Ibovespa fecha em baixa, realizando lucros
Ainda com a baixa, o índice garantiu valorização de 1,98% na primeira semana inteira do ano e de 6,57% em janeiro
Depois de passar três dias batendo recordes consecutivos, a Bolsa de Valores resolveu dar um tempo e fechou o dia em baixa, de 0,16% e 93.658 pontos. O investidor resolveu vender ações enquanto o preço estava bom para poder fazer algum dinheiro. Ainda com a baixa, o Ibovespa garantiu valorização de 1,98% na primeira semana inteira do ano e de 6,57% em janeiro. O movimento de baixa foi compatível com o de seus pares em Nova York, ainda que um pouco mais ameno.
Câmbio
O dólar fechou dia em alta de 0,16%, a R$ 3,71. O dólar teve a quarta semana consecutiva de queda, acumulando baixa de 5,12% nos últimos 30 dias. O real é a divisa que mais se valorizou ante a moeda americana neste começo de 2019, considerando um ranking de 143 países preparado pela Austin Rating. Hoje, a moeda americana teve um dia de instabilidade, em dia de fraca liquidez, acompanhando o movimento do dólar no exterior, que subiu ante o euro e moedas de alguns emergentes, como o México e a Turquia, em meio a preocupações sobre o fechamento do governo americano, que já dura três semanas, a desaceleração da economia mundial e os rumos das conversas comerciais entre a Casa Branca e Pequim. Pela manhã, o dólar chegou a superar os R$ 3,72, refletindo um fluxo de saída de recursos do País por conta de uma operação de uma grande empresa.
Embraer
O aval do presidente Jair Bolsonaro para a fusão da Embraer com a Boeing fez as ações da companhia aérea brasileira dispararem 10% no começo do dia. Na máxima, os papéis bateram R$ 23,09, próximo do valor registrado em dezembro de 2017 quando foram anunciadas as primeiras negociações entre as duas empresas.
Na semana passada, Bolsonaro provocou apreensão no mercado ao levantar a possibilidade de não aceitar alguns termos do acordo. Agora, o governo afirmou que deu sinal positivo ao negócio porque a produção das aeronaves já desenvolvidas e os atuais empregos serão mantidos no Brasil, assim como capacidade do corpo de engenheiros da Embraer. Também informou que a empresa brasileira terá um caixa inicial de US$ 1 bilhão.
No entanto, a agência de classificação de risco Standard & Poors colocou o rating BBB da empresa em posição para rebaixamento. Com isso, as ações diminuíram o ritmo de alta e fecharam o dia com 2,57%.
"Se a transação for concluída conforme a proposta, os negócios da Embraer serão reduzidos às suas unidades de jatos executivos e de defesa, que têm margens menores e maior volatilidade do que a divisão de aviação comercial. No entanto, a Embraer manterá uma participação de 20% em uma joint venture com perspectivas de crescimento mais fortes, beneficiando-se da especialização e capacidade comercial da Boeing", comentou a S&P em comunicado divulgado nesta sexta-feira. Para a agência, apesar da melhora na posição de equilíbrio da Embraer, "acreditamos que a cisão enfraquecerá consideravelmente o perfil de risco de negócios e a qualidade de crédito da empresa".
Petrobras
Os contratos futuros de petróleo encerraram o pregão desta sexta-feira em baixa. A desaceleração da economia global voltou a ter impacto nos preços do óleo. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para entrega em fevereiro fechou em queda de 1,90%, cotado a US$ 51,59 por barril. Já na Intercontinental Exchange (ICE), o barril do Brent para março cedeu 1,95%, para US$ 60,48.
Leia Também
Com isso, Petrobras ONteve queda de 0,63% e a PN, recuo de 1,07%.
Log
Maior alta do Ibovespa, as ações da Log Commercial Properties subiam 12,06%. A companhia informou que espera expandir seu portfólio imobiliário em pelo menos 17% na comparação de 2019 com 2018. Nesse período, a Log estima que a área bruta locável (ABL) do seu conjunto de galpões passará de 768 mil m², registrado neste começo de janeiro, para 898 mil m² até o fim de dezembro.
Gol avante
A revisão do guidance (perspectivas) da Gol para os anos de 2018 e 2019 foi bem recebida pelos investidores, que levaram a ação a ser a segunda maior alta do Ibovespa hoje, com ganho de 7,35%. De acordo com relatório da Coinvalores, a revisão foi positiva, uma vez que as margens Ebitda e Ebit ficaram "bem acima do estimado anteriormente. Além disso, a Gol revisou para cima a oferta de assentos nos dois anos", apontou. A receita líquida deve ter crescimento de dois dígitos nos próximos dois anos, sendo que para 2019, a projeção passou de R$ 12,8 bilhões para R$ 12,9 bilhões.
Indicações na Petrobras
Os papéis ON da Petrobras caíram 0,63%, enquanto PN registrou redução de 1,07%. Além das mudanças promovidas na diretoria e da renúncia de dois membros do conselho, o presidente da companhia, Roberto Castello Branco, estaria pressionando pela saída de mais dois integrantes do colegiado para abrir caminho para o governo indicar quatro nomes de um total de onze membros.
Em relatório, os analistas da Rico consideraram a notícia negativa, pois caso se concretize, poderia sinalizar um conflito de interesses e uma ingerência que vai contra a posição liberal do governo.
Vergalhão
As ações da Gerdau fecharam em queda, com a ON em baixa de 2,64% e a PN em retração de 2,37%, em meio a rumores no mercado de redução nos lucros da empresa no quarto trimestre por conta de uma fraca demanda por aço no mesmo período, "principalmente no cenário interno", aponta Bruno Madruga, sócio e chefe de renda variável da Monte Bravo. A empresa divulga seu balanço corporativo no dia 21 de fevereiro.
Dona baratinha
As ações ON da Cielo foram as que tiveram a maior queda do dia (para variar), de 3,43%. O movimento foi de realização de lucros, após fecharam em alta superior a 9% na sessão anterior. Como o papel da empresa sofreu muito no ano passado diante da perda de market share da companhia, uma vez que existem agora mais rivais, a Cielo tem investido para tentar abrandar os impactos da concorrência, o que tem gerado fortes ganhos para a ação neste ano, com alta de 20% em janeiro. Alem disso, como existe uma grande procura por ações baratinhas, a Cielo saiu ganhando nesses dias. A queda de hoje é natural devido ao forte aumento do papel ontem e, neste início de ano, com o investidor especulativo realizando lucros.
BRF: adiós mi Argentina
As ações da BRF apresentaram queda de 2,13%. Em janeiro, as ações registram alta de quase 5%. Ontem, após o fechamento do mercado, a companhia informou que fechou contratos para a venda de sua controlada Campo Austral, que produz alimentos à base de suínos na Argentina. O valor da empresa considerado para essa transação foi de US$ 35,5 milhões. Com isso, a BRF conclui o anúncio de venda de todos os seus ativos na Argentina. O Valor da Empresa (Enterprise Value) agregado para todas as operações anunciadas naquele país, considerando Quickfood, Avex e Campo Austral, totalizou US$ 145,500 milhões.
Ariovaldo Santos, gerente da mesa Bovespa da H. Commcor, explica que os desinvestimentos da companhia, dona das marcas Sadia e Perdigão, já estavam precificados. "O preço do papel vem sendo influenciado pelos desinvestimentos anunciados pela empresa. Isso já havia acontecido quando a BRF negociou a venda de fábricas para a Marfrig. Mas essa é uma ação que trabalha no giro. No dia 8, por exemplo, subiu mais de 4,5% à espera das tratativas entre Estados Unidos e China", diz Santos.
Mais privatizações
As ações da CCR subiram 3,80% e as ON da Ecorodovias avançam 2,45%. Os papeéis se destacaram entre as maiores altas, ampliando os ganhos obtidos nesta semana, impulsionados pela expectativa de privatização de rodovias pelo governo.
Além disso, hoje à tarde, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), anunciou ter assinado contrato de concessão de "quatro das mais importantes rodovias federais gaúchas". O leilão, realizado em novembro do ano passado, foi vencido pela Companhia de Participações em Concessões, empresa do grupo CCR.
Mais bonzinho
Chega de shopping
Gringos
Semana que vem
Ações de IA em alta, dólar em queda, ouro forte: o que esses movimentos revelam sobre o mercado dos EUA
Segundo especialistas consultados pelo Seu Dinheiro, é preciso separar os investimentos em equities de outros ativos; entenda o que acontece no maior mercado do mundo
TRX Real Estate (TRXF11) abocanha novos imóveis e avança para o setor de educação; confira os detalhes das operações
O FII fez sua primeira compra no segmento de educação ao adquirir uma unidade da Escola Eleva, na Barra da Tijuca (RJ)
O estouro da bolsa brasileira: gestor rebate tese de bolha na IA e vê tecnologia abrindo janela de oportunidade para o Brasil
Em entrevista exclusiva ao Seu Dinheiro, Daniel Popovic, gestor da Franklin Templeton, rebate os temores de bolha nas empresas de inteligência artificial e defende que a nova tecnologia se traduzirá em crescimento de resultados para as empresas e produtividade para as economias
Aura (AURA33): small cap que pode saltar 50% está no pódio das ações para investir em dezembro segundo 9 analistas
Aura Minerals (AURA33) pode quase dobrar a produção; oferece exposição ao ouro; paga dividendos trimestrais consistentes e negocia com forte desconto.
CVM suspende 6 empresas internacionais por irregularidades na oferta de investimentos a brasileiros; veja quais são
Os sites, todos em português, se apresentam como plataformas de negociação em mercados globais, com ativos como moedas estrangeiras, commodities, metais, índices, ETFs, ações, criptoativos e outros
Bolsa perdeu R$ 183 bilhões em um único dia; Itaú Unibanco (ITUB4) teve maiores perdas
Essa é a maior queda desde 22 de fevereiro de 2021, ainda período da pandemia, e veio depois que Flávio Bolsonaro foi confirmado como candidato à presidência pelo PL
Do céu ao inferno: Ibovespa tem a maior queda desde 2021; dólar e juros disparam sob “efeito Flávio Bolsonaro”
Até então, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, era cotado como o mais provável candidato da direita, na avaliação do mercado, embora ele ainda não tivesse anunciado a intenção de concorrer à presidência
Pequenas e poderosas: Itaú BBA escolhe as ações small cap com potencial de saltar até 50% para carteira de dezembro
A Plano & Plano (PLP3) tem espaço para subir até 50,6%; já a Tenda (TEND3) pode ter valorização de 45,7%
Ibovespa sobe 1,65% e rompe os 164 mil pontos em forte sequência de recordes. Até onde o principal índice da bolsa pode chegar?
A política monetária, com o início do ciclo de cortes da Selic, é um dos gatilhos para o Ibovespa manter o sprint em 2026, mas não é o único; calculamos até onde o índice pode chegar e explicamos o que o trouxe até aqui
Ibovespa vai dar um salto de 18% e atingir os 190 mil pontos com eleições e cortes na Selic, segundo o JP Morgan
Os estrategistas reconhecem que o Brasil é um dos poucos mercados emergentes com um nível descontado em relação à média histórica e com o múltiplo de preço sobre lucro muito mais baixo do que os pares emergentes
Empresas listadas já anunciaram R$ 68 bilhões em dividendos do quarto trimestre — e há muito mais por vir; BTG aposta em 8 nomes
Levantamento do banco mostra que 23 empresas já anunciaram valor ordinários e extraordinários antes da nova tributação
Pátria Malls (PMLL11) vai às compras, mas abre mão de parte de um shopping; entenda o impacto no bolso do cotista
Somando as duas transações, o fundo imobiliário deverá ficar com R$ 40,335 milhões em caixa
BTLG11 é destronado, e outros sete FIIs disputam a liderança; confira o ranking dos fundos imobiliários favoritos para dezembro
Os oito bancos e corretoras consultados pelo Seu Dinheiro indicaram três fundos de papel, dois fundos imobiliários multiestratégia e dois FIIs de tijolo
A bolsa não vai parar: Ibovespa sobe 0,41% e renova recorde pelo 2º dia seguido; dólar cai a R$ 5,3133
Vale e Braskem brilham, enquanto em Nova York, a Microsoft e a Nvidia tropeçam e terminam a sessão com perdas
Vai ter chuva de dividendos neste fim de ano? O que esperar das vacas leiteiras da bolsa diante da tributação dos proventos em 2026
Como o novo imposto deve impactar a distribuição de dividendos pelas empresas? O analista da Empiricus, Ruy Hungria, responde no episódio desta semana do Touros e Ursos
Previsão de chuva de proventos: ação favorita para dezembro tem dividendos extraordinários no radar; confira o ranking completo
Na avaliação do Santander, que indicou o papel, a companhia será beneficiada pelas necessidades de capacidade energética do país
Por que o BTG acha que RD Saúde (RADL3) é uma das maiores histórias de sucesso do varejo brasileiro em 20 anos — e o que esperar para 2026
Para os analistas, a RADL3 é o “compounder perfeito”; entenda como expansão, tecnologia e medicamentos GLP-1 devem fortalecer a empresa nos próximos anos
A virada dos fundos de ações e multimercados vem aí: Fitch projeta retomada do apetite por renda variável no próximo ano
Após anos de volatilidade e resgates, a agência de risco projeta retomada gradual, impulsionada por juros mais favorável e ajustes regulatórios
As 10 melhores small caps para investir ainda em 2025, segundo o BTG
Enquanto o Ibovespa disparou 32% no ano até novembro, o índice Small Caps (SMLL) saltou 35,5% no mesmo período
XP vê bolsa ir mais longe em 2026 e projeta Ibovespa aos 185 mil pontos — e cinco ações são escolhidas para navegar essa onda
Em meio à expectativa de queda da Selic e revisão de múltiplos das empresas, a corretora espera aumento do fluxo de investidores estrangeiros e locais