com a União após mais de 20 anos de disputas tributárias; entenda o que isso significa para os acionistas
Kepler Weber (KEPL3) e GPT: minoritários questionam termos da fusão e negócio se complica; entenda o que está em jogo
Transações paralelas envolvendo grandes sócios incomodou os investidores e coloca em dúvida a transparência das negociações
Itaúsa (ITSA4) eleva aposta em Alpargatas (ALPA4) em meio à polêmica com a dona da Havaianas
Nos últimos dias, a Itaúsa elevou sua fatia e passou a deter cerca de 15,94% dos papéis ALPA4; entenda a movimentação
Presente de Natal? Tim Cook compra ações da Nike e sinaliza apoio à recuperação da empresa
CEO da Apple investe cerca US$ 3 milhões em papéis da fabricante de artigos esportivos, em meio ao plano de reestruturação comandado por Elliott Hill
Ampla Energia aprova aumento de capital de R$ 1,6 bilhão
Operação envolve capitalização de créditos da Enel Brasileiro e eleva capital social da empresa para R$ 8,55 bilhões
Alimentação saudável com fast-food? Ela criou uma rede de franquias que deve faturar R$ 240 milhões
Camila Miglhorini transformou uma necessidade pessoal em rede de franquias que conta com 890 unidades
Dinheiro na conta: Banco pagará R$ 1,82 por ação em dividendos; veja como aproveitar
O Banco Mercantil aprovou o pagamento de R$ 180 milhões em dividendos
Azul (AZUL54) perde 58% de valor no primeiro pregão com novo ticker — mas a aérea tem um plano para se recuperar
A Azul fará uma oferta bilionária que troca dívidas por ações, na tentativa de limpar o balanço e sair do Chapter 11 nos EUA
