Um modelo de empresa para concorrer com a agiotagem
Bolsonaro sancionou a criação da Empresa Simples de Crédito (ESC) buscando estimular financiamento para micro e pequenas empresas
O presidente Jair Bolsonaro sancionou o projeto de lei que criou a Empresa Simples de Crédito (ESC), que tem por objetivo ampliar o acesso a financiamentos para micro e pequenas empresas.
O projeto é um sonho antigo do ex-presidente do Sebrae e atual assessor especial do Ministério da Economia Guilherme Afif Domingos, para quem a ESC poderá concorrer com a agiotagem, que segundo ele virou oficial, pois os bancos cobram juros muito elevados em linhas como cartão de crédito e cheque especial.
Outros projetos com o mesmo teor já tinham tramitado no Congresso, mas o Banco Central (BC) sempre se colocou contrário à ideia.
Desta vez, no entanto, até o presidente do BC, Roberto Campos Neto, compareceu à cerimônia, ao lado do ministro Paulo Guedes. Os dois não fizeram pronunciamentos.
Mesmo não tendo participado da elaboração do projeto, as “digitais” ou a distância do BC podem ser verificadas. As empresas não poderão captar recursos de terceiros, não podem se alavancar (como tomar empréstimos para repassar) e têm atuação limitada à localidade onde estiver registrada. Além disso, os nomes não podem fazer alusão a instituições financeiras.
Além de crédito e financiamento, a ESC também poderá fazer o desconto de duplicatas (título de créditos). A receita bruta anual não pode passar de R$ 4,8 milhões e a remuneração da empresa só poderá ser feita via cobrança de juros, sendo vedada taxas ou tarifas.
Leia Também
Segundo Afif, o controle das empresas será feito pela Receita Federal, que por meio das declarações prestadas vai atestar o limite de receita.
A ESC pode ser constituída como empresa de responsabilidade limitada (Eireli), micro- empresário individual (MEI) ou sociedade limitada (LTDA). O controle é exclusivo de pessoas físicas e apesar de ter Simples no nome, o regime tributário não é o do Simples Nacional. A ESC terá de optar pelo regime de lucro presumido ou lucro real.
Até R$ 20 bilhões por ano
Em nota, o Ministério da Economia afirma que a ESC pode injetar até R$ 20 bilhões por ano em novos recursos para pequenos negócios. Tal valor representaria 10% do mercado de concessão de crédito para micro e pequenas empresas, que foi de R$ 208 bilhões, no ano passado.
Estimativas do Sebrae, citadas pelo Ministério da Economia, mostram que esses R$ 20 bilhões poderão ser alcançados assim que as primeiras mil ESC estiverem em atividade.
Juros
Segundo Afif, o juro no país é elevado pois temos um oligopólio e a procura é muito maior do que a oferta.
A ideia é que a ESC estimule a concorrência e baixe as taxas de juros. “A ESC começa a criar o furo no dique para começar a concorrência no sistema financeiro”, disse Afif.
A ideia é que a ESC ofereça crédito “como antigamente”, com emprestados e tomador “olhando olho no olho”.
Questionado sobre o risco de lavagem de dinheiro, Afif disse, parafraseando ministro do STF, que o receio do abuso não cercear o uso. “A lavagem é o abuso”, disse, lembrando que quando a empresa for registrada, o empresário tem que comprovar a origem dos recursos.
Azul (AZUL4) dá sinal verde para aporte de American e United, enquanto balanço do 3T25 mostra prejuízo mais de 1100% maior
Em meio ao que equivale a uma recuperação judicial nos EUA, a Azul dá sinal verde para acordo com as norte-americanas, enquanto balanço do terceiro trimestre mostra prejuízo ajustado de R$ 1,5 bilhão
BHP é considerada culpada por desastre em Mariana (MG); entenda por que a Vale (VALE3) precisará pagar parte dessa conta
A mineradora brasileira estima uma provisão adicional de aproximadamente US$ 500 milhões em suas demonstrações financeiras deste ano
11.11: Mercado Livre, Shopee, Amazon e KaBuM! reportam salto nas vendas
Plataformas tem pico de vendas e mostram que o 11.11 já faz parte do calendário promocional brasileiro
Na maratona dos bancos, só o Itaú chegou inteiro ao fim da temporada do 3T25 — veja quem ficou pelo caminho
A temporada de balanços mostrou uma disputa desigual entre os grandes bancos — com um campeão absoluto, dois competidores intermediários e um corredor em apuros
Log (LOGG3) avalia freio nos dividendos e pode reduzir percentual distribuído de 50% para 25%; ajuste estratégico ou erro de cálculo?
Desenvolvedora de galpões logísticos aderiu à “moda” de elevar payout de proventos, mas teve que voltar atrás apenas um ano depois; em entrevista ao SD, o CFO, Rafael Saliba, explica o porquê
Natura (NATU3) só deve se recuperar em 2026, e ainda assim com preço-alvo menor, diz BB-BI
A combinação de crédito caro, consumo enfraquecido e sinergias atrasadas mantém a empresa de cosméticos em compasso de espera na bolsa
Hapvida (HAPV3) atinge o menor valor de mercado da história e amplia programa de recompra de ações
O desempenho da companhia no terceiro trimestre decepcionou o mercado e levou a uma onda de reclassificação os papéis pelos grandes bancos
Nubank (ROXO34) tem lucro líquido quase 40% maior no 3T25, enquanto rentabilidade atinge recorde de 31%
O Nubank (ROXO34) encerrou o terceiro trimestre de 2025 com um lucro líquido de US$ 782,7 milhões; veja os destaques
Quem tem medo da IA? Sete em cada 10 pequenos e médios empreendedores desconfiam da tecnologia e não a usam no negócio
Pesquisa do PayPal revela que 99% das PMEs já estão digitalizadas, mas medo de errar e experiências ruins com sistemas travam avanço tecnológico
Com ‘caixa cheio’ e trimestre robusto, Direcional (DIRR3) vai antecipar dividendos para fugir da taxação? Saiba o que diz o CEO
A Direcional divulgou mais um trimestre de resultados sólidos e novos recordes em algumas linhas. O Seu Dinheiro conversou com o CEO Ricardo Gontijo para entender o que impulsionou os resultados, o que esperar e principalmente: vem dividendo aí?
Banco do Brasil (BBAS3) não saiu do “olho do furacão” do agronegócio: provisões ainda podem aumentar no 4T25, diz diretor
Após tombo do lucro e rentabilidade, o BB ainda enfrenta ventos contrários do agronegócio; executivos admitem que novas pressões podem aparecer no balanço do 4º trimestre
Allos (ALOS3) entrega balanço morno, mas promete triplicar dividendos e ações sobem forte. Dá tempo de surfar essa onda?
Até então, a empresa vinha distribuindo proventos de R$ 50 milhões, ou R$ 0,10 por ação. Com a publicação dos resultados, a companhia anunciou pagamentos mensais de R$ 0,28 a R$ 0,30
Na contramão da Black Friday, Apple lança ‘bolsinha’ a preço de celular novo; veja alternativas bem mais em conta que o iPhone Pocket
Apple lança bolsinha para iPhone em parceria com a Issey Miyake com preços acima de R$ 1,2 mil
Todo mundo odeia o presencial? Nubank enfrenta dores de cabeça após anunciar fim do home office, e 14 pessoas são demitidas
Em um comunicado interno, o CTO do banco digital afirmou que foram tomadas ações rápidas para evitar que a trama fosse concluída
Família Diniz vende fatia no Carrefour da França após parceria de 10 anos; veja quem são os magnatas que viraram os principais acionistas da rede
No lugar da família Diniz no Carrefour, entrou a família Saadé, que passa a ser a nova acionista principal da companhia. Família franco-libanesa é dona de líder global de logística marítima
Itaú vs. Mercado Pago: quem entrega mais vantagens na Black Friday 2025?
Com descontos de até 60%, cashback e parcelamento ampliado, Itaú e Mercado Pago intensificam a disputa pelo consumidor na Black Friday 2025
Casas Bahia (BHIA3) amplia prejuízo para R$ 496 milhões no terceiro trimestre, mas vendas sobem 8,5%
O e-commerce cresceu 12,7% entre julho e setembro deste ano, consolidando o quarto trimestre consecutivo de alta
O pior ainda não passou para a Americanas (AMER3)? Lucro cai 96,4% e vendas digitais desabam 75% no 3T25
A administração da varejista destacou que o terceiro trimestre marca o início de uma nova fase, com o processo de reestruturação ficando para trás
Acionistas do Banco do Brasil (BBAS3) não passarão fome de proventos: banco vai pagar JCP mesmo com lucro 60% menor no 3T25
Apesar do lucro menor no trimestre, o BB anunciou mais uma distribuição de proventos; veja o valor que cairá na conta dos acionistas
Lucro do Banco do Brasil (BBAS3) tomba 60% e rentabilidade chega a 8% no 3T25; veja os destaques
O BB registrou um lucro líquido recorrente de R$ 3,78 bilhões entre julho e setembro; veja os destaques do balanço
