A batalha no mercado de maquininhas de cartão deixou marcas no Bradesco, controlador da Cielo ao lado do Banco do Brasil. A contribuição da empresa nos resultados do banco caiu a menos da metade.
No primeiro trimestre deste ano, a Cielo foi responsável por 2,64% do resultado do banco, contra 6% mesmo período do ano passado, segundo Leandro Miranda, diretor de relações com investidores do Bradesco.
"O pior impacto financeiro já passou e daqui a pouco só teremos 'upside' [alta]", afirmou, em teleconferência com a imprensa.
A Cielo registrou lucro líquido de R$ 548,5 milhões nos três primeiros meses do ano, uma queda de 40,4% e abaixo das projeções do mercado.
Líder no mercado de maquininhas, a empresa controlada por Bradesco e BB vem sofrendo com a pressão da concorrência.
Após o balanço, a Cielo anunciou uma nova ofensiva para vai oferecer pagamentos instantâneos das vendas realizadas realizadas no débito e no crédito e vai devolver o valor pago na compra das maquininhas aos lojistas que venderem pelo menos R$ 1,6 mil no crédito ou R$ 4 mil no débito por três meses.
Desde o ano passado o Bradesco começou a oferecer em sua rede maquininhas da Cielo "envelopadas" com o logotipo do banco, as "Bradesquinhas". No primeiro trimestre, o número de terminais distribuídos pelo banco somavam 452 mil.