🔴 [NO AR] TOUROS E URSOS: QUEM FICOU EM BAIXA E QUAIS FORAM AS SURPRESAS DE 2025? – ASSISTA AGORA

Julia Wiltgen

Julia Wiltgen

Jornalista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com pós-graduação em Finanças Corporativas e Investment Banking pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Trabalhou com produção de reportagem na TV Globo e foi editora de finanças pessoais de Exame.com, na Editora Abril. Hoje é editora-chefe do Seu Dinheiro.

No tobogã dos juros

Bitcoin e NTN-B lideram a lista dos melhores investimentos do 1º semestre; veja o ranking completo

Bitcoin subiu mais de 200% no ano, seguido dos títulos públicos de longo prazo atrelados à inflação, todos com retornos de dois dígitos; poupança e dólar vêm na lanterna

Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
28 de junho de 2019
18:59 - atualizado às 9:47
Onde investir em 2019: cenário para cada classe de ativos
Quem apostou na queda dos juros no primeiro semestre de 2019 acertou na mosca. - Imagem: Ilustração: Pomb

Eis que o atribulado primeiro semestre de 2019 chega ao fim, e o balanço dos melhores investimentos deixará os investidores que tiveram mais estômago bastante satisfeitos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O bitcoin lidera o ranking, com uma valorização de mais de 200% no ano. A criptomoeda se recupera de um 2018 amargo, retornando, em termos nominais, para um patamar semelhante ao do começo do ano passado, tanto em dólares como em reais. Quem comprou mais para o fim de 2018 se deu bem.

Na seara dos investimentos mais tradicionais, os grandes campeões foram os títulos atrelados à inflação de prazo mais longo, o Tesouro IPCA+, também chamado de NTN-B. Ou seja, quem apostou na queda dos juros futuros acertou na mosca, obtendo retornos dignos de bolsa de valores.

O título que mais se valorizou foi aquele com vencimento em 2045, seguido dos papéis com vencimento em 2035 e 2050. Esse tipo de título público de longo prazo foi uma grande aposta de gestores estrelados como Luis Stuhlberger e indicação do guia sobre Onde Investir em 2019 do Seu Dinheiro.

A bolsa também não se saiu mal. Depois de um mês de maio sofrido - mas ainda positivo, contrariando todas as maldições - o Ibovespa bateu um recorde histórico em junho, fechando acima de 100 mil pontos pela primeira vez, patamar que vem sendo mantido. Confira a nossa cobertura completa de mercados.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O principal índice de ações da bolsa acumula, no ano, alta de 14,88%. Mesmo o IFIX, índice do mercado de fundos imobiliários negociados em bolsa, teve uma alta formidável de 11,67%. Ou seja, ponto para quem apostou nos ativos de risco, também beneficiados com as perspectivas de queda nos juros.

Leia Também

O único ativo com retorno negativo foi o dólar, que apesar de ter chegado a romper os R$ 4 em maio, fechou comportado em R$ 3,84 (dólar à vista) e R$ 3,83 (dólar PTAX).

Entre os ativos que tiveram retorno positivo, a lanterna ficou com a poupança (claro) e dos ativos atrelados ao CDI, taxa de juros próxima da Selic, que permanece na sua mínima histórica de 6,50% ao ano. Ou seja, sua reserva de emergência continua rendendo pouquinho.

Confira na tabela a seguir o ranking dos melhores investimentos do primeiro semestre de 2019 e também o balanço do mês de junho. Entre os títulos públicos, foram considerados apenas aqueles que ainda são oferecidos para venda no Tesouro Direto.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Os melhores investimentos do primeiro semestre de 2019

Ranking dos melhores investimentos do primeiro semestre de 2019 com desempenho de junho

Queda nos juros futuros favoreceu os ativos de risco

Os investimentos que mais se valorizaram no primeiro semestre foram justamente aqueles que se beneficiam da expectativa de queda para os juros.

As taxas de juros futuros negociadas na bolsa, tanto de longo quanto de curto prazo, caíram bastante nos primeiros seis meses do ano, e o movimento foi concentrado sobretudo no mês de junho. Isto é, o mercado espera juros mais baixos em diferentes datas futuras.

Por exemplo, o contrato de DI futuro com vencimento em janeiro de 2020 caiu 8,69% em 2019, concentrando um recuo de 4,62% apenas em junho. O mercado espera que os juros, no início do ano que vem, estejam em 5,99%, abaixo da Selic atual, de 6,50%.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Já o DI futuro para janeiro de 2025 caiu 21,34% no ano, sendo 12,05% só em junho. A taxa de juros para aquela data está em 7,15%.

Esse movimento foi motivado tanto por fatores internos quanto externos, mas que podem ser resumidos em duas palavras: desaceleração econômica.

Por aqui, as perspectivas para o crescimento econômico neste ano vêm sendo constantemente revisadas para baixo, levando o mercado a crer que o Banco Central, cedo ou tarde, terá que baixar a Selic para estimular a economia.

O BC já deixou claro que isso não deve ocorrer sem o avanço das reformas, sobretudo a da Previdência, e que ainda assim é preciso avaliar o impacto que elas terão sobre as perspectivas para a inflação. Mesmo assim, o mercado acredita que os cortes devem vir em algum momento.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Lá fora, a grande questão é o temor de desaceleração da economia mundial. Já se fala inclusive em possível recessão.

Ao longo do mês de junho, a guerra comercial entre os Estados Unidos e a China só piorou, e os dois países ainda não parecem próximos de um acordo. Tal questão pesa sobre o avanço econômico de ambos e, consequentemente, no crescimento mundial também.

Na Europa, a economia ainda está estagnada, e a China já dá sinais de enfraquecimento. Já os EUA, embora ainda estejam numa posição confortável, apresentam dados econômicos mistos e uma inflação ainda baixa e controlada.

Com isso, o banco central americano (Federal Reserve, o Fed) e o Banco Central Europeu (BCE) sinalizaram, neste último mês, que estão dispostos a cortar os juros, para euforia dos mercados globais.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Este foi um empurrão importante para a queda nos juros futuros por aqui, com a consequente valorização dos ativos que se beneficiam de juros baixos ou em queda: títulos de renda fixa prefixados e atrelados à inflação (como títulos do Tesouro e debêntures), fundos imobiliários (que investem em imóveis e títulos de renda fixa atrelados à inflação), além das ações, é claro. Com isso, o Ibovespa finalmente rompeu a barreira dos 100 mil pontos.

Os investimentos atrelados à taxa Selic e ao CDI, por sua vez, ficaram na lanterna, rendendo aquele pouquinho por conta dos juros baixos. Mas o pior investimento de todos, dentre os que tiveram rendimento positivo, foi mesmo a caderneta de poupança.

E o bitcoin, hein?

O bitcoin correu por fora, sendo um ativo um tanto descorrelacionado dos demais, cravando o primeiro lugar do ranking dos melhores investimentos do semestre.

A valorização de 230%, porém, ainda é uma recuperação do tombo do ano passado, pois a criptomoeda basicamente voltou a valer o que valia no início de 2018, tanto em dólares como em reais.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Alguns fatores podem explicar essa alta, como o maior reconhecimento das criptomoedas como “ativos de verdade” por autoridades regulatórias; o surgimento de novos criptoativos com a chancela de grandes instituições, como a Libra, do Facebook; e o destaque que o bitcoin vem tendo na mídia, o que o torna mais conhecido e leva os investidores a correrem para o ativo, por medo de ficarem de fora da onda recente de alta.

Mas o principal motivo talvez seja mesmo o “halving”, o fenômeno de redução da oferta de bitcoins que acontece de tempos em tempos e que está marcado para o ano que vem.

É comum que a criptomoeda se valorize em períodos anteriores a um “halving”, uma vez que reduções na oferta tendem a pressionar os preços para cima.

Melhores e piores ações do semestre

A ação campeã de valorização nos primeiros seis meses do ano, considerando apenas o Ibovespa, foi a da CSN, que subiu quase 100%.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Melhores ações do primeiro semestre de 2019

Já o pior desempenho do Ibovespa ficou com as ações da Braskem, que caiu 26% no semestre.

Piores ações do primeiro semestre de 2019

O meu colega Victor Aguiar, que acompanha os mercados de bolsa diariamente aqui no Seu Dinheiro, preparou uma superanálise do desempenho do Ibovespa e do dólar no primeiro semestre, onde ele também explica o que levou essas duas ações aos extremos do ranking do Ibovespa no ano. Vale a pena conferir!

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
AINDA MAIS PRECIOSOS

Os recordes voltaram: ouro é negociado acima de US$ 4.450 e prata sobe a US$ 69 pela 1ª vez na história. O que mexe com os metais?

22 de dezembro de 2025 - 12:48

No acumulado do ano, a valorização do ouro se aproxima de 70%, enquanto a alta prata está em 128%

BOMBOU NO SD

LCIs e LCAs com juros mensais, 11 ações para dividendos em 2026 e mais: as mais lidas do Seu Dinheiro

21 de dezembro de 2025 - 17:10

Renda pingando na conta, dividendos no radar e até metas para correr mais: veja os assuntos que dominaram a atenção dos leitores do Seu Dinheiro nesta semana

B DE BILHÃO

R$ 40 bilhões em dividendos, JCP e bonificação: mais de 20 empresas anunciaram pagamentos na semana; veja a lista

21 de dezembro de 2025 - 16:01

Com receio da nova tributação de dividendos, empresas aceleraram anúncios de proventos e colocaram mais de R$ 40 bilhões na mesa em poucos dias

APÓS UMA DECISÃO JUDICIAL

Musk vira primeira pessoa na história a valer US$ 700 bilhões — e esse nem foi o único recorde de fortuna que ele bateu na semana

21 de dezembro de 2025 - 11:30

O patrimônio do presidente da Tesla atingiu os US$ 700 bilhões depois de uma decisão da Suprema Corte de Delaware reestabelecer um pacote de remuneração de US$ 56 bilhões ao executivo

DESTAQUES DA SEMANA

Maiores quedas e altas do Ibovespa na semana: com cenário eleitoral e Copom ‘jogando contra’, índice caiu 1,4%; confira os destaques

20 de dezembro de 2025 - 16:34

Com Copom firme e incertezas políticas no horizonte, investidores reduziram risco e pressionaram o Ibovespa; Brava (BRAV3) é maior alta, enquanto Direcional (DIRR3) lidera perdas

OS MAIORES DO ANO

Nem o ‘Pacman de FIIs’, nem o faminto TRXF11, o fundo imobiliário que mais cresceu em 2025 foi outro gigante do mercado; confira o ranking

19 de dezembro de 2025 - 14:28

Na pesquisa, que foi realizada com base em dados patrimoniais divulgados pelos FIIs, o fundo vencedor é um dos maiores nomes do segmento de papel

MEXENDO NO PORTFÓLIO

De olho na alavancagem, FIIs da TRX negociam venda de nove imóveis por R$ 672 milhões; confira os detalhes da operação

19 de dezembro de 2025 - 11:17

Segundo comunicado divulgado ao mercado, os ativos estão locados para grandes redes do varejo alimentar

MERCADOS

“Candidatura de Tarcísio não é projeto enterrado”: Ibovespa sobe e dólar fecha estável em R$ 5,5237

18 de dezembro de 2025 - 19:21

Declaração do presidente nacional do PP, e um dos líderes do Centrão, senador Ciro Nogueira (PI), ajuda a impulsionar os ganhos da bolsa brasileira nesta quinta-feira (18)

ENTREVISTA

‘Se eleição for à direita, é bolsa a 200 mil pontos para mais’, diz Felipe Miranda, CEO da Empiricus

18 de dezembro de 2025 - 19:00

CEO da Empiricus Research fala em podcast sobre suas perspectivas para a bolsa de valores e potenciais candidatos à presidência para eleições do próximo ano.

OTIMISMO NO RADAR

Onde estão as melhores oportunidades no mercado de FIIs em 2026? Gestores respondem

18 de dezembro de 2025 - 17:41

Segundo um levantamento do BTG Pactual com 41 gestoras de FIIs, a expectativa é que o próximo ano seja ainda melhor para o mercado imobiliário

PROVENTOS E MAIS PROVENTOS

Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025

18 de dezembro de 2025 - 16:30

Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira

ONDA DE PROVENTOS

Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall

18 de dezembro de 2025 - 9:29

A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão

HORA DE COMPRAR

Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo

17 de dezembro de 2025 - 17:22

Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic

TOUROS E URSOS #252

Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade

17 de dezembro de 2025 - 12:35

Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva

ESTRATÉGIA DO GESTOR

‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú

16 de dezembro de 2025 - 15:07

Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros

RECUPERAÇÃO RÁPIDA

Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander

16 de dezembro de 2025 - 10:50

Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores

RANKING

Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI

15 de dezembro de 2025 - 19:05

Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno

SMALL CAP QUERIDINHA

Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais

15 de dezembro de 2025 - 19:02

O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50

HAJA MÁSCARA DE OXIGÊNIO

Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa

15 de dezembro de 2025 - 17:23

As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores

HORA DE COMPRAR?

Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema

15 de dezembro de 2025 - 16:05

Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar