Hora de comprar? Goldman Sachs diz que sim e passa a recomendar aquisição dos papéis da Aliansce Sonae
Em relatório, os especialistas do banco colocaram o preço-alvo das ações da companhia para daqui a 12 meses em R$ 46, o que implicaria um potencial de alta de 17% em relação ao fechamento de ontem (1º)
Alguns meses depois de consumar a união, os pombinhos Aliansce Sonae (código ALSO3) chamaram a atenção dos analistas do banco Goldman Sachs. Em relatório publicado hoje (2), os analistas Tito Labarta, Jonathan Schajnovetz e Ashok Sivamohan passaram a recomendar a compra dos papéis da administradora de shoppings e ressaltaram que essa é a ação com "maior potencial de crescimento entre os pares" do setor.
No documento, os especialistas colocaram o preço-alvo daqui a 12 meses em R$ 46, o que implicaria um potencial de alta de 17% em relação ao fechamento de ontem (1º). Em sua justificativa, os analistas do banco defenderam que a fusão das duas administradoras de shoppings - concluída em agosto deste ano - criou uma das maiores do Brasil com presença em várias regiões. A companhia agora administra 40 shoppings.
Por volta das 12h28, os papéis ordinários da companhia (ALSO3) estavam sendo negociados a R$ 38,92, o que representa uma queda de 1,14%. As ações estavam em linha com o pessimismo que dominava o Ibovespa. No mesmo horário, o principal índice da bolsa brasileira caía 2,19%, cotado em 101.776,08 pontos.
De olho nas sinergias
Ao destacar os principais pontos positivos da nova companhia, os três afirmaram que as sinergias dos negócios devem fazer com que o indicador Funds From Operations (FFO), que mede a geração de caixa das atividades operacionais do empreendimento, cresça 14% entre 2019 e 2021. Já as demais companhias do setor, por sua vez, devem expandir cerca de 10% em média durante o período.
Para os três, a razão entre o preço e o FFO (P/FFO) deve ficar em 20,8 vezes em 2020, sendo que os pares devem ficar com um número cerca de 10% menor.
Nas estimativas dos analistas, a fusão das duas companhias deve fazer também com que a nova empresa consiga um ganho de R$ 40 milhões, valor que é um pouco mais conservador do que o esperado pela companhia e que está entre R$ 55 milhões e R$ 70 milhões. O motivo é que os três veem riscos potenciais de execução.
Leia Também
Porém, para eles, o tamanho e a presença geográfica da nova empresa devem aumentar o poder de barganha e o apelo para atrair e negociar com lojistas, já que a Aliansce Sonae terá maior espaço para expandir o valor dos aluguéis.
Logo, a maior capacidade para renegociar dívidas aliado aos juros cada vez menores deve levar também a uma diminuição dos custos da dívida, o que é benéfico para a administradora.
Isso deve gerar uma queda no indicador que mede a razão entre dívida líquida da companhia e o potencial de geração de caixa (dívida líquida/Ebitda). No segundo trimestre deste ano, o indicador ficou em três vezes, mas a expectativa dos analistas é que ele caia e fique em 2,9 vezes no fim de 2019, sendo que a média do setor é de 2,4 vezes.
Já em 2020, a estimativa dos especialistas é que o indicador que mede quanto a dívida líquida está em relação ao potencial de geração de caixa (Ebitda) da empresa fique em 2,6 vezes. Ou seja, a companhia deve ficar mais atraente aos olhos do investidor.
Uma das razões para ela ainda estar com o potencial de geração de caixa mais comprometido pela dívida líquida em relação às demais empresas é por conta da baixa necessidade de aumento da área total de um shopping (Gross leaseble area ou GLA), já que houve a fusão recentemente.
Taxa de juros
Outro ponto que pode ajudar bastante a empresa é a questão dos novos cortes da taxa de juros, que hoje está em 5,5% ao ano.
Na avaliação dos analistas, se a queda da Selic persistir (o que é mais provável para o time de análise do banco), a administradora Iguatemi é quem pode ser a mais beneficiada porque possui maior exposição ao CDI (com 86%) e apresenta uma taxa interna de investimento que oferece prêmio maior em relação à média do setor.
Em seguida, a segunda empresa a ser beneficiada é a Multiplan (com 70%). Já brMalls e Aliansce Sonae possuem menor exposição ao CDI, mas possuem espaço para refinanciar suas dívidas, o que é positivo.
No caso da Aliansce Sonae, por exemplo, os especialistas pontuaram que ela aumentou o seu poder de negociação com lojistas e que ela possui menor necessidade de aumentar a GLA no curto prazo.
Aumento das margens
Além da melhora que as taxas de juros podem oferecer ao setor de shoppings como um todo, a expectativa dos analistas é que a nova empresa consiga melhorar suas margens pelos próximos três anos.
Os especialistas pontuaram que a margem Ebitda, por exemplo, que mede a eficiência na capacidade de gerar caixa, deve evoluir de forma gradual até 2021. Em 2019, a estimativa é que esse indicador fique em 72%. Já em 2020 e 2021, ele deve ficar em 73% e 74%, respectivamente.
Mas nem tudo são flores. Ao pontuar os riscos do investimento, os analistas destacaram também que a nova empresa possui uma das menores margem Ebitda entre os seus pares e que isso pode persistir, especialmente se tiver problemas para capturar as sinergias de ambas e se os riscos de execução levarem a um crescimento com as despesas.
Outro ponto levantado pelo time de análise é que o comércio eletrônico está aumentando em ritmo bastante elevado e que a estratégia digital do shopping é a menos desenvolvida quando comparada às demais do setor. Com isso, para eles há a possibilidade de que isso gere impactos negativos em termos de aluguel e de níveis de ocupação dos espaços.
Além dos analistas do Goldman Sachs, há mais quatro recomendações de compra para os papéis da Aliansce Sonae e uma recomendação de manutenção. Não há nenhuma recomendação de venda.
Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo
Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic
Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade
Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva
‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú
Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros
Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander
Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores
Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI
Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno
Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50
Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa
As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores
Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema
Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem
BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México
O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”
As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%
Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano
A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação
2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque
Bancos sobem na bolsa com o fim das sanções contra Alexandre de Moraes — Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque
Quando a sanção foi anunciada, em agosto deste ano, os papéis dos bancos desabaram devido as incertezas em relação à aplicação da punição
TRXF11 volta a encher o carrinho de compras e avança nos setores de saúde, educação e varejo; confira como fica o portfólio do FII agora
Com as três novas operações, o TRXF11 soma sete transações só em dezembro. Na véspera, o FII já tinha anunciado a aquisição de três galpões
BofA seleciona as 7 magníficas do Brasil — e grupo de ações não tem Petrobras (PETR4) nem Vale (VALE3)
O banco norte-americano escolheu empresas brasileiras de forte crescimento, escala, lucratividade e retornos acima da Selic
Ibovespa em 2026: BofA estima 180 mil pontos, com a possibilidade de chegar a 210 mil se as eleições ajudarem
Banco norte-americano espera a volta dos investidores locais para a bolsa brasileira, diante da flexibilização dos juros
JHSF (JHSF3) faz venda histórica, Iguatemi (IGTI3) vende shoppings ao XPML11, TRXF11 compra galpões; o que movimenta os FIIs hoje
Nesta quinta-feira (11), cinco fundos imobiliários diferentes agitam o mercado com operações de peso; confira os detalhes de cada uma delas
Concurso do IBGE 2025 tem 9,5 mil vagas com salários de até R$ 3.379; veja cargos e como se inscrever
Prazo de inscrição termina nesta quinta (11). Processo seletivo do IBGE terá cargos de agente e supervisor, com salários, benefícios e prova presencial
Heineken dá calote em fundo imobiliário, inadimplência pesa na receita, e cotas apanham na bolsa; confira os impactos para o cotista
A gestora do FII afirmou que já realizou diversas tratativas com a locatária para negociar os valores em aberto
Investidor estrangeiro minimiza riscos de manutenção do governo atual e cenários negativos estão mal precificados, diz Luis Stuhlberger
Na carta mensal do Fundo Verde, gestor afirmou que aumentou exposição às ações locais e está comprado em real
Após imbróglio, RBVA11 devolve agências à Caixa — e cotistas vão sair ganhando nessa
Com o distrato, o fundo reduziu ainda mais sua exposição ao setor financeiro, que agora representa menos de 24% do portfólio total
