Tesouro Direto ou Poupança: vale a pena comprar títulos públicos?
Com baixo risco e rentabilidade melhor que poupança, investimento no Tesouro Direto é mais indicado.

Tesouro Direto ou poupança? Sendo direto com você, leitor: sim, vale a pena comprar títulos públicos do Tesouro Direto. A comodidade da poupança, sem dúvidas, é hoje a única explicação plausível que tenho para ter permanecido nesse investimento até os meus 23 anos. E tenho convicção de que se você mantém seu dinheiro lá, como milhares de brasileiros, também dá essa desculpa.
O Seu Dinheiro fez um guia completo para te ajudar a compreender tudo sobre o nosso amigo TD. Com ele, você vai saber:
- O que é o Tesouro Direto
- Como investir
- Quais os tipos de títulos
- Quais os preços e a rentabilidade
- Taxas e impostos
- Lista de corretoras e bancos com taxa zero
- Como resgatar
- Vantagens X Desvantagens
Quem está com o dinheiro na poupança não sabe (ou simplesmente ignora) que o Tesouro Direto é uma alternativa com o mesmo nível de comodidade e segurança, mas uma rentabilidade maior. E há uma série de razões para os economistas recomendarem o Tesouro Direto como substituto de peso da poupança. Separei algumas delas:
- Ao comprar um título do Tesouro Direto, você “empresta” dinheiro ao Estado que, em retorno, te devolve com juros. Como o governo, numa situação extrema, tem o poder até mesmo de imprimir dinheiro, as chances de você não receber de volta o valor emprestado são mínimas (para não dizer zero).
- O prazo de resgate varia de acordo com o papel que você adquire. A maior durabilidade do papel tende a representar maiores rendimentos. Precisou pegar o dinheiro de volta? No caso do título atrelado à Selic, o Tesouro garante sua compra diariamente.
- A poupança rende menos que o Tesouro Direto. Saiba aqui quais títulos rendem mais
- A maioria das corretoras não cobram taxas para intermediar sua aplicação no Tesouro Direto, sendo que as aplicações começam em R$ 30
Melhor que a poupança?
Sim, mas já foi melhor. Isso é o que disse ao Seu Dinheiro o especialista de investimentos do Itaú, Martin Iglesias. Como esse tipo de aplicação está atrelada à inflação, há garantia de juros reais. Para se ter uma ideia, o rendimento da poupança neste ano é de 4,55% enquanto os papéis do Tesouro Direto podem render de 0,01% + Selic (hoje em 6,5%) a 10,50%. Além disso, uma forma de aumentar a rentabilidade, segundo Iglesias, é diversificar dentro do Tesouro Direto, comprando diferentes papéis.
Para te dar um exemplo prático, fiz uma simulação utilizando a ferramenta oficial do Tesouro. Vamos dizer que eu invista hoje um valor inicial de R$ 10.000 e fizesse um aporte mensal desse valor no Tesouro Selic 2023. Veja o resultado:
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Ou seja, em 01/03/2023, eu teria acumulado um valor R$ 630.386,04 que, quando descontados custos e impostos, resultaria em 608.237,52. Já a poupança me resultaria em um valor líquido R$ 598.321,65, ou seja, R$ 9.850,87 menor.
Atento na inflação e nas taxas
Em conclusão, o Tesouro é uma opção melhor que a poupança em termos de retorno. Uma ressalva é quanto ao resgate antecipado de títulos de longo prazo. Como o título terá seu valor ajustado à conjuntura no momento de venda, o investidor pode ter perdas e não garantir a rentabilidade líquida esperada.
Imposto de Renda
A incidência de imposto de renda sobre as aplicações do Tesouro ainda é uma desvantagem dessa aplicação quando comparada à poupança, que é isenta. Nessa matéria, o meu colega, Fernando Pivetti, te explica que essas transações seguem a tabela regressiva do IR, que utiliza como base os seus rendimentos e o prazo de investimento:
- 22,5% para aplicações com prazo de até 180 dias;
- 20% para aplicações com prazo de 181 dias até 360 dias;
- 17,5% para aplicações com prazo de 361 dias até 720 dias;
- 15% para aplicações com prazo acima de 720 dias.
Maiores rendimentos
Agora, se você já está pronto para aplicar no Tesouro Direto preparei uma matéria com um passo a passo.
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