O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), almoçou nesta segunda-feira (5) com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o ministro da Economia, Paulo Guedes, para fazer um balanço do primeiro semestre do Legislativo.
"Dos avanços e conquistas que o parlamento proporcionou para o Brasil e brasileiros", disse ele ao fim do encontro. Alcolumbre fez uma declaração ao deixar o almoço ao lado de Maia e Guedes, mas não abriu espaço para pergunta de jornalistas.
Alcolumbre teceu elogios ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), principalmente pelo seu desempenho na votação do primeiro turno da reforma da Previdência que foi aprovada por 379 votos no inicio de julho. "O parlamento apresentou ao Brasil uma proposta que dará para equilibrar as contas públicas", afirmou. Alcolumbre afirmou que Maia teve uma atuação firme e que a reforma dará também "segurança jurídica" e ajudará na geração de empregos.
O presidente do Senado disse que a Câmara deve concluir a votação do segundo turno da Previdência nesta semana e que já na próxima o Senado irá tocar a tramitação. Maia disse que a conclusão da votação do segundo turno já na quinta-feira vai depender da presença de deputados, quórum, na Casa.
Os três almoçaram juntos nesta segunda-feira para debater também a tramitação do segundo turno da reforma da Previdência na Câmara e seu encaminhamento ao Senado.
O encontro durou cerca de duas horas. Durante a reunião, Alcolumbre disse que está focado na Previdência, mas quer tocar a Tributária na sequência.
A expectativa é que a votação do segundo turno da Previdência tenha início nesta terça-feira na Câmara e seja concluída até quinta-feira, para que na próxima semana comece a tramitação no Senado.
Guedes, a ponte de diálogo
Alcolumbre também aproveitou a ocasião para fazer um afago a Guedes. "O ministro representa o desejo do governo de dialogar com o Parlamento", afirmou.
Em seu pronunciamento, Alcolumbre disse "reverenciar" a presença de Maia e Guedes no almoço e afirmou que a votação da reforma em primeiro turno foi fruto da "aproximação da política", citando a participação não só do ministro da Economia, mas também do ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. Para o presidente do Senado, o resultado foi fruto de um Parlamento "forte, altivo, independente e mais harmônico".
Alcolumbre listou ainda outras prioridades na pauta do Congresso, como a reforma tributária. Segundo ele, a ideia é tentar construir um "entendimento" a partir das propostas do governo e do Legislativo. "A questão da reforma tributária, o Senado tem uma proposta, a Câmara tem uma proposta, o governo tem sua proposta. Nós fizemos um acordo, um entendimento para construirmos um texto que atenda aos interesses da Câmara, do governo e do Senado e que possa desburocratizar essa questão tributária", afirmou.
Outra prioridade, que segundo Alcolumbre será capitaneada pelo Senado, é o pacto federativo. A ideia, de acordo com o presidente do Senado, é desvincular recursos hoje concentrados nos cofres da União e direcioná-los para Estados e municípios.
*Com Estadão Conteúdo.