Brasil é o emergente que mais recebeu investimento direto, mas deixou de atrair o chamado “hot money”
Entre 2015 e 2018, média de aportes foi de 3,5% do PIB, mas o país não teve ingressos para ações e dívida. Há uma oportunidade aí, mas tudo depende das reformas
A nova batalha dentro da guerra comercial entre Estados Unidos e China já mostra estrago no fluxo de capital para os mercados emergentes. Agora, um novo estudo nos ajuda a entender onde o Brasil está entre os pares quando se trata de atração de investimentos e o chamado “hot money”, ou ingressos de portfólio para ações e dívida.
A história que os dados do Instituto Internacional de Finanças (IIF) nos conta é conhecida por nós. Apesar do ambiente de baixo crescimento econômico e elevada incerteza política, o país seguiu recebendo investimentos diretos de forma robusta entre 2015 e 2018.
O que é novidade é que o Brasil foi o país que mais recebeu esse tipo de aporte externo entre os pares emergentes. O investimento direto é visto como mais estável e melhor tipo de financiamento para o déficit externo.
A média de ingressos entre 2015 e 2018 foi de quase 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB). Isso considerando o que o IIF chama de “verdadeiro FDI”, que tira da conta lucros reinvestidos. (BRL - Brasil nos gráficos baixos)

Por outro lado, dentro desse mesmo período, o país praticamente não atraiu ingressos de portfólio, notadamente dinheiro que se destina aos mercados de ações e dívida.
Leia Também
A IIF vem trabalhando com uma tese de que há uma ressaca de posicionamento (overhang) em mercados emergentes depois de 10 anos de políticas de juro zero ou quase zero nos mercados desenvolvidos.
Dentro desse período, os emergentes receberam uma enxurrada de dinheiro ou “wall of money”, tanto em investimento direto quanto em portfólio.
Como o Brasil ficou de fora da festa dos investimentos em ações e títulos, aparecemos como o emergente onde os investidores têm o menor posicionamento. Nessa conta, o IIF considera o fluxo e a variação das posições (valuation), como valorização/desvalorização do mercado e movimentos cambiais.

Assim, podemos encarar o Brasil como a última ou uma das melhores oportunidades para ingresso de recursos dentro do grupo emergente. No entanto, essa oportunidade só se cristaliza com o país passando um sinal claro de que terá a almejada sustentabilidade fiscal.
Aliás, esse foi um ponto bastante destacado pelo presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, em audiência no Congresso. Segundo Campos Neto, o ambiente de incerteza está fazendo o investidor esperar.
“Não existe país com inflação ancorada, juro baixo e com fiscal desarrumado. Mercado está esperando as reformas. Não conseguimos nos livrar das incertezas e isso explica um pouco a decisão de adiar os investimentos”, disse.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADECONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
No entanto, como o tempo passa e as reformas não acontecem, os investidores começam a demandar outras coisas, como crescimento econômico. Vimos bem isso na última pesquisa Bank of America Merrill Lynch.
Quadro geral é o pior em 20 anos
Os dados do IIF considerando essa medida real de investimento direto mostram o pior resultado dos últimos 20 anos para emergentes e mercados de fronteira. Muito dessa piora tem relação com China, onde o fluxo de investimento parece robusto, mas descontando os reinvestimentos, os volumes se mostram pouco relevantes.
Segundo a IIF isso ocorre em função das restrições para remessas de capital para fora do país. Algo que não existe apenas na China, mas também em outros emergentes e que motivou a construção desse indicador do “verdadeiro FDI”.
Outros emergentes com bom desempenho em investimentos diretos são Chile e Colômbia. O ponto comum, segundo o IIF, é que todos são grandes produtores de commodities.

Nem o ‘Pacman de FIIs’, nem o faminto TRXF11, o fundo imobiliário que mais cresceu em 2025 foi outro gigante do mercado; confira o ranking
Na pesquisa, que foi realizada com base em dados patrimoniais divulgados pelos FIIs, o fundo vencedor é um dos maiores nomes do segmento de papel
De olho na alavancagem, FIIs da TRX negociam venda de nove imóveis por R$ 672 milhões; confira os detalhes da operação
Segundo comunicado divulgado ao mercado, os ativos estão locados para grandes redes do varejo alimentar
“Candidatura de Tarcísio não é projeto enterrado”: Ibovespa sobe e dólar fecha estável em R$ 5,5237
Declaração do presidente nacional do PP, e um dos líderes do Centrão, senador Ciro Nogueira (PI), ajuda a impulsionar os ganhos da bolsa brasileira nesta quinta-feira (18)
‘Se eleição for à direita, é bolsa a 200 mil pontos para mais’, diz Felipe Miranda, CEO da Empiricus
CEO da Empiricus Research fala em podcast sobre suas perspectivas para a bolsa de valores e potenciais candidatos à presidência para eleições do próximo ano.
Onde estão as melhores oportunidades no mercado de FIIs em 2026? Gestores respondem
Segundo um levantamento do BTG Pactual com 41 gestoras de FIIs, a expectativa é que o próximo ano seja ainda melhor para o mercado imobiliário
Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025
Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira
Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall
A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão
Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo
Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic
Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade
Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva
‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú
Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros
Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander
Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores
Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI
Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno
Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50
Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa
As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores
Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema
Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem
BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México
O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”
A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação
2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque
As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%
Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano
Bancos sobem na bolsa com o fim das sanções contra Alexandre de Moraes — Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque
Quando a sanção foi anunciada, em agosto deste ano, os papéis dos bancos desabaram devido as incertezas em relação à aplicação da punição
TRXF11 volta a encher o carrinho de compras e avança nos setores de saúde, educação e varejo; confira como fica o portfólio do FII agora
Com as três novas operações, o TRXF11 soma sete transações só em dezembro. Na véspera, o FII já tinha anunciado a aquisição de três galpões
