Investir num ETF é mais fácil e prático do que você imagina
Um ETF nada mais é que um ativo negociado em bolsa que replica o desempenho de um índice. Se você está começando agora a investir, esse produto pode ser uma boa alternativa para a carteira
No abecedário dos mercados, temos A de ação, B de bolsa, C de corretora, D de dividendo e E de... bom, E só pode ser de Exchange Traded Fund — ou fundo de índice, em bom português. Talvez você não reconheça pelo nome de batismo, mas certamente já ouviu seu apelido por aí: trata-se do famoso ETF.
Sim, eu sei, a alcunha é intimidadora e a sigla é zero intuitiva. Mas não é preciso ter medo: no meio dessa sopa de letrinhas, há um ativo bastante interessante para você, investidor pessoa física que está começando a dar os primeiros passos na bolsa de valores.
ETFs não são mecanismos obscuros de investimento, restritos apenas aos grandes gestores ou pessoas com profundo conhecimento do mercado acionário. O nome pode ser pomposo, mas, na prática, os fundos de índice foram criados para simplificar uma operação complexa.
Peguemos, por exemplo, o Ibovespa. Você certamente deve saber que o principal índice da bolsa brasileira apresenta um desempenho bastante positivo em 2019 — para ser preciso, um ganho de mais de 14% até o dia 7 de outubro. Um retorno atraente, não é mesmo?
Pois bem: se você quiser replicar o Ibovespa, terá que administrar uma carteira com 68 ações de 66 empresas diferentes — um portfólio que conta com papéis de companhias e setores bastante variados, como Itaú Unibanco, Petrobras, MRV, Taesa, Kroton, JBS e Weg, apenas para citar algumas.
É claro que tomar conta de tantos ativos — e de perfis tão variados — exige uma boa dose de dedicação e um montante razoável a ser investido. E olha que nem entramos na questão das ordens de compra, taxas de corretagem, declaração de Imposto de Renda...
Leia Também
Se você ficou com preguiça só de pensar nisso tudo, os ETFs foram feitos sob medida para te atender. Eles são ativos que replicam o desempenho de um determinado índice, poupando todo esse trabalho de administrar uma carteira ampla de ações.
O ABC do ETF
Usando o mesmo exemplo: se você quiser um investimento com o exato mesmo rendimento do Ibovespa, pode comprar toda a cesta de ações de uma vez só ou, simplesmente, adquirir um ETF que reproduza o desempenho do índice.
"Basicamente, ETF é um fundo negociado em bolsa", diz Jerson Zanlorenzi, responsável pela mesa de renda variável do BTG Pactual Digital. "Tem um gestor, uma pessoa capacitada que cuida da administração para que, do outro lado, o investidor possa comprar um índice inteiro num único ativo".
Há vários fundos de índice diferentes que replicam o Ibovespa. O BOVA11, da BlackRock, é o mais famoso deles, mas também há o BOVV11, do Itaú, o BOVB11, do Bradesco, e outros — a diferença entre eles está na taxa de administração, no preço do ativo em si e na estratégia de administração no longo prazo.
Mas, independente de qual ETF você escolher, todos têm um ponto em comum: um investimento inicial mais baixo que o necessário para comprar toda uma cesta de ações. No momento, cada um desses três fundos de índice que replicam o Ibovespa são negociados pouco acima da linha dos R$ 100 na B3.
"ETFs são uma porta de entrada interessante para o pequeno investidor", diz Bruno Madruga, sócio da Monte Bravo Investimentos, destacando a praticidade do ativo. "Não necessariamente são as opções com a maior rentabilidade, mas são um bom pontapé inicial para quem está começando".
Voltando às comparações com o Ibovespa: enquanto o índice como um todo tem ganhos de cerca de 14% no ano, há muitas ações que compõem o índice que apresentam desempenhos bem superiores — os papéis ON da JBS (JBBS3), por exemplo, dispararam mais de 160% desde o início de 2019.
Assim, ao comprar um ETF que replica o Ibovespa, você estará adquirindo um ativo que te dá exposição à carteira de ações do índice, mas que também possui potencial de valorização limitado. Cabe a você, então, decidir qual opção é mais adequada para o seu perfil de investidor.
Caso você não não queria estar sujeito a imprevistos relacionados a uma empresa ou setor específico ou ainda não tenha confiança para mexer diretamente no portfólio, os ETFs são boas opções; caso tolere melhor os riscos associados ao investimento em renda variável e queira fazer apostas específicas em algumas empresas que te parecem ter mais potencial, talvez a compra direta de ações podem ser mais adequadas para você.
Mas mesmo quem tem um perfil mais arrojado deve olhar com carinho para os ETFs. Afinal, uma carteira de ações tende a apresentar uma volatilidade menor que um papel isolado — assim, um ETF pode ser um investimento de caráter mais defensivo dentro do seu portfólio.
'As easy as 1-2-3'

Não há apenas ETFs que replicam a carteira do Ibovespa. Outra opção popular é o SMAL11, que reproduz o portfólio do índice de small caps (SMLL) da B3 — uma carteira que, atualmente, conta com 74 ações de empresas de baixa capitalização na bolsa.
Tais companhias, em geral, têm um potencial de crescimento mais rápido e, com isso, suas ações podem registrar valorizações expressivas ao longo do tempo. Por outro lado, essas empresas também são mais vulneráveis às oscilações econômicas — assim, seus papéis também podem passar por ondas intensas de queda. Para saber mais sobre as small caps, é só acessar esta matéria especial.
Desta maneira, caso você não queira ter que lidar com as preocupações relacionadas aos investimentos nas ações desse tipo de companhia, basta comprar o SMAL11 — em 2019, por exemplo, o índice de small caps acumula ganhos de cerca de 27%.
A lista de ETFs negociados na bolsa brasileira inclui muitas outras opções, que buscam atender aos mais diversos perfis de investidores. Se o seu negócio for replicar a carteira de ações do índice dividendos da B3 (IDIV), há o DIVO11; se você quiser reproduzir a rentabilidade do S&P 500, a pedida é o IVVB11.
Por fim, caso a sua praia seja o investimento em um segmento específico, também é possível recorrer aos ETFs setoriais: o FIND11, por exemplo, replica uma carteira com ações do setor financeiro; o GOVE11 tem como base um portfólio que leva em conta critérios de governança corporativa; o MATB11, por sua vez, é focado nos papéis de empresas que atuam na área de materiais básicos, e assim por diante.
"Comprar toda uma carteira de ações, ativo por ativo, envolveria várias ordens de compra — um processo muito complexo, quase impossível para o investidor comum", diz Zanlorenzi, do BTG digital. "O ETF nasceu para simplificar".
Concurso do IBGE 2025 tem 9,5 mil vagas com salários de até R$ 3.379; veja cargos e como se inscrever
Prazo de inscrição termina nesta quinta (11). Processo seletivo do IBGE terá cargos de agente e supervisor, com salários, benefícios e prova presencial
Heineken dá calote em fundo imobiliário, inadimplência pesa na receita, e cotas apanham na bolsa; confira os impactos para o cotista
A gestora do FII afirmou que já realizou diversas tratativas com a locatária para negociar os valores em aberto
Investidor estrangeiro minimiza riscos de manutenção do governo atual e cenários negativos estão mal precificados, diz Luis Stuhlberger
Na carta mensal do Fundo Verde, gestor afirmou que aumentou exposição às ações locais e está comprado em real
Após imbróglio, RBVA11 devolve agências à Caixa — e cotistas vão sair ganhando nessa
Com o distrato, o fundo reduziu ainda mais sua exposição ao setor financeiro, que agora representa menos de 24% do portfólio total
Efeito Flávio derruba a bolsa: Ibovespa perde mais de 2 mil pontos em minutos e dólar beira R$ 5,50 na máxima do dia
Especialistas indicam que esse pode ser o começo da real precificação do cenário eleitoral no mercado local, depois de sucessivos recordes do principal índice da bolsa brasileira
FII REC Recebíveis (RECR11) mira R$ 60 milhões com venda de sete unidades de edifício em São Paulo
Apesar de não ter informado se a operação vai cair como um dinheiro extra no bolso dos cotistas, o RECR11 voltou a aumentar os dividendos em dezembro
Ações de IA em alta, dólar em queda, ouro forte: o que esses movimentos revelam sobre o mercado dos EUA
Segundo especialistas consultados pelo Seu Dinheiro, é preciso separar os investimentos em equities de outros ativos; entenda o que acontece no maior mercado do mundo
TRX Real Estate (TRXF11) abocanha novos imóveis e avança para o setor de educação; confira os detalhes das operações
O FII fez sua primeira compra no segmento de educação ao adquirir uma unidade da Escola Eleva, na Barra da Tijuca (RJ)
O estouro da bolsa brasileira: gestor rebate tese de bolha na IA e vê tecnologia abrindo janela de oportunidade para o Brasil
Em entrevista exclusiva ao Seu Dinheiro, Daniel Popovich, gestor da Franklin Templeton, rebate os temores de bolha nas empresas de inteligência artificial e defende que a nova tecnologia se traduzirá em crescimento de resultados para as empresas e produtividade para as economias
Aura (AURA33): small cap que pode saltar 50% está no pódio das ações para investir em dezembro segundo 9 analistas
Aura Minerals (AURA33) pode quase dobrar a produção; oferece exposição ao ouro; paga dividendos trimestrais consistentes e negocia com forte desconto.
CVM suspende 6 empresas internacionais por irregularidades na oferta de investimentos a brasileiros; veja quais são
Os sites, todos em português, se apresentam como plataformas de negociação em mercados globais, com ativos como moedas estrangeiras, commodities, metais, índices, ETFs, ações, criptoativos e outros
Bolsa perdeu R$ 183 bilhões em um único dia; Itaú Unibanco (ITUB4) teve maiores perdas
Essa é a maior queda desde 22 de fevereiro de 2021, ainda período da pandemia, e veio depois que Flávio Bolsonaro foi confirmado como candidato à presidência pelo PL
Do céu ao inferno: Ibovespa tem a maior queda desde 2021; dólar e juros disparam sob “efeito Flávio Bolsonaro”
Até então, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, era cotado como o mais provável candidato da direita, na avaliação do mercado, embora ele ainda não tivesse anunciado a intenção de concorrer à presidência
Pequenas e poderosas: Itaú BBA escolhe as ações small cap com potencial de saltar até 50% para carteira de dezembro
A Plano & Plano (PLP3) tem espaço para subir até 50,6%; já a Tenda (TEND3) pode ter valorização de 45,7%
Ibovespa sobe 1,65% e rompe os 164 mil pontos em forte sequência de recordes. Até onde o principal índice da bolsa pode chegar?
A política monetária, com o início do ciclo de cortes da Selic, é um dos gatilhos para o Ibovespa manter o sprint em 2026, mas não é o único; calculamos até onde o índice pode chegar e explicamos o que o trouxe até aqui
Ibovespa vai dar um salto de 18% e atingir os 190 mil pontos com eleições e cortes na Selic, segundo o JP Morgan
Os estrategistas reconhecem que o Brasil é um dos poucos mercados emergentes com um nível descontado em relação à média histórica e com o múltiplo de preço sobre lucro muito mais baixo do que os pares emergentes
Empresas listadas já anunciaram R$ 68 bilhões em dividendos do quarto trimestre — e há muito mais por vir; BTG aposta em 8 nomes
Levantamento do banco mostra que 23 empresas já anunciaram valor ordinários e extraordinários antes da nova tributação
Pátria Malls (PMLL11) vai às compras, mas abre mão de parte de um shopping; entenda o impacto no bolso do cotista
Somando as duas transações, o fundo imobiliário deverá ficar com R$ 40,335 milhões em caixa
BTLG11 é destronado, e outros sete FIIs disputam a liderança; confira o ranking dos fundos imobiliários favoritos para dezembro
Os oito bancos e corretoras consultados pelo Seu Dinheiro indicaram três fundos de papel, dois fundos imobiliários multiestratégia e dois FIIs de tijolo
A bolsa não vai parar: Ibovespa sobe 0,41% e renova recorde pelo 2º dia seguido; dólar cai a R$ 5,3133
Vale e Braskem brilham, enquanto em Nova York, a Microsoft e a Nvidia tropeçam e terminam a sessão com perdas
