Mais uma crise para preocupar os hermanos. O ministro da Fazenda da Argentina, Nicolás Dujóvne, renunciou ao seu cargo na noite deste sábado (17), ampliando as tensões do mercado internacional sobre a situação no país.
O anúncio foi feito por meio de uma carta direcionada ao presidente Mauricio Macri. O documento, divulgado pelo jornal La Nacion, aponta que o principal motivo para a demissão de Dujóvne seria a necessidade "de uma renovação significativa na área econômica". O agora ex-ministro ocupava o cargo desde janeiro de 2017.
E agora, quem entra?
O La Nacion já antecipou quem seria o substituto de Dujóvne. De acordo com a publicação, Hermán Lacunza, que ocupa o cargo de ministro da Economia da província de Buenos Aires, deve assumir a função na administração federal.
Se confirmado, Lacunza assumirá a economia de um país em profunda crise política e econômica. No último domingo, as eleições prévias apontaram para a vitória do oposicionista Alberto Fernández, e que tem a ex-presidente Cristina Kirchner como vice. A dupla conseguiu 47,66% dos votos, contra 32,08% de Macri. O mercado não gostou nada dessa mudança de comando e levou a bolsa argentina a despencar 32% na segunda-feira.
Diante das inseguranças dos investidores, Macri tentou acalmar os mercados anunciando um pacote de medidas econômicas. Entre as ações estavam o aumento do salário mínimo, o congelamento do preço da gasolina e o pagamento de bônus adicionais aos trabalhadores. Também anunciou cortes nos impostos sobre alguns alimentos.