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Victor Aguiar

Victor Aguiar

Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.

Novo recorde

É um pássaro? Um avião? Não, é o dólar a R$ 4,21

Pressionado por fatores locais e pelo exterior, o dólar à vista passou boa parte do dia em alta e, com isso, chegou a uma nova máxima de encerramento, em termos nominais

Victor Aguiar
Victor Aguiar
25 de novembro de 2019
18:37 - atualizado às 18:41
Dólar em alta
Imagem: Shutterstock

O dólar à vista andava meio esquecido. Veja bem: não é que as cotações da moeda americana não despertassem nenhuma atenção — pelo contrário, a divisa é alvo de discussões acaloradas nas redes sociais. Mas, perto do rali recente do Ibovespa, o dólar ficou em segundo plano, apresentando apenas leves baixas.

Essa situação mudou nesta segunda-feira (25). Como quem não quer nada, a moeda americana começou a subir ainda durante a manhã. E, de passo em passo, foi buscando as máximas: chegou a R$ 4,20, passou ao nível de R$ 4,221 e, por um breve instante, tocou os R$ 4,22.

Ao fim do dia, o dólar se afastou do pico de tensão, mas, ainda assim, terminou a sessão cotado a R$ 4,2145, com um ganho de 0,52%. É uma nova máxima de fechamento, em termos nominais — o recorde anterior era de R$ 4,2055, registrado no último dia 18.

O mercado doméstico de câmbio acompanhou o tom visto no exterior: lá fora, o dólar ganhou terreno tanto em relação às moedas fortes quanto aos ativos de países emergentes. O índice DXY, que compara o dólar a uma cesta com as principais moedas do mundo, subiu 0,04%, indicando um fortalecimento em relação aos seus pares.

E, em relação às divisas de países emergentes, o dólar subiu em relação ao real, ao peso mexicano, o rublo russo, o rand sul-africano, o peso colombiano e a lira turca — as exceções foram as moedas do Chile e da Argentina, que passaram por fortes desvalorizações recentes.

O que explica essa nova alta do dólar? Lá fora, a percepção de alívio na guerra comercial fez os investidores aumentarem a exposição ao risco nas bolsas, mas não foi capaz de fazer o mesmo no câmbio. É uma estratégia que vem sendo usada com frequência: o dólar é usado como proteção, caso a aposta em ações dê errado.

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Só que o desempenho do real foi pior que o das demais divisas de países emergentes — e isso porque, em termos domésticos, também havia elementos que traziam cautela aos agentes financeiros. Por aqui, houve alguma frustração com os dados do setor externo brasileiro em outubro: um déficit em conta corrente de US$ 7,86 bilhões no mês.

"Há certa escassez de recursos no Brasil, o fluxo de ingresso diminuiu bastante", diz Ricardo Gomes Filho, operador da corretora Correparti. "Por outro lado, há remessas de empresas ao exterior, com filiais mandando recursos às matrizes no fim de ano".

Em meio a esse desequilíbrio, nem mesmo o leilão de linha — ou seja, a venda de dólares com compromisso de recompra pelo Banco Central (BC) — no montante de US$ 1,5 bilhão foi capaz de trazer alívio ao mercado de câmbio.

Gomes Filho ainda pondera que o atual movimento do dólar não dá indícios de disfuncionalidade nas operações, uma vez que esse aumento nas remessas ao exterior é sazonal. Assim, ele acredita que o BC não se sinta tão pressionado a atuar de maneira mais firme no câmbio — no passado, as ações da instituição ocorreram para combater ataques especulativos à moeda ou outras distorções.

Indo na contramão

A segunda-feira foi marcada por um clima de otimismo nas bolsas globais: os mercados acionários dos Estados Unidos, da Europa e da Ásia fecharam em alta. Só que, por aqui, o Ibovespa não conseguiu se juntar à festa.

Após chegar a subir 0,20% na abertura e tocar os 108.914,73 pontos, o Ibovespa perdeu força e terminou o pregão aos 108.423,93 pontos, em baixa de 0,25%. Uma queda não tão expressiva, é verdade — mas também é fato que ficamos na contramão do resto do mundo, que subiu em bloco.

Veja as bolsas americanas, por exemplo: o Dow Jones avançou 0,63%, o S&P 500 teve ganho de 0,67% e o Nasdaq terminou em alta de 1,15% — os três índices renovaram suas máximas de fechamento . Na Europa e na Ásia, o tom foi igualmente positivo, com as principais praças acionárias aparecendo no azul.

Todo esse otimismo no exterior se deve às esperanças renovadas no front da guerra comercial entre EUA e China. Autoridades chinesas disseram esperar que o acordo entre as potências tenha como base o "respeito mútuo", afirmando que o país segue disposto a fechar um acerto preliminar.

Por mais que a assinatura dessa primeira fase do acordo ainda neste mês pareça improvável, há a perspectiva de que, ao menos, a nova rodada de tarifas impostas pelo governo americano às importações chinesas – prevista para começar no meio de dezembro – seja adiada.

E a expectativa foi reforçada pela notícia de que a China pretende elevar as punições sobre violações de propriedade intelectual, uma das principais demandas dos EUA nas negociações. Essa informação deu forças aos ativos globais, provocando um alívio generalizado nas bolsas.

Mas, então, por que o Ibovespa não conseguiu pegar carona no otimismo global? Bem, é importante ressaltar que o índice brasileiro vinha de uma sequência bastante positiva, com altas de mais de 1% em dois dias consecutivos — ao fim da semana passada, o índice acumulou ganhos de 2%.

Assim, por mais que o tom no exterior fosse de tranquilidade e otimismo, o recente rali na bolsa brasileira fez com que os ativos domésticos exibissem pouco fôlego nesta segunda-feira. No entanto, por mais que o índice não tenha acompanhado os ganhos vistos lá fora, ele também não cedeu a um movimento mais amplo de realização de lucros.

Juros em alta

Com a pressão no dólar à vista, as curvas de juros também fecharam em nesta segunda-feira, dando continuidade ao movimento de ajustes positivos vistos desde a semana passada. Veja abaixo como estão os principais DIs neste momento:

  • Janeiro/2021: alta de 4,64% para 4,65%;
  • Janeiro/2023: avanço de 5,88% para 5,94%;
  • Janeiro/2025: ganho de 6,45% para 6,54%;
  • Janeiro/2027: subida de 6,77% para 6,85%.

Carne forte

Ações do setor de frigoríficos — como JBS, BRF e Marfrig — apareceram entre os destaques positivos do Ibovespa nesta segunda-feira, sustentadas pelo noticiário referente à China, importante consumidor dos produtos dessas empresas.

Os papéis ON da JBS (JBSS3) dispararam 9,61% e tiveram o melhor desempenho do índice, seguidos por BRF ON (BRFS3) e Marfrig ON (MRFG3), com ganhos de 5,93% e 5,33%, respectivamente.

O mercado reagiu bem aos dados de importação de carne pela China, em meio ao surto de febre suína que atinge o país. As compras de carne de porco totalizaram 177,4 mil toneladas em outubro, mais que o dobro da quantia importada no mesmo mês de 2018.

A demanda chinesa por carne bovina também aumentou: foi de 92,4 mil toneladas em outubro de 2018 para 150,8 mil toneladas em igual período de 2019, uma elevação de 63,2%. As importações de carnes de cabra, ovelha e frango também aumentaram.

Como é sabido, o aumento nas compras de carne pela China, de modo a mitigar os impactos do surto de febre suína, interessa especialmente aos frigoríficos brasileiros, que têm exportado cada vez mais ao mercado chinês. Desde o início do ano, por exemplo, as ações da JBS acumulam ganhos de mais de 125%, baseadas nessa premissa.

Alta chinesa

Quem também teve uma sessão positiva foi o setor de mineração e siderurgia, com Vale ON (VALE3) em alta de 1,66%, CSN ON (CSNA3) subindo 2,07%, Gerdau PN (GGBR4) avançando 0,66% e Usiminas PNA (USIM5) com ganho de 2,19%.

Há três fatores que atuaram em conjunto para impulsionar esses papéis. Por um lado, a perspectiva de fechamento de algum tipo de acerto comercial entre EUA e China — seja através de um acordo preliminar ou por meio do adiamento de novas tarifas de importação — elevou a esperança de fortalecimento da economia chinesa.

Qualquer notícia que traga implicações quanto ao ritmo da atividade na China é importante para as mineradoras e siderúrgicas porque o gigante asiático é o principal consumidor mundial de minério de ferro e aço. Assim, uma economia chinesa forte é sinônimo de aumento na demanda por esses produtos.

Além disso, as próprias cotações do minério de ferro têm subido de maneira relativamente constante. Hoje, a commodity fechou em alta de 3,22% no porto chinês de Qingdao, a US$ 90,92 a tonelada.

Por fim, após a Gerdau anunciar aumentos nos preços do aço longo em janeiro, o mercado agora espera que a CSN e a Usiminas sigam o mesmo caminho — e essa expectativa deu forças aos papéis das duas empresas.

Bancos e Petrobras caem

Se os papéis mencionados acima tiveram um desempenho tão bom, por que o Ibovespa ficou no campo negativo nesta segunda-feira? A resposta está nas demais blue chips — as ações de grande liquidez e peso relativo na composição do índice — que operam em queda.

É o caso do setor bancário, com Itaú Unibanco PN (ITUB4) em baixa de 1,43%, Bradesco PN (BBDC4), com perda de 0,50%, Banco do Brasil ON (BBAS3), em queda de 0,81%, as units do Santander Brasil (SANB11), recuando 1,64% e as units do BRG Pactual (BPAC11) desvalorizando 2,02%.

Os ativos da Petrobras também caíram, tanto os PNs (PETR4) quanto os ONs (PETR3), com desvalorizações de 0,83% e 0,62%, respectivamente, cedendo a um movimento de realização de lucros após os ganhos registrados na semana passada.

Top 5

Veja quais foram os cinco ativos de melhor desempenho do Ibovespa nesta segunda-feira:

  • JBS ON (JBSS3): +9,61%
  • BRF ON (BRFS3): +5,93%
  • Marfrig ON (MRFG3): +5,33%
  • Qualicorp ON (QUAL3): +4,05%
  • Cielo ON (CIEL3): +3,85%

No lado oposto, saiba quais foram as cinco maiores baixas do índice:

  • B3 ON (B3SA3): -3,48%
  • Magazine Luiza ON (MGLU3): -2,62%
  • Itaúsa PN (ITSA4): -2,41%
  • Ultrapar ON (UGPA3): -2,25%
  • BTG Pactual unit (BPAC11): -2,02%

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