A MRV além do Minha Casa Minha Vida: imóveis para classe média e para os millennials
Carros voadores, cidades suspensas, trabalhos automatizados e robôs como funcionários domésticos. Estou falando de previsões tecnológicas? Não… Me lembrei apenas dos Jetsons, a família do futuro que ganhou seu desenho animado nos anos 60. É sensacional como os roteiristas da época pensaram no impacto das novas tecnologias em uma sociedade distante.
O exercício de futurologia pode parecer uma grande viagem. Mas é essencial para direcionar a estratégia de crescimento das grandes empresas, especialmente aquelas focadas em negócios com longos ciclos produtivos, como a construção civil.
Eu e a repórter Bruna Furlani conversamos com o Eduardo Fischer, presidente da MRV, maior incorporadora do país. Ele nos falou que está de olho no cliente do futuro, um jovem que talvez não queira comprar carros e apartamentos, mas certamente vai precisar morar em algum lugar. Uma alternativa em discussão é a construção de empreendimentos para alugar. Os testes já estão em curso.
No horizonte de curto e médio prazo, Fischer acompanha de perto o andamento da reforma da Previdência. Sua visão é que um Brasil com equilíbrio fiscal trará mais oportunidades para a MRV, que pretende ir além da construção de imóveis para famílias de baixa renda. Leia aqui a entrevista exclusiva de Fischer para o Seu Dinheiro.

E como foi o passado?
A MRV reafirmou seu posto de liderança no mercado imobiliário ao anunciar na noite de ontem um lucro líquido de R$ 690 milhões em 2018. O balanço veio em linha com o que o mercado esperava e deve dar um novo gás para as ações da companhia nesta sexta-feira. Leia mais.
Leia Também
Bresco Logística (BRCO11) é negociado pelo mesmo valor do patrimônio, segundo a XP; saiba se ainda vale a pena comprar
Um final de ano desastroso para a Oracle: ações caminham para o pior trimestre desde a bolha da internet
Decolagem autorizada
A Multiplus conseguiu a autorização para fechar o capital e deixar a bolsa brasileira. Se tudo der certo, a companhia volta a ficar embaixo das asas da Latam, que passará a ser sua única dona. Os investidores terão um mês para se habilitar para o leilão. O preço de recompra da ação está um pouco acima do fechamento ontem. Confira todos os detalhes aqui.
Preste atenção no Rodrigo Maia
A bola da reforma da Previdência está com Rodrigo Maia, presidente da Câmara. E tudo que ele falar sobre o tema tem potencial para mexer com os mercados. Maia pegou o microfone ontem e deu novos recados ao governo. Ele deixou claro que Executivo e Legislativo precisarão trabalhar juntos para a reforma da Previdência sair até junho. E, novamente, cobrou do governo uma comunicação mais eficiente sobre a proposta com parlamentares e sociedade.
Em entrevista à GloboNews, Maia acrescentou que essa pode não ser a melhor hora para uma reavaliação de carreira e recomposição salarial dos militares. Veja aqui as principais declarações do presidente da Câmara. Confira!
A Bula do Mercado: sinais de alerta

Os investidores devem seguir em alerta antes do feriadão de carnaval, de olho no andamento da reforma da Previdência. Ontem o presidente Jair Bolsonaro afirmou que está disposto a negociar pontos importantes, como a idade mínima para as mulheres. Não pegou bem.
Na China as notícias são mais animadoras. O índice dos gerentes de compras (PMI) calculado pelo Caixin se recuperou e subiu ao maior nível em três meses, o que ajudou o mercado asiático a fechar em alta. O presidente americano, Donald Trump, e o presidente chinês, Xi Jinping, também estão próximos de assinar um acordo comercial e dar fim à guerra tarifária entre os dois países, animando o mercado.
O fim do mês também traz novos indicadores que devem confirmar a desaceleração da economia global. Na zona do euro, novos dados sobre o PMI no setor industrial, desemprego e a inflação ao consumidor. Nos EUA, informações sobre a renda pessoal e os gastos com consumo, além de indicadores do setor imobiliário e da indústria.
Ontem, o Ibovespa fechou com queda acentuada de 1,77%, aos 95.584 pontos, acumulando uma perda de 1,86% no mês. O dólar encerrou o dia forte, com uma alta de 0,62%, a R$ 3,75. Em fevereiro, a moeda acumulou ganhos de 2,58%. Consulte a Bula do Mercado para saber o que esperar da bolsa e do dólar hoje.
Um grande abraço e ótima sexta-feira!
Agenda
Índices
- Ministério da Economia divulga resultado da balança comercial de fevereiro
- Fenabrave divulga dados sobre vendas de veículos em fevereiro
- Zona do euro divulga taxa de desemprego em janeiro
- Markit divulga PMI de fevereiro do Brasil, da zona do euro, da Alemanha, do Reino Unido e dos Estados Unidos
Balanços
- Teleconferências: MRV, Hering, Banco Pine e Copasa
STF redefine calendário dos dividendos: empresas terão até janeiro de 2026 para deliberar lucros sem imposto
O ministro Kassio Nunes Marques prorrogou até 31 de janeiro do ano que vem o prazo para deliberação de dividendos de 2025; decisão ainda precisa ser confirmada pelo plenário
BNDES lidera oferta de R$ 170 milhões em fundo de infraestrutura do Patria com foco no Nordeste; confira os detalhes
Oferta pública fortalece projetos de logística, saneamento e energia, com impacto direto na região
FII BRCO11 fecha contrato de locação com o Nubank (ROXO34) e reduz vacância a quase zero; XP recomenda compra
Para a corretora, o fundo apresenta um retorno acumulado muito superior aos principais índices de referência
OPA da Ambipar (AMBP3): CVM rejeita pedido de reconsideração e mantém decisão contra a oferta
Diretoria da autarquia rejeitou pedido da área técnica para reabrir o caso e mantém decisão favorável ao controlador; entenda a história
Azul (AZUL54) chega a cair mais de 40% e Embraer (EMBJ3) entra na rota de impacto; entenda a crise nos ares
Azul reduz encomenda de aeronaves com a Embraer, enquanto ações despencam com a diluição acionária prevista no plano de recuperação
Corrida por proventos ganha força: 135 empresas antecipam remuneração; dividendos e JCP são os instrumentos mais populares
Recompras ganham espaço e bonificação de ações resgatáveis desponta como aposta para 2026, revela estudo exclusivo do MZ Group
IG4 avança na disputa pela Braskem (BRKM5) e leva operação bilionária ao Cade; ações lideram altas na B3
A petroquímica já havia anunciado, em meados deste mês, que a gestora fechou um acordo para assumir a participação da Novonor, equivalente a 50,1% das ações com direito a voto
Nvidia fecha acordo de US$ 20 bilhões por ativos da Groq, a maior aquisição de sua história
Transação em dinheiro envolve licenciamento de tecnologia e incorporação de executivos, mas não a compra da startup
Banco Mercantil (BMEB4) fecha acordo tributário histórico, anuncia aumento de capital e dividendos; ações tombam na B3
O banco fechou acordo com a União após mais de 20 anos de disputas tributárias; entenda o que isso significa para os acionistas
Kepler Weber (KEPL3) e GPT: minoritários questionam termos da fusão e negócio se complica; entenda o que está em jogo
Transações paralelas envolvendo grandes sócios incomodou os investidores e coloca em dúvida a transparência das negociações
Itaúsa (ITSA4) eleva aposta em Alpargatas (ALPA4) em meio à polêmica com a dona da Havaianas
Nos últimos dias, a Itaúsa elevou sua fatia e passou a deter cerca de 15,94% dos papéis ALPA4; entenda a movimentação
Presente de Natal? Tim Cook compra ações da Nike e sinaliza apoio à recuperação da empresa
CEO da Apple investe cerca US$ 3 milhões em papéis da fabricante de artigos esportivos, em meio ao plano de reestruturação comandado por Elliott Hill
Ampla Energia aprova aumento de capital de R$ 1,6 bilhão
Operação envolve capitalização de créditos da Enel Brasileiro e eleva capital social da empresa para R$ 8,55 bilhões
Alimentação saudável com fast-food? Ela criou uma rede de franquias que deve faturar R$ 240 milhões
Camila Miglhorini transformou uma necessidade pessoal em rede de franquias que conta com 890 unidades
Dinheiro na conta: Banco pagará R$ 1,82 por ação em dividendos; veja como aproveitar
O Banco Mercantil aprovou o pagamento de R$ 180 milhões em dividendos
Azul (AZUL54) perde 58% de valor no primeiro pregão com novo ticker — mas a aérea tem um plano para se recuperar
A Azul fará uma oferta bilionária que troca dívidas por ações, na tentativa de limpar o balanço e sair do Chapter 11 nos EUA
O alinhamento dos astros para a Copasa (CSMG3): revisão tarifária, plano de investimento bilionário e privatização dão gás às ações
Empresa passa por virada estratégica importante, que anima o mercado para a privatização, prevista para 2026
B3 (B3SA3) e Mills (MILS3) pagam mais de R$ 2 bilhões em dividendos e JCP; confira prazos e condições
Dona da bolsa brasileira anunciou R$ 415 milhões em JCP e R$ 1,5 bilhão em dividendos complementares, enquanto a Mills aprovou dividendos extraordinários de R$ 150 milhões
2026 será o ano do Banco do Brasil (BBAS3)? Safra diz o que esperar e o que fazer com as ações
O Safra estabeleceu preço-alvo de R$ 25 para as ações, o que representa um potencial de valorização de 17%
Hasta la vista! Itaú (ITUB4) vende ativos na Colômbia e no Panamá; entenda o plano por trás da decisão
Itaú transfere trilhões em ativos ao Banco de Bogotá e reforça foco em clientes corporativos; confira os detalhes da operação
