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Olivia Bulla

Olivia Bulla

Olívia Bulla é jornalista, formada pela PUC Minas, e especialista em mercado financeiro e Economia, com mais de 10 anos de experiência e longa passagem pela Agência Estado/Broadcast. É mestre em Comunicação pela ECA-USP e tem conhecimento avançado em mandarim (chinês simplificado).

A Bula do Mercado

China reforça temor de desaceleração global

Olivia Bulla
Olivia Bulla
14 de janeiro de 2019
5:44 - atualizado às 10:22
Dados da balança comercial chinesa reacendem temor de desaceleração da economia mundial, elevando preocupações com a guerra comercial

Os riscos à economia global, relacionados à guerra comercial e à paralisação do governo norte-americano, ainda persistem, sedimentando a postura defensiva dos investidores. O mercado financeiro inicia a semana no vermelho, após dados fracos da balança comercial chinesa em dezembro, enquanto o shutdown quebra recorde e entra no 24º dia. Por aqui, Paulo Guedes entrega a reforma da Previdência.

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As exportações e as importações chinesas caíram em dezembro, em -4,4% e -7,6%, em termos dolarizados, no pior resultado desde 2016 e contrariando a previsão de altas de 3% e 5%. Ainda assim, o superávit comercial da China alcançou US$ 57,06 bilhões no mês passado, praticamente dentro do esperado. Já no acumulado de 2018, o saldo ficou positivo em US$ 351,8 bilhões, com alta de 9,9% das vendas externas e de +15,8% das compras feitas no exterior, também em dólares.

Apenas com os Estados Unidos, o superávit da balança comercial chinesa subiu e registrou um novo recorde em 2018, a US$ 323,32 bilhões, de US$ 275,8 bilhões em 2017, em meio à batalha tarifária de Washington. No ano passado, as exportações chinesas para a América avançaram 11,3%, em termos dolarizados, enquanto as importações cresceram apenas 0,7%.

Os números mostram que as exportações chinesas já refletem o impacto do aumento das tarifas para a venda de produtos aos EUA, sendo que as encomendas norte-americana devem cair drasticamente. Já as importações ajudam a estimar o ritmo de desaceleração da atividade local, elevado a pressão sobre Pequim para resolver a disputa tarifária.

Por isso, é grande a expectativa de desfecho da guerra comercial, evitando maiores abalos na economia. Com a reputação pessoal dos presidentes Donald Trump e Xi Jinping na linha de frente, o mercado financeiro ainda aposta que será alcançado um acordo após o fim do prazo da trégua tarifária, em 1º de março. Mas não se espera uma flexibilização das tarifas já adotadas.

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Em reação aos números chineses, as principais bolsas da Ásia fecharam em queda, com as perdas lideradas por Hong Kong (-1,6%), enquanto Tóquio permanece fechada por causa de um feriado. Os índices futuros das bolsas de Nova York e na Europa também apontam para uma abertura no vermelho, sendo que Wall Street aguarda o início da temporada de balanços, hoje, com o Citigroup.

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Nos demais mercados, a preocupação com o crescimento econômico global pesa nas commodities e moedas correlacionadas. O dólar australiano é destaque de baixa, enquanto o barril do petróleo tipo WTI segue na faixa de US$ 50, mas o Brent já caiu abaixo da marca de US$ 60. Destaque ainda para a libra esterlina, antes de uma votação-chave no Reino Unido sobre a saída da União Europeia, amanhã.

Shutdown também é risco

Mas a disputa entre Washington e Pequim é apenas um dos riscos. Outro fator importante, que pode afetar diretamente o desempenho da economia norte-americana, é a paralisação federal em curso. O chamado shutdown ultrapassou no sábado o recorde registrado durante o primeiro mandato do governo Clinton, freando a cada dia a expansão dos EUA.

E ainda não há sinais de desfecho. O maior problema da queda de braço entre democratas e a Casa Branca sobre a verba para a construção de um muro na fronteira com o México é que a interrupção das atividades do governo dos EUA está nublando o cenário sobre a economia do país.

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Com o shutdown superando o período de 21 dias na virada de 1995 para 1996, é cada vez menos provável que os números do PIB dos EUA no quarto trimestre de 2018 sejam divulgados dentro do prazo. Vai ser difícil, então, para o Fed manter a estratégia de dependência dos dados (data dependent) quando não se conhece boa parte deles.

Apesar de o Fed ter usado a palavra mágica, dizendo que é preciso ter “paciência” na processo de alta dos juros dos EUA, houve dúvida quanto à mensagem referente à redução do balanço de ativos para “níveis normais”. Afinal, o Fed está falando de retirar do sistema financeiro grande parte de US$ 3,9 trilhões em recursos.

Daí então que a pergunta que fica é: quão paciente o Fed será? Ao que tudo indica, vai depender da resposta do mercado financeiro e da atividade econômica para que o Banco Central norte-americano decida agir. Por ora, o aumento gradual dos juros nos Estados Unidos parece estar em suspense.

Problemas domésticos

Da mesma forma, no Brasil, o cenário benigno da inflação e o dólar comportado ainda não parecem capaz de impedir um início do ciclo de alta dos juros básicos antes do fim de 2019, apesar da lentidão na recuperação econômica. Afinal, a manutenção desse ambiente benéfico está sujeito à aprovação das reformas.

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Daí que o mercado financeiro espera por sinais de avanço do provável ajuste fiscal. A equipe econômica deve apresentar nos próximos dias ao presidente Bolsonaro uma proposta de reforma da Previdência profunda. Entre as mudanças, estariam o chamado regime de capitalização, a definição de uma idade mínima para se aposentar e um período de transição mais curto.

Mas é no apoio político às medidas que os investidores estarão atentos. As movimentações de PSB e do PP em torno da eleição para a presidência na Câmara dos Deputados acendeu o sinal de alerta no Palácio do Planalto e no atual mandatário, Rodrigo Maia. O partido socialista articula um amplo bloco de centro-esquerda para a disputa, contando com o apoio de PDT e PCdoB.

Correndo por fora, estaria o ex-ministro da Saúde no governo Temer Ricardo Barros, do PP, que estaria disposto a entrar em campo para conter o avanço de Maia. O PP articula com o MDB um bloco contra o candidato do DEM à reeleição. Aos olhos dos investidores, Maia é mais favorável à agenda de reformas do governo.

E os negócios locais precisam de novos ingredientes para voltar a ganhar tração, após os sinais de cansaço exibidos ao final da semana passada. Muitos investidores passaram a se perguntar se a arrancada da Bolsa não teria sido “exagerada”, ao passo que o dólar mostrou resistência para furar a barreira de R$ 3,70.

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Assim, para a continuação da tendência positiva nos ativos de risco brasileiros, é necessário algo mais concreto. E é nisso que os investidores estarão de olho.

Atividade em destaque na semana

Dados de atividade no Brasil e no exterior concentram a agenda econômica desta semana. Por aqui, os resultados das vendas do varejo e do setor de serviços em novembro, amanhã e quarta-feira, respectivamente, ajudam a traçar o diagnóstico da atividade doméstica (PIB) ao final do ano passado.

Aliás, o índice de atividade econômica do Banco Central (IBC-Br), tido como uma prévia do PIB, deve ser conhecido no dia seguinte, na quinta-feira. Antes, também na quarta-feira, sai o primeiro IGP deste mês, o IGP-10. Hoje, tem as tradicionais publicações do dia: pesquisa Focus (8h25) e balança comercial semanal (15h).

Já no exterior as atenções se voltam para o desempenho da indústria na zona do euro, hoje, e nos EUA, na sexta-feira. No mesmo dia, deve sair a confiança do consumidor norte-americano. Antes, na quarta-feira, é esperado o desempenho do comércio varejista no país e, no dia seguinte, saem dados do setor imobiliário.

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Amanhã, é a vez da inflação ao produtor (PPI). É bom lembrar que a paralisação do governo tem afetado a divulgação de diversos indicadores econômicos dos EUA e muitas dessas publicações devem seguir suspensas.

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