Feridas expostas e bolsos furados

Concorrência é uma das melhores coisas da economia aberta. Para os novatos, há espaço para empreender e desafiar os gigantes. Para os grandões, é a pressão que não permite o comodismo. Para os clientes, então, é uma beleza. A disputa entre as empresas estimula a queda de preços e também o aumento da qualidade de produtos e serviços. Todo mundo ganha então? Mais ou menos… As brigas mais pesadas podem deixar mortos, feridos e bolsos furados.
Algumas feridas foram expostas nos primeiros balanços financeiros do primeiro trimestre deste ano. A Cielo, por exemplo, que está sob ataque de concorrentes no mercado de maquininhas de cartões, sangrou. O lucro da empresa caiu mais de 40% e ficou abaixo do esperado pelos analistas financeiros, como bem mostrou o Vinícius Pinheiro nesta reportagem. O acionista da Cielo, que já apanha há um certo tempo, deve sentir mais essa pancada...
Outra que levou porrada entre janeiro e março foi a Via Varejo, dona das redes Casas Bahia e Ponto Frio. A empresa teve seu terceiro trimestre consecutivo de prejuízo e viu sua margem desabar. Entre as justificativas está o “ambiente competitivo”.
É bem difícil pontuar exatamente quem são os adversários da varejista. As grandes redes concorrem entre si e também com o lojista da esquina, o cara que vende seu sofá no OLX e sites diversos. Mas deve ser duro para a Via Varejo ter de reportar queda de 7% nas vendas online enquanto o Magazine Luiza decola no e-commerce. Ai!
Um balanço ruim só agrava a situação da varejista. A companhia está à venda pelo seu controlador desde 2016. É o mesmo que um carro falhar no "test drive". Para alguém comprar, vai ter que rolar um descontinho. Ou seja, vai doer no bolso do acionista. A repórter Natalia Gómez aponta os principais números do balanço.
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Engole o choro, oposição!
Eu bem que duvidei, mas felizmente estava errada. A reforma da Previdência conseguiu vencer a primeira etapa e passou ontem pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Foram mais de 60 dias e a última sessão levou 8 horas e 45 minutos. Demorou, mas foi! Agora, o texto segue para a Comissão Especial, que deve ser instalada amanhã. Lá, a batalha promete ser ainda mais dura para a Previdência…
O Eduardo Campos suportou heroicamente as horas de falatório na CCJ e traz todos os detalhes nesta reportagem. Spoiler: o presidente da comissão praticamente mandou a oposição engolir o choro e falou do processo contra o humorista Danilo Gentili.
Abrindo caminho para entrar dinheiro
A incorporadora Gafisa aprovou ontem o aumento no limite de ações emitidas. A medida abre caminho para uma nova capitalização da empresa — que, segundo aposta do mercado, deve ser assumida pelo polêmico empresário Nelson Tanure. Sim, ele tem histórico com empresas quebradas como a Oi e a Gazeta Mercantil.
A Gafisa também vive uma fase difícil. A empresa teve prejuízo de R$ 419 milhões em 2018 e tenta se reerguer após a bagunça que a gestora GWI, de Mu Hak You, fez durante os cerca de seis meses em que foi sua controladora.
Seu carro vai trabalhar para você
O poderoso CEO da Tesla, Elon Musk, quer transformar os veículos da sua empresa em “robotaxis”. E ainda fez uma previsão para lá de ousada: 1 milhão de carros autônomos da Tesla podem estar nas ruas no próximo ano. A ideia é que os donos de veículos ganhem dinheiro quando não estiverem usando seus carros. Confira os detalhes sobre o projeto e as expectativas de lucro para cada dono de um veículo da marca.
Não há vagas
Mais uma má notícia para a economia brasileira saiu hoje cedo. O país fechou 43 mil vagas formais em março deste ano, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados há pouco pelo Ministério da Economia. O resultado negativo foi influenciado principalmente pelo comércio, pela agropecuária e pela construção civil. Os números completos você confere aqui.
O que os gráficos revelam para o futuro de 20 ações
Depois de falar de quatro ações na semana passada com bom potencial de valorização — e quem viu e confiou ganhou dinheiro! —, nosso colunista Fausto Botelho, trader e especialista em análise gráfica, faz uma análise de mais de 20 papéis. Ele mostra qual a tendência que o gráfico aponta e se é hora de comprar ou vender cada um deles. Confira este vídeo imperdível.
A Bula do Mercado: um alívio momentâneo
O mercado financeiro respira aliviado com a aprovação do texto da reforma da Previdência na CCJ na noite de ontem. Mas a batalha na próxima fase, a Comissão Especial, não deve ser fácil e exigirá uma nova rodada de negociações entre governo e parlamentares.
Os investidores locais seguem confiantes na aprovação da reforma ainda este ano, mas, enquanto aguardam novidades, também monitoram o comportamento dos mercados no exterior. Wall Street hoje ensaia um dia de realização de lucros, com os índices futuros em baixa após dia de alta recorde. Na Ásia, as bolsas também fecharam em queda, enfraquecendo a abertura do pregão europeu.
Ontem, o Ibovespa fechou o dia com ganhos de 1,41%, aos 95.923,24 pontos. O dólar encerrou com recuo de 0,28%, a R$ 3,9219. Consulte a Bula do Mercado para saber como devem se comportar bolsa e dólar hoje.
Um grande abraço e ótima quarta-feira!
Agenda
Índices
- Ministério da Economia divulga Caged de março
- Receita Federal anuncia o resultado da arrecadação federal de impostos de março
- Banco Central lança dados sobre o fluxo cambial semanal
- Argentina divulga balança comercial de março
Mercados
- Cade faz sessão ordinária e pode julgar processo envolvendo Santander, Itaú, Caixa, BRB, Banrisul e Bradesco sobre práticas anticompetitivas no crédito consignado.
Balanços 1º trimestre
- No Brasil: Enel e Weg
- Teleconferências: Cielo, Via Varejo
- Lá fora: Credit Suisse, Boeing, Carrefour, Facebook, Microsoft, Visa, At&T e Caterpillar.
Política
- Ibope divulga pesquisa de opinião sobre o governo Bolsonaro
- Comissão mista do Congresso vota parecer sobre projeto que eleva participação estrangeira em companhias aéreas brasileiras
Inflação americana derruba Wall Street e Ibovespa cai mais de 2%; dólar vai a R$ 5,18 com pressão sobre o Fed
Com o Nasdaq em queda de 5% e demais índices em Wall Street repercutindo negativamente dados de inflação, o Ibovespa não conseguiu sustentar o apetite por risco
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O Ibovespa acompanhou a tendência internacional, mas depois de sustentar alta de mais de 1% ao longo de toda a sessão, o índice encerrou a sessão em alta
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O fato relevante com a informação foi divulgado após o fechamento do mercado ontem, quando as ações operaram em forte alta de cerca de 10%, liderando os ganhos do Ibovespa na ocasião
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Não haverá negociações na bolsa nesta quarta-feira. Isso inclui os mercados de renda variável, renda fixa privada, ETFs de renda fixa e de derivativos listados
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