🔴 META: ‘CAÇAR’ AS CRIPTOMOEDAS MAIS PROMISSORAS DO MERCADO DE FORMA AUTOMÁTICA – SAIBA COMO

129 anos em poucos meses: por mares nunca dantes navegados

Se eu dissesse que há um fenômeno do tipo “50 anos em 5” ocorrendo na Bolsa brasileira neste momento, você me tomaria por exagerado? E se fossem 129 anos em 5? Aí já seria demais, certo?

7 de maio de 2019
10:58 - atualizado às 9:51
Sede da B3 em São Paulo
Sede da B3 em São Paulo - Imagem: Shutterstock

Se eu dissesse que há um fenômeno do tipo “50 anos em 5” ocorrendo na Bolsa brasileira neste momento, você me tomaria por exagerado? E se fossem 129 anos em 5? Aí já seria demais, certo?

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Confesso que, a exemplo de Kafka, até me inclino a certos exageros. Não me proponho a comparações, claro. Entre mim e o autor, talvez haja como paralelo apenas a imagem de uma figura paterna “demasiado forte para mim”.

A questão, porém, é que não há exagero algum aqui. Devemos bater a marca de 1 milhão de pessoas físicas na B3 por estes dias, se é que já não o fizemos. O último dado que vi se refere ao fechado de março, com 983 mil CPFs. Isso se compara aos 710 mil do final de 2018.

Deixe-me recuperar um pouco de história aqui. A criação da Bovespa remete a 1890, a partir da chamada Bolsa Livre. Esse me parece o marco original da genealogia da B3 — está lá no próprio Formulário de Referência. A Crise do Encilhamento, que você estudou na escola como a primeira bolha especulativa brasileira (referência imagética à metáfora da ganância e dos movimentos especulativos ligados às supostas oportunidades que poderiam ser descritas pela frase “cavalo encilhado não passa duas vezes”), tem seu estouro em 1891, com repercussões decisivas sobre o funcionamento da Bolsa Livre. Após quatro anos, o mercado de capitais voltaria a ter seu desenvolvimento concentrado na Bolsa de Fundos Públicos de São Paulo.

Pessoa Física

Cara, então pensa o seguinte: essa brincadeira começou 129 anos atrás. Passamos de 1890 a 2018 para levar 710 mil pessoas à Bolsa. E, em apenas quatro meses, foram adicionados 300 mil CPFs à B3.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Agora, os doutores da Faria Lima (ou seriam da XV de Novembro?) vão calçar suas meias-calças brancas e seus sapatos de salto alto pretos, vestir suas longas perucas e caprichar no blush no rosto para uma oportuna reunião em palacetes acarpetados para discutir as razões por trás do “crescimento exponencial da participação da pessoa física no mercado brasileiro”. Servidos por um mordomo de smoking num banquete nababesco, lá vão apontar o juro baixo, a potencial esperança com um novo governo, o desenvolvimento das plataformas de investimento e, claro, a boa colheita dos esforços feitos pela própria B3 para fomentar a atração da pessoa física para dentro de seu ambiente — sem culpa alguma aqui: o narcisismo sempre nos atribui um poder maior do que realmente temos; ninguém escapa, das pessoas às Bolsas.

Leia Também

Talvez alguns mais moderninhos, que se recusam a vestir a alta-costura de Luís XIV, possam apontar alguma atuação de influenciadores digitais e redatores de newsletters. Nonada. Entre o Rei Sol e Groucho Marx, fico com o segundo, disparado: me recuso a fazer parte de um clube que me aceita como sócio.

É evidente meu entusiasmo com a crescente participação da pessoa física na B3. Primeiro, porque se alinha a um objetivo empresarial. A Empiricus foi criada para levar ao investidor individual indicações para aplicar seu dinheiro tão boas ou melhores do que aquelas anteriormente restritas aos profissionais e multimilionários, sem os conflitos de interesse da indústria financeira tradicional. Há uma certa endogeneidade e alguma dialética entre nossos desenvolvimentos — guardadas as devidas e enormes proporções, claro; sei da minha insignificância cósmica.

Mas não é só isso. Ver a pessoa física participando ativamente do mercado de capitais era (e ainda é) um motivo de alegria pessoal. Certo ou errado, sempre acreditei que ela podia fazer até mais do que o investidor profissional, que, por vezes, vira um transatlântico e não pode mais competir com lanchas que se movem mais rápido — experimente apresentar uma belíssima tese de uma microcap para um gestor de um gigante fundo multimercado; não vale a pena nem o tempo de ele estudar aquilo. Fora isso, o investidor pessoa física não tem cota para publicar e ser pressionado pelo alocador a cada flutuação que o afasta da marca d’água (e representa menores chances de rebate de performance para o alocador, claro), tampouco precisa se preocupar mais com sua reputação do que com seu portfólio — o fim de um investidor é quando seu ego e sua reputação retiram-no da rota do que é realmente bom para sua carteira. Tio Ricco oferece sabedoria interessante aqui: “Muito risco, pouco ego”.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Crescimento desordenado

Ao mesmo tempo, porém, confesso certa preocupação. Crescimentos desordenados costumam ser… desordenados. Essas 300 mil pessoas sabem o que estão comprando? Ou será que foram atraídas apenas pela alta do Ibovespa e do Ifix nos últimos dois anos?

Eu, sinceramente, não tenho nada contra a ganância. Não se trata de ser algo bom, como definiu Gordon Gekko. Mas também não é algo ruim. Apenas é a natureza humana. Se nossa visão idealizada do ser humano não corresponde à realidade, a culpa não pode ser da realidade. Essa daí é o que é. E não vai mudar para satisfazer nossas preferências individuais.

Também não tenho pretensões de virar do avesso o viés cognitivo ligado ao “fear of missing out”, a tendência que temos a correr riscos excessivos com medo de não participar da festa.

Expectativas

Minha desconfiança apenas é de que as pessoas tenham sido atraídas por uma expectativa de retorno, derivada do comportamento dos benchmarks desde 2016, que provavelmente não vai se repetir agora. A maior peça de marketing do mercado editorial brasileiro sobre investimentos não foi produzida pela Empiricus. Ela foi feita na voz passiva, em linguagem nada moderada e comedida por meio da alta do Ibovespa dos 40 mil para os 95 mil pontos. Com o vizinho multiplicando o capital por três em três anos, todos também querem participar da brincadeira. Quem insiste mesmo em ser exagerada é a realidade, sempre muito mais estranha do que a ficção.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

E quem tem sido a interlocução principal dos entrantes em B3? Os agentes autônomos, que, motivados pelo interesse em embolsar gordos rebates de taxas de performance ou mesmo alguma boa cifra em corretagem, muitas vezes não dão ao investidor a devida informação sobre o que ele realmente está comprando.

Com todos órfãos das LCIs e LCAs, agora adentram um ambiente de volatilidade, para o qual muitas vezes não estão preparados ou então sobre o qual não foram adequadamente informados.

Receios

Alternativamente, outros receosos da imagem absurda e culpógena de um grande cassino fogem do sobe e desce das ações para se esconder em crédito ou em fundos multimercados de baixa volatilidade.

No primeiro caso, confundem volatilidade com risco e apostam dólares para ganhar centavos. Atrás de raspas e restos, migalhas sobre o CDI, incorrem num monte de risco escondido, sem saber que o spread de crédito no Brasil não compensa, e se há uma bolha hoje no país é justamente nesse nicho. Fuja de crédito no Brasil hoje. Quem há pouco tempo captava em torno de 170 por cento do CDI hoje o faz perto de 110. Não precisa ir muito longe: veja o que acaba de acontecer com Localiza. A propósito: os fees de estruturação e distribuição precisam ser revistos num ambiente de juro muito mais baixo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Já nos multimercados de baixa vol, você paga 2 por cento de administração para o gestor, mais 20 por cento de performance sobre o que exceder o benchmark, para ele entregar 105 por cento do CDI? Faz algum sentido isso? Calcule quanto do resultado você está deixando para o gestor e quanto ele está levando de você. Fuja de multimercados de baixa volatilidade.

Por fim, se você está chegando agora, lembre-se de que 10 por cento ao ano representa 154 por cento do CDI.

Como diria Woody Allen, “a realidade é dura, mas ainda é o único lugar onde se pode comer um bom bife”.

Mercados

Mercados iniciam a terça-feira dando continuidade ao clima negativo da véspera, embora variações sejam mais modestas hoje. Confirmação de aumento de tarifas impostas pelos EUA às importações chinesas voltam a pesar. Por aqui, investidores dividem-se entre chiliques públicos de militares e olavetes, além de monitorar a primeira reunião ordinária da Comissão Especial da PEC da Previdência.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Agenda traz dados da Anfavea, que podem balizar mais uma vez o pulso da atividade econômica, além de balanço da Ambev (já publicado) e da Petrobras (à noite). Nos EUA, atenção para relatório Jolts sobre emprego.

Ibovespa Futuro cai 0,15 por cento, dólar e juros futuros estão perto da estabilidade.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
LOCATÁRIOS DE PESO

Fundo imobiliário GARE11 vende 10 imóveis, locados ao Grupo Mateus (GMAT3) e ao Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), por R$ 485 milhões

3 de novembro de 2025 - 14:15

A venda envolve propriedades locadas ao Grupo Mateus (GMAT3) e ao Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), que pertenciam ao FII Artemis 2022

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Ibovespa atinge marca inédita ao fechar acima dos 150 mil pontos; dólar cai a R$ 5,3574

3 de novembro de 2025 - 11:53

Na expectativa pela decisão do Copom, o principal índice de ações da B3 segue avançando, com potencial de chegar aos 170 mil pontos, segundo a XP

PARA FECHAR COM CHAVE DE OURO

A última dança de Warren Buffett: ‘Oráculo de Omaha’ vai deixar a Berkshire Hathaway com caixa em nível recorde

1 de novembro de 2025 - 13:08

Lucro operacional da Berkshire Hathaway saltou 34% em relação ao ano anterior; Warren Buffett se absteve de recomprar ações do conglomerado.

A SEMANA DOS MERCADOS

Ibovespa alcança o 5º recorde seguido, fecha na marca histórica de 149 mil pontos e acumula ganho de 2,26% no mês; dólar cai a R$ 5,3803

31 de outubro de 2025 - 18:15

O combo de juros menores nos EUA e bons desempenhos trimestrais das empresas pavimenta o caminho para o principal índice da bolsa brasileira superar os 150 mil pontos até o final do ano, como apontam as previsões

REAÇÃO AOS RESULTADOS

Maior queda do Ibovespa: o que explica as ações da Marcopolo (POMO4) terem desabado após o balanço do terceiro trimestre?

31 de outubro de 2025 - 12:20

As ações POMO4 terminaram o dia com a maior queda do Ibovespa depois de um balanço que mostrou linhas abaixo do que os analistas esperavam; veja os destaques

DINHEIRO EXTRA

A ‘brecha’ que pode gerar uma onda de dividendos extras aos acionistas destas 20 empresas, segundo o BTG

30 de outubro de 2025 - 16:24

Com a iminência da aprovação do projeto de lei que taxa os dividendos, o BTG listou 20 empresas que podem antecipar pagamentos extraordinários para ‘fugir’ da nova regra

REAÇÃO AO RESULTADO

Faltou brilho? Bradesco (BBDC4) lucra mais no 3T25, mas ações tombam: por que o mercado não se animou com o balanço

30 de outubro de 2025 - 8:56

Mesmo com alta no lucro e na rentabilidade, o Bradesco viu as ações caírem no exterior após o 3T25. Analistas explicam o que pesou sobre o resultado e o que esperar daqui pra frente.

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Montanha-russa da bolsa: a frase de Powell que derrubou Wall Street, freou o Ibovespa após marca histórica e fortaleceu o dólar

29 de outubro de 2025 - 17:19

O banco central norte-americano cortou os juros pela segunda vez neste ano mesmo diante da ausência de dados econômicos — o problema foi o que Powell disse depois da decisão

VALE MAIS QUE DINHEIRO

Ouro ainda pode voltar para as máximas: como levar parte desse ganho no bolso

29 de outubro de 2025 - 14:35

Um dos investimentos que mais renderam neste ano é também um dos mais antigos. Mas as formas de investir nele são modernas e vão de contratos futuros a ETFs

O RALI NÃO ACABOU

Ibovespa aos 155 mil pontos? JP Morgan vê três motores para uma nova arrancada da bolsa brasileira em 2025

29 de outubro de 2025 - 13:32

De 10 de outubro até agora, o índice já acumula alta de 5%. No ano, o Ibovespa tem valorização de quase 24%

REAÇÃO AO RESULTADO

Santander Brasil (SANB11) bate expectativa de lucro e rentabilidade, mas analistas ainda tecem críticas ao balanço do 3T25. O que desagradou o mercado?

29 de outubro de 2025 - 10:38

Resultado surpreendeu, mas mercado ainda vê preocupações no horizonte. É hora de comprar as ações SANB11?

NA GANGORRA

Ouro tomba depois de máxima, mas ainda não é hora de vender tudo: preço pode voltar a subir

29 de outubro de 2025 - 6:05

Bancos centrais globais devem continuar comprando ouro para se descolar do dólar, diz estudo; analistas comentam as melhores formas de investir no metal

FECHAMENTO DOS MERCADOS

IA nas bolsas: S&P 500 cruza a marca de 6.900 pontos pela 1ª vez e leva o Ibovespa ao recorde; dólar cai a R$ 5,3597

28 de outubro de 2025 - 17:25

Os ganhos em Nova York foram liderados pela Nvidia, que subiu 4,98% e atingiu uma nova máxima. Por aqui, MBRF e Vale ajudaram o Ibovespa a sustentar a alta.

GIGANTE LOGÍSTICO

‘Pacman dos FIIs’ ataca novamente: GGRC11 abocanha novo imóvel e encerra a maior emissão de cotas da história do fundo

28 de outubro de 2025 - 11:23

Com a aquisição, o fundo imobiliário ultrapassa R$ 2 bilhões em patrimônio líquido e consolida-se entre os maiores fundos logísticos do país, com mais de 200 mil cotistas

OS QUERIDINHOS DOS GRINGOS

Itaú (ITUB4), BTG (BPAC11) e Nubank (ROXO34) são os bancos brasileiros favoritos dos investidores europeus, que veem vida ‘para além da eleição’

27 de outubro de 2025 - 18:43

Risco eleitoral não pesa tanto para os gringos quanto para os investidores locais; estrangeiros mantêm ‘otimismo cauteloso’ em relação a ativos da América Latina

AINDA HÁ ESPAÇO NA FESTA?

Gestor rebate alerta de bolha em IA: “valuation inflado é termo para quem quer ganhar discussão, não dinheiro”

27 de outubro de 2025 - 15:52

Durante o Summit 2025 da Bloomberg Linea, Sylvio Castro, head de Global Solutions no Itaú, contou por que ele não acredita que haja uma bolha se formando no mercado de Inteligência Artificial

BALANÇO SEMANAL

Vamos (VAMO3) lidera os ganhos do Ibovespa, enquanto Fleury (FLRY3) fica na lanterna; veja as maiores altas e quedas da semana

25 de outubro de 2025 - 16:11

Com a ajuda dos dados de inflação, o principal índice da B3 encerrou a segunda semana seguida no azul, acumulando alta de 1,93%

DE OLHO NO GRINGO

Ibovespa na China: Itaú Asset e gestora chinesa obtêm aprovação para negociar o ETF BOVV11 na bolsa de Xangai

24 de outubro de 2025 - 19:15

Parceria faz parte do programa ETF Connect, que prevê cooperação entre a B3 e as bolsas chinesas, com apoio do Ministério da Fazenda e da CVM

DEMOGRAFIA VIRANDO DINHEIRO

Envelhecimento da população da América Latina gera oportunidades na bolsa — Santander aponta empresas vencedoras e quem perde nessa

24 de outubro de 2025 - 18:56

Nova demografia tem potencial de impulsionar empresas de saúde, varejo e imóveis, mas pressiona contas públicas e produtividade

ESQUECERAM DE MIM?

Ainda vale a pena investir nos FoFs? BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos no IFIX e responde

24 de outubro de 2025 - 15:02

Em meio ao esquecimento do segmento, o analista do BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos que possuem uma perspectiva positiva

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar