Como as ações entram e saem da carteira do Ibovespa
Entenda como são escolhidos os papéis que entram e os que saem do principal índice de ações da bolsa de valores brasileira
Não é novidade para ninguém que o mercado financeiro é cheio de termos técnicos e “gírias”. E também não é história nova que esses mesmos termos, na maioria das vezes, mais atrapalham do que ajudam na hora de tomar decisões sobre onde colocar o seu dinheiro.
As dúvidas são tantas entre os investidores que o nosso colunista Ivan Sant’Anna há um tempo atrás resolveu criar um dicionário para entender conceitos e palavras do mercado financeiro.
E um dos termos que sempre vejo os leitores fazendo confusão é a tal da “carteira do Ibovespa”. Poderia ficar longos parágrafos detalhando o que significa isso, mas a verdade é que essa carteira nada mais é do que a lista de ações que compõem o principal índice da Bolsa brasileira, cada um com um peso diferente que varia conforme o volume negociado.
Outra dúvida que sempre escuto por aí, e que na minha opinião merece mais a sua atenção, é como são escolhidos os ativos que entram e os que saem dessa carteira toda vez que acontece uma renovação.
Preparei para você um manual prático de como essa seleção acontece, para te ajudar a entender um pouco mais essa dinâmica e explicar para o primo investidor no almoço do próximo domingo.
O bom e não tão velho manual
O principal índice da bolsa foi criado em 1968. Para definir os papéis que entram e saem, a Bolsa segue uma espécie de manual de procedimentos, que foi sofreu uma grande modificação em 2014 pela falecida BM&FBovespa e atualizado pela B3 recentemente.
Leia Também
Onde investir em outubro? Eletrobras (ELET6), Cyrela (CYRE3), Alianza Trust (ALZR11) e mais
As carteiras do Ibovespa têm vigência quadrimestral, ou seja, são renovadas periodicamente de acordo com os critérios pré-estabelecidos. Esses períodos são divididos ao longo do ano da seguinte forma: de janeiro a abril, de maio a agosto e de setembro a dezembro.
As novas carteiras passam a valer sempre a partir da primeira segunda-feira do mês inicial de vigência, que no caso pode ser janeiro, maio ou setembro.
Mas e se essa primeira segunda-feira do mês for um feriado? Nesse caso, como não há pregão na B3, o início da carteira vai ocorrer no dia seguinte.
A carteira Ibovespa que está atualmente em vigor (vigência de janeiro a abril de 2019) conta com 65 ações de 62 empresas. Os cinco ativos com maior percentual de participação no índice geral são, pela ordem: ações preferenciais do Itaú (peso e 10,8%), ordinárias da Vale (peso de 10,7%), preferenciais do Bradesco (peso de 8,5%), e as preferenciais e ordinárias da Petrobras, com pesos de 7,2% e 5,0%, respectivamente.
Preparando o terreno
Antes das carteiras passarem a valer definitivamente, a B3 divulga três prévias sobre as novas composições do índice.
A primeira prévia é divulgada sempre no primeiro dia útil do mês anterior ao de início da carteira. Por exemplo: no caso de uma carteira com início em maio, a primeira prévia sairá no primeiro dia útil de abril.
Já a segunda prévia é divulgada no pregão seguinte ao dia 15 desse mesmo mês.
A terceira e última prévia é divulgada no último dia de vigência da carteira anterior. Essa lista é a que vai vigorar no próximo período.
Em cada uma dessas prévias, a B3 sinaliza quais ações têm potencial de entrar e quais têm potencial de sair do índice.
Na grande maioria das vezes, se uma ação aparece nas duas primeiras prévias, a chance dela de fato entrar ou sair do Ibovespa é alta.
Tem que ter critério
Não é qualquer ativo da bolsa que conquista o direito de fazer parte do principal índice do mercado brasileiro.
Vale lembrar que o IBOV foi criado com o objetivo de sinalizar o desempenho das ações mais negociadas e de maior representatividade no mercado financeiro nacional.
O Ibovespa segue alguns critérios pré-estabelecidos pela B3 para selecionar as ações que entrarão em sua lista. Só passam a compor o índice as ações de companhias listadas na B3 e que se enquadram em 4 critérios de seleção.
São eles:
- a ação deve ter presença em 95% dos pregões no período de vigência das 3 carteiras anteriores;
- os papéis devem apresentar uma participação em termos de volume financeiro maior ou igual a 0,1% no mercado a vista, também no período de vigência das 3 carteiras anteriores;
- a ação não pode ser classificada como “Penny Stock” (ativo cujo valor médio ponderado durante a vigência da carteira anterior seja inferior a R$1,00);
- índice de negociabilidade: estar entre ações que, no período de vigência das 3 carteiras anteriores, em ordem decrescente de índice de negociabilidade, representem em conjunto 85% do somatório total desses indicadores;
Para você entender melhor esse último ponto, vou explicar como funciona o tal índice de negociabilidade.
Na prática, ele é calculado a partir de algumas variáveis como número de negócios firmados dentro daquela ação, o volume financeiro que o papel possui no mercado e o número de pregões total do período analisado. Os detalhes desse cálculo você também pode conferir no manual da Bolsa de valores.
E como uma ação sai do Ibovespa?
Para efeitos práticos, os mesmos critérios utilizados na a entrada de um papel no Ibovespa são levados em consideração no momento de decidir pela saída do índice.
Mas a exclusão em si só ocorre se a ação deixar de atender a pelo menos dois dos critérios de inclusão.
Dado de emprego arrasa-quarteirão nos EUA faz bolsas subirem, mas pode não ser uma notícia tão boa assim. Como ficam os juros agora?
A economia norte-americana abriu 254 mil vagas em setembro, bem acima das 159 mil de agosto e da previsão de 150 mil; a taxa de desemprego caiu 4,2% para 4,2% e os salários subiram
Vai ficar mais barato investir nesses três fundos imobiliários do Santander — e aqui está o motivo
Os FIIs SARE11, SAPI11 e SADI11 anunciaram desdobramentos na B3, que terão como data base a posição de fechamento de 16 de outubro
Dona da Serasa compra ClearSale (CLSA3) com prêmio de 23,5% sobre cotações, mas por menos da metade do valor do IPO; ações sobem forte na B3. O que acontece com os acionistas agora?
Em meio à saída da ClearSale da bolsa após três anos desde o IPO, os investidores da companhia terão três opções de recebimento após a venda para a Experian
Entre o petróleo e o payroll: Ibovespa busca recuperação com juros nos EUA e conflito no Oriente Médio como pano de fundo
Relatório mensal de emprego nos EUA deve dar o tom do dia nos negócios enquanto guerra continua pressionando o petróleo
Vale (VALE3) destrona Itaú e se torna a ação mais recomendada para investir em outubro. A China não é mais pedra no caminho da mineradora?
Com resultados robustos e o otimismo em relação à China, a Vale se tornou a ação queridinha para este mês; veja o ranking com indicações de 12 corretoras
Como achar uma boa ação? Se a empresa que você investe não tiver essa qualidade, ela corre o risco de morrer no meio do caminho
Por menos de 9x lucros esperados para 2025, além de ser uma ótima empresa, a ação ainda guarda muito potencial de valorização
Atenção, investidor: B3 (B3SA3) lança novos índices de ações de empresas públicas e privadas; conheça
O objetivo dos novos indicadores, que chegam ao mercado no dia 7 de outubro, é destacar as performances dos ativos que compõem o Ibovespa de forma separada
BB Investimentos corta preço-alvo de Hypera (HYPE3) após semestre fraco e performance abaixo do Ibovespa
Empresa do segmento farmacêutico tem endividamento elevado, sendo duramente afetada pela alta dos juros
Vamos (VAMO3): os três motivos por trás da queda de 11% desde o anúncio da reestruturação; ação recua na B3 hoje
A Vamos deverá se fundir com a rede de concessionárias Automob, que também é controlada pela Simpar — e o plano de combinação das operações gerou ruídos entre investidores
SLC Agrícola ganha ‘voto de confiança’ do Itaú BBA, que eleva preço-alvo de SLCE3
Boas expectativas para a safra 2024/25 fazem o banco brasileiro reforçar recomendação de compra da gigante do agro
Efeito Moody´s passa e dólar sobe a R$ 5,4735; Ibovespa renova série de mínimas no dia e cai 1,38%, aos 131.671,51 pontos
Lá fora, as bolsas em Nova York e na Europa operaram no vermelho, pressionadas pela escalada dos conflitos no Oriente Médio
A Gol (GOLL4) pode ‘voar’ de novo? BB Investimentos eleva recomendação para as ações, mas faz alerta sobre a companhia aérea
Instituição vê a aprovação do Chapter 11 e o plano apresentado pela companhia como fatores cruciais para recuperação financeira
Por que o Fiagro da Itaú Asset (RURA11) sobe na B3 hoje mesmo diante das preocupações em relação a calotes de CRAs
O desempenho negativo do fundo na semana acompanhou temores sobre a exposição do Fiagro a dois certificados de recebíveis do agronegócio (CRAs) inadimplentes
Varejistas, imobiliárias e mais: veja as ações mais (e menos) afetadas pela alta da Selic, segundo o BTG Pactual
Magazine Luiza, Casas Bahia e JHSF estão entre as empresas que mais podem sofrer com a alta da Selic; BTG aponta onde investir neste cenário
Google quer devolver escritório do fundo imobiliário PATC11 antes da hora; entenda o impacto na receita do FII
Segundo a gestora do Pátria Edifícios Corporativos, a locação mensal do Google equivale ainda a aproximadamente R$ 0,08 por cota do FII
Sob pressão: Bolsas internacionais amanhecem no vermelho, mas alta do petróleo continua e pode ajudar o Ibovespa
Vitória do governo no STF em relação a resíduos tributários do Programa Reintegra também pode repercutir no Ibovespa hoje
Bilionário de uma das empresas que mais poluem no planeta promete zerar emissões de sua mineradora até 2030 — e cobra políticos e empresários para que se mexam
Quarta maior mineradora de minério de ferro do mundo, a Fortescue pretende parar de queimar combustíveis fósseis em suas operações na Austrália até o final da década
Fim do casamento: Even (EVEN3) conclui venda de participação acionária na Melnick (MELK3)
No mês passado, após sucessivas vendas de ações, a incorporadora paulista tinha participação de cerca de 4,96% na companhia gaúcha
Guerra no Oriente Médio: o que está em jogo agora pode mudar de vez o mercado de petróleo. Como fica a ação da Petrobras (PETR4)? A resposta não é óbvia
A guerra ganhou novos contornos com o ataque do Irã a Israel na terça-feira (01). Especialistas acreditam que, dessa vez, o mercado não vai ignorar a implicância dos riscos geopolíticos para o petróleo; saiba se é hora de colocar os papéis da Petrobras na carteira para aproveitar esse avanço
Tesla registra o primeiro aumento nas entregas trimestrais de carros elétricos este ano, mas as ações caem forte em NY: o que frustrou os investidores da montadora?
Os números marcam o primeiro avanço nas entregas da companhia de Elon Musk este ano, após quedas que alimentaram preocupações em Wall Street