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Eduardo Campos

Eduardo Campos

Jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo e Master In Business Economics (Ceabe) pela FGV. Cobre mercado financeiro desde 2003, com passagens pelo InvestNews/Gazeta Mercantil e Valor Econômico cobrindo mercados de juros, câmbio e bolsa de valores. Há 6 anos em Brasília, cobre Banco Central e Ministério da Fazenda.

Bom sinal

Estrangeiro volta a comprar dívida pública brasileira

No trimestre compra líquida foi de R$ 42,5 bilhões, com estoque indo a R$ 460 bilhões. Para o Tesouro, movimento capta otimismo com reformas

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Imagem: Shutterstock

Mesmo que de forma tímida o estrangeiro segue ampliando sua participação na dívida pública brasileira. Agora em março, o estoque foi a R$ 460,88 bilhões, maior volume nominal desde junho de 2016.

No trimestre, a compra líquida soma R$ 42,5 bilhões, depois de fechar 2018 com aquisição de apenas R$ 2,08 bilhões. No primeiro trimestre do ano passado ocorreu modesta saída de R$ 1,16 bilhão. As cifras não animam, mas olhando em perspectiva, 2017 fechou com redução de R$ 11,50 bilhões, depois dos R$ 70 bilhões retirados em 2016.

Segundo o coordenador-geral de Operações da Dívida Pública do Tesouro Nacional, Luis Felipe Vital, a expectativa é de que um fluxo "positivo e constante" ocorra após a aprovação da agenda de reformas, em especial a reforma da Previdência.

Para Vital, esse movimento inicial de compra se dá muito pelo otimismo com a possibilidade de aprovação da reforma.

As compras do não residente se concentram em papéis prefixados, com prazos superiores a cinco anos.

Em termos percentuais, o gringo responde por 12,2% da Dívida Pública Mobiliária Federal Interna (DPMFI), que subiu 0,87% em março, para R$ 3,764 trilhões. Entre 2014 e 2015, a participação rondava os 20%, mas a perda do grau de investimento mudou o padrão.

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Os maiores financiadores da dívida brasileira são os fundos de investimentos, carregando R$ 1,025 trilhão, ou 27,24%, posição que está consolidada desde o fim de 2017. Na sequência temos as instituições de Previdência, com R$ 908 bilhões, ou 24,15%, e, por fim, os bancos, com R$ 840 bilhões, ou 22,33%.

Ambiente em março

Segundo Vital, o mês de março foi marcado por um cenário externo mais negativo, com preocupações com crescimento global e isso pesou no mercado. “A percepção de risco de emergentes foi negativa”, disse.

Agora em abril, explicou Vital, observamos dados econômicos mais positivos sobre atividade na China e Estados Unidos, que acabam reduzindo a preocupação com crescimento global. “Observamos queda na percepção de risco para emergentes.”

No ambiente interno, Vital lembrou que o mês começou com pouco mais de incerteza, mas elas se dissiparam como o encaminhamento da reforma pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), resultando em redução de volatilidade e do patamar das taxas de juros.

Carregando a montanha

O Tesouro também atualiza mensalmente o custo de carregar esses trilhões de dívida. O custo médio acumulado em 12 meses foi de 9,36% em março, avançando de 9,32% em fevereiro.

Essa alta capta o aumento da inflação, que foi maior em março desde ano em comparação com março do ano passado. Esse movimento deve continuar a acontecer, já que a expectativa é de que tenhamos alguns meses de inflação maior no comparativo anual.

A inflação é um dos principais indexadores da dívida pública, assim como a taxa Selic. Então, quanto maior a inflação e maior o juro, mais “cara” a dívida brasileira. Para dar uma ideia, o custo da dívida chegou a ultrapassar 16% no fim de 2015 e começo de 2016. Aqui as taxas de juros reais também importam.

Já o custo médio de emissão em mercado caiu pelo 30º mês consecutivo e marcou 7,27% no mês passado, menor valor da série histórica iniciada em 2010. O custo de emitir uma NTN-B fechou o mês em 9,36%, acima dos 8,88% de fevereiro. Para dar um parâmetro, no fim de 2015 esse custo passava dos 17%.

Tesouro custo emissão

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