Indústria registra deflação 1,14% em junho após quatro meses no positivo
Principais impactos negativos vieram dos produtos derivados de petróleo e de biocombustíveis e do setor de alimentos
Influenciada pela valorização do real frente ao dólar em junho, os preços da indústria tiveram deflação de 1,14% na comparação com maio, quando teve alta de 1,39%, segundo Índice de Preços ao Produtor (IPP), divulgado nesta quarta-feira, 31, pela IBGE.
É a primeira queda após quatro taxas positivas seguidas desde fevereiro. Os principais impactos negativos vieram dos produtos derivados de petróleo e de biocombustíveis e do setor de alimentos.
A pesquisa mede a variação dos preços dos produtos na "porta das fábricas", sem impostos e frete, de 24 atividades das indústrias extrativas e de transformação.
Segundo o gerente do IPP, Alexandre Brandão, o impacto do petróleo pode ser explicado pelo efeito do câmbio. "No mês de junho tivemos uma valorização do real [frente ao dólar] que impactou na baixa dos preços internos", explica.
Em relação aos alimentos, os destaques negativos foram carne bovina e leite, enquanto resíduos da extração de soja tiveram impacto positivo.
“Nos meses passados, estávamos exportando bastante carne, em função do aumento da importação da China. Mas, em junho, houve um problema circunstancial de exportação dessas carnes. Então, tivemos uma maior oferta para o mercado interno e os preços caíram”, afirma Brandão.
A queda do preço do leite foi fruto de uma menor demanda pelo produto no mercado interno, o que gerou um aumento de estoque e uma consequente diminuição dos preços.
Já o aumento de preço dos resíduos da extração de soja tem relação com problemas na colheita de soja nos Estados Unidos, fator que provocou elevação do preço do produto no mercado internacional.
Apenas oito das 24 atividades industriais investigadas tiveram variações positivas de preços na comparação com maio.
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