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Fernando Pivetti
Fernando Pivetti
Jornalista formado pela Universidade de São Paulo (USP). Foi repórter setorista de Banco Central no Poder360, em Brasília, redator no site EXAME e colaborou com o blog de investimentos Arena do Pavini.
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FedEx bate mais na Amazon e anuncia fim de acordo para entregas terrestres

Movimento é mais um claro sinal de que a empresa quer se afastar dos negócios de Jeff Bezos em busca de parcerias mais rentáveis

Fernando Pivetti
Fernando Pivetti
7 de agosto de 2019
14:44 - atualizado às 17:00
FedEx cancela entregas com a Amazon
FedEx - Imagem: Shutterstock

Nem pelo ar, nem pela terra. A companhia de logística FedEx deu outra paulada nos negócios da Amazon nesta quarta-feira (7) ao anunciar que não vai mais realizar entregas terrestres para a gigante do comércio eletrônico. O contrato de prestação de serviços se encerra no fim deste mês.

O movimento é mais um claro sinal de que a FedEx quer se afastar dos negócios de Jeff Bezos em busca de parcerias mais rentáveis. Em junho deste ano, a companhia já havia anunciado que não renovaria o contrato que tinha com a Amazon para entregas aéreas dentro dos Estados Unidos. O acordo expirou no fim de julho.

Assim como meses atrás, os investidores tentam digerir o que significaria o fim desse relacionamento. As ações da Amazon negociadas em Nova York caíam cerca de 1% no meio da tarde enquanto os papéis da FedEx perdiam 1,5%. Os ativos são influenciados em grande parte pelo clima negativo que se instalou nas bolsas mundo afora após o acirramento das disputas comerciais entre Estados Unidos e China.

Em linhas gerais, o mercado financeiro avalia como positiva a postura da FedEx em não mais fazer entregas para a Amazon. Em junho, a agência de classificação de risco Moody's chegou a afirmar em comunicado oficial que a empresa poderá alcançar margens mais generosas dentro de sua rede Express, ampliando o atendimento para novos clientes.

E é justamente esse o intuito da diretoria da FedEx. Em seu comunicado enviado via email para a imprensa norte-americana, os executivos afirmaram que "essa mudança é consistente com nossa estratégia de focar no mercado mais amplo de comércio eletrônico (...) e o recente anúncio relacionado à nossa rede terrestre da FedEx nos posicionou muito bem para fazer".

O outro lado da moeda

O rompimento desse negócio ocorre em um momento de franca competição no setor de logística de entrega, um mercado há muito tempo dominado por FedEx e UPS e que ganhou mais emoção com a chegada da Amazon. Ambas as empresas têm lutado para lidar melhor com a gigante de comércio eletrônico, que é ao mesmo tempo um grande cliente e uma ameaça.

Apesar de não afetar as operações da Amazon ao redor do planeta, o rompimento com a FedEx dentro dos Estados Unidos deve trazer uma pressão aos negócios de Jeff Bezos. Vale lembrar que a Amazon vem trabalhando no compromisso de entregas de curtíssimo prazo e possui o objetivo de concluir pedidos em apenas um dia. Tudo isso dentro de um plano de expansão estratosférico.

Não à toa a companhia tem investido pesado em logística. Para se ter uma ideia, os gastos mundiais com frete pela Amazon cresceram cerca de quinze vezes entre 2009 e 2018. No mesmo período, as vendas líquidas aumentaram sete vezes. Entre as principais medidas estudadas estão a ampliação da empresa própria de entregas, que competirá com as atuais parceiras, e o desenvolvimento de robôs que possam levar as encomendas de forma autônoma.

E não para por aí: Bezos também planeja gastar US$ 1,5 bilhão na construção de um aeroporto nos Estados Unidos que servirá de hub para os aviões cargueiros da empresa.

Ocorre, no entanto, que o plano da Amazon pode não se transformar efetivamente em uma grande ameaça. Ainda que a empresa de Bezos tenha adquirido 70 aviões e 10 mil caminhões, os analistas de mercado estimam que faltariam cerca de US$ 122 bilhões em investimentos para que a gigante do e-commerce alcance a estrutura que a UPS e a FedEx construíram nas últimas décadas.

*Com informações da Business Insider.

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