Ibovespa tem reação contida a corte de tarifas pela China; Ação da B3 lidera quedas
No último pregão antes do Natal (a bolsa fecha amanhã e quarta-feira), o volume negociado de negociações do Ibovespa tende a ser baixo, a exemplo do que acontece lá fora
A descompressão em torno da guerra comercial não é suficiente para animar os investidores em ações nesta segunda-feira (23). O Ibovespa apenas flutua ao redor da estabilidade, com um ligeiro viés positivo, destoando das bolsas americanas, que sustentam desempenho positivo.
- Oportunidade: Contrate o Ivan Sant’Anna como seu mentor de investimentos. Saiba mais aqui.
Por volta de 16h15, o principal índice acionário do Brasil operava em alta de 0,03%, aos 115.075,09 pontos. Lá fora, o Dow Jones (+0,39%), o S&P 500 (+0,15%) o Nasdaq (+0,32%) sobem em bloco, impulsionados pelo noticiário internacional.
Afinal, o governo chinês anunciou nesta manhã que cortará tarifas de importação sobre carne de porco congelada, farmacêuticos e alguns componentes de alta tecnologia a partir de 1º de janeiro — uma medida que abre caminho para que EUA e China assinem a primeira fase do acordo comercial o mais rápido possível.
Com o fechamento do acerto, os mercados apostam num menor risco de desaceleração econômica em escala global, o que reduziria boa parte das preocupações dos investidores em relação ao cenário macroeconômico para 2020. E, considerando esse cenário, as bolsas americanas encontram espaço para continuar subindo.
O noticiário também trouxe alívio ao câmbio: no mesmo horário, o dólar à vista recuava 0,45%, a R$ 4,0758, devolvendo boa parte dos ganhos acumulados na última sexta-feira, quando a divisa americana fechou em alta de 0,80%, a R$ 4,0947.
O dólar perde terreno em escala global nesta segunda-feira, com os investidores sentido-se mais à vontade para assumir riscos no mercado de câmbio, em meio à evolução positiva nas negociações entre Washington e Pequim. O índice DXY, que mede o desempenho da moeda americana ante uma cesta com as principais divisas do mundo, opera em leve baixa.
Leia Também
Na comparação com as moedas de países emergentes, o dólar também perde força em relação ao peso colombiano, o peso chileno e o rand sul-africano, entre outras — contexto que ajuda o real.
Mas... e o Ibovespa? Por que o principal índice da bolsa brasileira não consegue acompanhar a calmaria vista no mundo?
Noticiário agitado
Em primeiro lugar, é preciso lembrar que o mercado acionário local vem de uma sequência de sessões positivas, acumulando ganhos de mais de 6% somente em dezembro — o que facilita eventuais movimentos de realização de lucros.
Considerando isso, também há o noticiário corporativo relativamente intenso nesta segunda-feira. Em destaque, aparecem as ações ON da B3 (B3SA3), que caem 5,25% e têm o pior desempenho do Ibovespa.
Os investidores mostram-se receosos quanto ao possível fim do monopólio no mercado de ações no Brasil. A B3, dona da Bovespa, BM&F e Cetip, fechou um acordo para prestar serviços a uma bolsa concorrente que quiser operar no segmento de negociação com ações brasileiras.
Outro destaque é JBS ON (JBSS3), em alta de 0,69%, depois da compra dos ativos de margarina no Brasil da Bunge, anunciada na sexta-feira à noite. A aquisição, realizada pela Seara, envolveu um valor total de R$ 700 milhões.
Fora do Ibovespa, destaque para os papéis da Oi, após a operadora de telefonia anunciar a captação de R$ 2,5 bilhões por meio de uma emissão de debêntures, mas em condições bem duras. As ações ON (OIBR3) caem 2,25%, enquanto as PNs (OIBR4) ficam estáveis.
Top 5
Veja as cinco ações de melhor desempenho do Ibovespa nesta segunda-feira:
- CSN ON (CSNA3): +5,21%
- Eletrobras ON (ELET3) +3,39%
- Via Varejo ON (VVAR3): +2,46%
- Eletrobras PNB (ELET6): +2,34%
- Natura ON (NTCO3): +2,25%
Confira também as cinco maiores quedas do índice:
- B3 ON (B3SA3): -5,25%
- BTG Pactual units (BPAC11): -2,05%
- Qualicorp ON (QUAL3): -1,92%
- Suzano ON (SUZB3): -1,42%
- Multiplan ON (MULT3): -1,25%
Juros em baixa
As curvas de juros operam em queda nesta segunda-feira, em linha com o comportamento do dólar à vista. Veja como estão os principais DIs neste momento:
- Janeiro/2021: de 4,63% para 4,62%;
- Janeiro/2023: de 5,97% para 5,92%;
- Janeiro/2025: de 6,64% para 6,59%;
- Janeiro;2027: de 6,99% para 6,94%.
Veja para onde vai a mordida do Leão, qual a perspectiva da Kinea para 2026 e o que mais move o mercado hoje
Profissionais liberais e empresários de pequenas e médias empresas que ganham dividendos podem pagar mais IR a partir do ano que vem; confira análise completa do mercado hoje
O “ano de Troia” dos mercados: por que 2026 pode redefinir investimentos no Brasil e nos EUA
De cortes de juros a risco fiscal, passando pela eleição brasileira: Kinea Investimentos revela os fatores que podem transformar o mercado no ano que vem
Ibovespa dispara 6% em novembro e se encaminha para fechar o ano com retorno 10% maior do que a melhor renda fixa
Novos recordes de preço foram registrados no mês, com as ações brasileiras na mira dos investidores estrangeiros
Ibovespa dispara para novo recorde e tem o melhor desempenho desde agosto de 2024; dólar cai a R$ 5,3348
Petrobras, Itaú, Vale e a política monetária ditaram o ritmo dos negócios por aqui; lá fora, as bolsas subiram na volta do feriado nos EUA
Ações de Raízen (RAIZ4), Vibra (VBBR3) e Ultrapar (UGPA3) saltam no Ibovespa com megaoperação contra fraudes em combustíveis
Analistas avaliam que distribuidoras de combustíveis podem se beneficiar com o fim da informalidade no setor
Brasil dispara na frente: Morgan Stanley vê só dois emergentes com fôlego em 2026 — saiba qual outro país conquistou os analistas
Entenda por que esses dois emergentes se destacam na corrida global e onde estão as maiores oportunidades de investimentos globais em 2026
FII Pátria Log (HGLG11) abocanha cinco galpões, com inquilinos como O Boticário e Track & Field, e engorda receita mensal
Segundo o fundo, os ativos adquiridos contam com características que podem favorecer a valorização futura
Bolsa nas alturas: Ibovespa fecha acima dos 158 mil pontos em novo recorde; dólar cai a R$ 5,3346
As bolsas nos Estados Unidos, na Europa e na Ásia também encerraram a sessão desta quarta-feira (26) com ganhos; confira o que mexeu com os mercados
Hora de voltar para o Ibovespa? Estas ações estão ‘baratas’ e merecem sua atenção
No Touros e Ursos desta semana, a gestora da Fator Administração de Recursos, Isabel Lemos, apontou o caminho das pedras para quem quer dar uma chance para as empresas brasileiras listadas em bolsa
Vale (VALE3) patrocina alta do Ibovespa junto com expectativa de corte na Selic; dólar cai a R$ 5,3767
Os índices de Wall Street estenderam os ganhos da véspera, com os investidores atentos às declarações de dirigentes do Fed, em busca de pistas sobre a trajetória dos juros
Ibovespa avança e Nasdaq tem o melhor desempenho diário desde maio; saiba o que mexeu com a bolsa hoje
Entre as companhias listadas no Ibovespa, as ações cíclicas puxaram o tom positivo, em meio a forte queda da curva de juros brasileira
Maiores altas e maiores quedas do Ibovespa: mesmo com tombo de mais de 7% na sexta, CVC (CVCB3) teve um dos maiores ganhos da semana
Cogna liderou as maiores altas do índice, enquanto MBRF liderou as maiores quedas; veja o ranking completo e o balanço da bolsa na semana
JBS (JBSS3), Carrefour (CRFB3), dona do BK (ZAMP3): As empresas que já deixaram a bolsa de valores brasileira neste ano, e quais podem seguir o mesmo caminho
Além das compras feitas por empresas fechadas, recompras de ações e idas para o exterior também tiraram papéis da B3 nos últimos anos
A nova empresa de US$ 1 trilhão não tem nada a ver com IA: o segredo é um “Ozempic turbinado”
Com vendas explosivas de Mounjaro e Zepbound, Eli Lilly se torna a primeira empresa de saúde a valer US$ 1 trilhão
Maior queda do Ibovespa: por que as ações da CVC (CVCB3) caem mais de 7% na B3 — e como um dado dos EUA desencadeou isso
A combinação de dólar forte, dúvida sobre o corte de juros nos EUA e avanço dos juros futuros intensifica a pressão sobre companhia no pregão
Nem retirada das tarifas salva: Ibovespa recua e volta aos 154 mil pontos nesta sexta (21), com temor sobre juros nos EUA
Índice se ajusta à baixa dos índices de ações dos EUA durante o feriado e responde também à queda do petróleo no mercado internacional; entenda o que afeta a bolsa brasileira hoje
O erro de R$ 1,1 bilhão do Grupo Mateus (GMAT3) que custou o dobro para a varejista na bolsa de valores
A correção de mais de R$ 1,1 bilhão nos estoques expôs fragilidades antigas nos controles do Grupo Mateus, derrubou o valor de mercado da companhia e reacendeu dúvidas sobre a qualidade das informações contábeis da varejista
Debandada da B3: quando a onda de saída de empresas da bolsa de valores brasileira vai acabar?
Com OPAs e programas de recompras de ações, o número de empresas e papéis disponíveis na B3 diminuiu muito no último ano. Veja o que leva as empresas a saírem da bolsa, quando esse movimento deve acabar e quais os riscos para o investidor
Medo se espalha por Wall Street depois do relatório de emprego dos EUA e nem a “toda-poderosa” Nvidia conseguiu impedir
A criação de postos de trabalho nos EUA veio bem acima do esperado pelo mercado, o que reduz chances de corte de juros pelo Federal Reserve (Fed) em dezembro; bolsas saem de alta generalizada para queda em uníssono
Depois do hiato causado pelo shutdown, Payroll de setembro vem acima das expectativas e reduz chances de corte de juros em dezembro
Os Estados Unidos (EUA) criaram 119 mil vagas de emprego em setembro, segundo o relatório de payroll divulgado nesta quinta-feira (20) pelo Departamento do Trabalho
