Azul e Avianca: eu já sabia!

Assim que cheguei na redação hoje saiu um comunicado da Azul com a seguinte informação: a companhia propôs a compra da Avianca por US$ 105 milhões. Meu primeiro comentário foi: “eu já sabia!” Escrevi um texto no Seu Dinheiro em dezembro sobre por que esse negócio deveria acontecer. Não, não tenho informação privilegiada. É que essa aquisição é bola cantada no setor aéreo há anos e nada como uma crise para convencer vendedores relutantes.
A Azul ressuscitou uma fórmula usada há mais de dez anos pela Gol na compra da Varig, no primeiro grande caso de recuperação judicial do Brasil. Ela tenta fazer a compra usando uma tal de Unidade Produtiva Isolada (UPI). É um recurso para comprar uma empresa quebrada ficando com a parte boa e deixando o passivo de fora.
A proposta da Azul ainda precisa ser aprovada pelos credores da Avianca e pelas autoridades do setor aéreo e da concorrência do Brasil. Ou seja, muita água ainda pode rolar até o martelo bater. Eu apurei que o interesse da Azul é nos slots (horários de pouso ou decolagem) da Avianca nos aeroportos de Congonhas, Santos Dumont e Guarulhos. Resta saber se vai prevalecer a interpretação de que o slot é da companhia aérea ou da União.
Te conto nesta reportagem todos os detalhes sobre o negócio e os interesses por trás dele. Para os acionistas, atenção nas ações da Azul e da Gol hoje. A notícia deve pesar em ambos os papéis.
Más notícias para a Gol
Além de ter que ver a Azul ganhando força, a Gol começa a semana com mais uma dor de cabeça. Há uma crise internacional envolvendo o avião Boeing 737 MAX 8, modelo escolhido pela companhia aérea brasileira para renovar sua frota.
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Neste fim de semana as autoridades da China e Indonésia optaram por tomar medidas emergenciais e suspender os voos desse tipo de modelo após dois acidentes aéreos envolvendo a aeronave recentemente. Os problemas com o avião da Boeing podem afetar a Gol e suas ações. Saiba mais
#NãoEstáFácil
Ninguém está salvo de uma crise. Mesmo a 3G Capital, um dos ícones do empreendedorismo brasileiro, está enfrentando críticas sobre a forma como administra suas empresas, tais como a AB InBev, Kraft Heinz e a Restaurant Brands, dona do Burger King.
A companhia sempre apostou em uma fórmula focada em marcas consolidadas e uma estratégia forte de corte de custos. Só que os papéis das empresas perderam valor e a situação complicou. Doeu no bolso até do bilionário Jorge Paulo Lemman, que perdeu o posto de homem mais rico do Brasil. A fórmula se esgotou? Entenda o que está acontecendo com as empresas do grupo nesta reportagem da Luciana Del Caro.
Tchau festa, olá balanços!
Depois de uma pausa forçada por conta do carnaval, as empresas retomam hoje a divulgação de seus resultados. A expectativa é alta por conta dos balanços da Braskem, Embraer e até mesmo da polêmica Gafisa, que deve trazer números bem azedos.
Uma dica importante para você saber se a empresa foi bem ou mal é bater as expectativas com os resultados divulgados. Se vier melhor que o esperado, pode vir uma pressão positiva para a ação. Confira a matéria com a prévia do que o mercado espera para cada uma aqui.
O plano B de Guedes
O Seu Dinheiro ganhou um reforço de peso para o time dos colunistas. A jornalista Angela Bittencourt fará análises do cenário econômico especialmente para você. Na sua estreia, ela comenta a entrevista de Paulo Guedes ao jornal “O Estado de S. Paulo”. Guedes falou dos desafios para aprovar a reforma da Previdência e do seu plano B, o pacto federativo. Veja aqui a análise de Angela sobre as afirmações de Guedes.
A Bula do Mercado: semana de expectativas
A economia global desacelerando e as dúvidas com a reforma da Previdência são o centro da desconfiança do mercado na volta da semana cheia. É o começo da instalação da primeira comissão na Câmara para avaliar a proposta e o mercado local aguarda uma melhora na articulação política para resultados mais otimistas. A boa notícia fica por conta do presidente, que parece ter entrado de vez na batalha da comunicação por uma reforma sem "desidratação".
O sinal de alerta continua ligado para a desaceleração no exterior. A votação-chave no Parlamento britânico sobre a saída do Reino Unido da União Europeia mexe com a libra esterlina, enquanto os dados fracos sobre o emprego nos Estados Unidos e o impacto da guerra tarifária influenciam os mercados.
Na sexta-feira, o Ibovespa fechou com alta de 1,09%, aos 95.364 pontos, e encerrou a semana com ganhos de 0,80%. O dólar encerrou com baixa de 0,33%, a R$ 3,87, com ganho acumulado de 2,35% na semana. Consulte a Bula do Mercado para saber como devem se comportar bolsa e dólar hoje.
Agenda
Índices
- O Banco Central divulga hoje o Boletim Focus, às 8h25;
- Anfavea divulga dados da indústria automotiva em fevereiro, às 11h20;
- MDIC divulga dados da balança comercial dos primeiros 10 dias de março às 15h;
Leilão
- Governo de São Paulo realiza leilão para concessão da linha 15 - Prata do Metrô;
Bancos Centrais
- O presidente do BC brasileiro, Roberto Campos Neto, participa de reunião com presidentes de outros BC na Basiléia (Suíça). Além disso, ele se encontra com dirigentes da autoridade monetária na Argentina;
- BC oferta até 14.500 contratos de swap cambial para rolagem de vencimentos de abril;
- Presidente do FED, Jerome Powell faz discurso de abertura na Just Economy Conference, em Washington.
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