Não é só no mercado financeiro que a escalada do dólar anda assustando. Para quem pretende viajar para o exterior, a cotação da moeda americana é capaz de causar ainda mais aflição.
Na última sexta-feira (17), a cotação do dólar à vista, no mercado financeiro, fechou a R$ 4,10, o mais alto patamar desde setembro de 2018, véspera das eleições presidenciais. Na máxima do dia, chegou a pouco mais de R$ 4,11. Na semana, o dólar negociado no mercado financeiro teve alta de 4,56%.
Para quem precisa comprar moeda para viajar, porém, o cenário é bem pior, e o dólar já se aproxima dos R$ 5. É que a cotação turismo tende a acompanhar o dólar comercial, mas costuma ficar um pouco acima, por uma questão de demanda (pessoas físicas transacionam volumes menores que empresas e bancos), custos e também do lucro para as casas de câmbio.
Na sexta, o dólar turismo era negociado por até R$ 4,38 e, em cartão pré-pago, chegou a ser vendido por R$ 4,60 em uma casa de câmbio de São Paulo.
Para quem tem viagem marcada e ainda não comprou dólares, essa alta recente do dólar, que ontem parecia não ter fim, promete deixar a conta bastante salgada.
Felizmente para quem deseja uma cotação mais baixa, o Banco Central anunciou, sexta à noite, uma atuação no câmbio que pode conter novas altas.
Especialistas aconselham que, ao decidir viajar, as pessoas físicas comprem dólares aos poucos, de forma a misturar cotações mais baixas e mais altas, gerando um preço médio razoável. Como é muito difícil acertar para onde vai o câmbio, esta é a forma mais conservadora de se planejar.
Além disso, do ponto de vista dos investimentos, é sempre interessante manter uma pequena parte da sua carteira em dólar ou fundos cambiais, de forma a ganhar com esses choques de alta e proteger seu patrimônio como um todo.
*Com Estadão Conteúdo.