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Eduardo Campos
Eduardo Campos
Jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo e Master In Business Economics (Ceabe) pela FGV. Cobre mercado financeiro desde 2003, com passagens pelo InvestNews/Gazeta Mercantil e Valor Econômico cobrindo mercados de juros, câmbio e bolsa de valores. Há 6 anos em Brasília, cobre Banco Central e Ministério da Fazenda.
30% mais pobre em um dia

Macri: Mercados mostram que há um problema grave de confiança entre Kirchnerismo e o mundo

Presidente da Argentina, Mauricio Macri, pediu que Alberto Fernández e Cristina Kirchner façam uma autocrítica e construam credibilidade que não têm junto à comunidade internacional

Eduardo Campos
Eduardo Campos
12 de agosto de 2019
18:01 - atualizado às 18:25
Mauricio Macro
Presidente da Argentina, Mauricio Macri - Imagem: Print Youtube

O presidente da Argentina, Mauricio Macri, concedeu uma entrevista na tarde desta segunda-feira comentado as prévias eleitorais do país, que deram ampla vantagem à candidatura de Alberto Fernández e Cristina Kirchner. Resultado que promoveu um dia muito ruim nos mercados do país, com queda de mais de 30% da bolsa e um salto semelhante na cotação do dólar.

“O maior problema é que a alternativa Kirchnerista não tem credibilidade no mundo”, disse, Macri, pedindo para que os oposicionistas façam uma autocrítica a fim de construir essa credibilidade que hoje eles não têm.

O movimento dos mercados, segundo Macri, demostra que “há um problema grave entre o Kirchnerismo e o mundo, que não confia no que eles pretendem fazer com a Argentina”. Ainda de acordo com Macri, essa falta de confiança já prejudica os argentinos hoje mesmo.

Macri disse estar disponível para ajudar os oposicionistas a fazerem essa reconquista, mas que eles terão de mostrar que farão algo distinto em comparação com as outras vezes em que comandaram o país. O marido de Cristina, Néstor governou o país de 2003 a 2007 e a própria Cristina entre 2007 a 2015.

Mensagem e pobreza

Segundo Macri, cada eleição é uma mensagem e ele entendeu a mensagem dada ontem pelos argentinos e creditou a falta de votos para sua reeleição a uma “bronca acumulada” do duro processo econômico que se iniciou com sua eleição.

De forma bastante resumida, Macri assumiu com uma agenda de reformas econômicas, mas não conseguiu gerar resultados na velocidade esperada. A inflação segue elevada, o país está em recessão e voltou a fechar acordo de ajuda com o Fundo Monetário Internacional (FMI).

Para dar uma ideia do que foi o otimismo com a eleição de Macri, a Argentina fez uma captação de títulos perpétuos em 2017 em operação que teve forte demanda. Os papéis, que eram negociados 74 centavos de dólar no fim da semana passada, caíram para cerca de 54 centavos no pregão de hoje.

“Estamos mais pobres”, disse Macri, ao comentar a forte reversão de expectativas com relação à sexta-feira, quando os mercados por lá tiveram um dia de euforia, com a avaliação de que a diferença dele para os candidatos Kirchneristas não seria tão grande.

A prévia eleitoral, no entanto, mostrou cerca de 47% dos votos para Fernández e 32% para Macri. Para muitos bancos e consultorias, a reversão desse placar até outubro é praticamente impossível.

O peso chegou a cair mais de 30% ante o dólar, com a taxa de câmbio indo a 60 pesos por dólar. Essa disparada do câmbio certamente terá novos impactos sobre a inflação, dificultando ainda mais o trabalho do BC argentino, que em meio ao caos do pregão de hoje elevou o juro em 10 pontos percentuais, para impressionantes 74%, e fez dois leilões no mercado de câmbio, totalizando US$ 100 milhões.

A preocupação do mercado é que o país decrete, novamente, uma moratória de sua dívida ou tenha de fazer reestruturação das linhas internacionais já tomadas junto ao FMI.

A entrevista pode ser encontrada nesse link.

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