O boletim Focus divulgado nesta segunda-feira, 14, estima que o IPCA - o índice oficial de preços - para este ano fique em 3,28%, ante 3,42% esperado na semana passada. A projeção para o índice em 2020 passou de 3,78% para 3,73%.
O relatório Focus trouxe ainda a projeção para o IPCA em 2021, que seguiu em 3,75%. No caso de 2022, a expectativa permaneceu em 3,50%. Há quatro semanas, essas projeções eram de 3,75% e 3,50%, respectivamente.
Já a previsão do Focus para a cotação do dólar ao fim deste ano permaneceu em R$ 4,00. Para 2020, permaneceu em R$ 3,95.
Selic
Ainda segundo os economistas do mercado financeiro no Boletim Focus, a Selic deve ficar em 4,75% no final de 2019 - mesma estimativa da semana passada. Para 2020, a estimativa passou para 5%, ante 4,75%. Nos dois anos seguintes as estimativas foram mantidas em 6,5% e 7%.
Em setembro, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC cortou a Selic em 0,50 ponto porcentual, de 6,00% para 5,50% ao ano. Foi o segundo corte consecutivo da taxa básica.
No comunicado sobre a decisão, o BC avaliou que o cenário externo, apesar de incerto, está favorável para países emergentes. Além disso, reconheceu avanços nas reformas econômicas e divulgou projeções comportadas de inflação para 2019 e 2020.
Neste contexto, a instituição também indicou que pode promover novos cortes na Selic. Estas mensagens foram reforçadas pela ata do encontro e pelo Relatório Trimestral de Inflação (RTI).
Crescimento da economia
A expectativa de crescimento da economia em 2019 seguiu em 0,87%, conforme o Relatório de Mercado Focus. Há quatro semanas, a estimativa de alta era a mesma.
Para 2020, o mercado financeiro manteve a previsão de alta do Produto Interno Bruto (PIB), em 2,00%. Quatro semanas atrás, estava em 2,07%.
No fim de agosto, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o PIB do segundo trimestre de 2019 subiu 0,4% em relação ao primeiro trimestre.
Em setembro, o BC atualizou, por meio do Relatório Trimestral de Inflação (RTI), sua projeção para o PIB em 2019, de alta de 0,8% para elevação de 0,9%.
*Com Estadão Conteúdo