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Eduardo Campos

Eduardo Campos

Jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo e Master In Business Economics (Ceabe) pela FGV. Cobre mercado financeiro desde 2003, com passagens pelo InvestNews/Gazeta Mercantil e Valor Econômico cobrindo mercados de juros, câmbio e bolsa de valores. Há 6 anos em Brasília, cobre Banco Central e Ministério da Fazenda.

Taxa de juros

Relatório de Inflação reforça estabilidade da Selic em 6,5%

Documento do Banco Central (BC) mostra inflação compatível com as metas em 2019 e 2020, volta a enfatizar necessidade de reformas e mostra importância do câmbio nas projeções

Eduardo Campos
Eduardo Campos
20 de dezembro de 2018
9:08
Ilan Goldfajn, presidente do Banco CentralIlan Goldfajn, presidente do Banco CentralIlan Goldfajn, presidente do Banco CentralIlan Goldfajn, presidente do Banco CentralIlan Goldfajn, presidente do Banco CentralIlan Goldfajn, presidente do Banco Central
Ilan Goldfajn, presidente do Banco Central - Imagem: Flickr Banco Central do Brasil

Para o Banco Central (BC) o cenário atual prescreve a manutenção da taxa básica de juros, a Selic, em 6,5% ao ano e os cenários traçados no Relatório de Inflação sugerem manutenção desse patamar.

Mas como projeção não é promessa, a concretização desse quadro depende da realização das reformas e ajustes na economia. Algo visto como “essencial para a manutenção da inflação baixa no médio e longo prazos, para a queda da taxa de juros estrutural e para a recuperação sustentável da economia”. O comportamento do câmbio também é fator relevante no horizonte de projeções.

No documento, o Comitê de Política Monetária (Copom) volta a dizer que “cautela, serenidade e perseverança nas decisões de política monetária, inclusive diante de cenários voláteis, têm sido úteis na perseguição de seu objetivo precípuo de manter a trajetória da inflação em direção às metas”.

Logo mais, o presidente Ilan Goldfajn e o diretor de Política Econômica, Carlos Viana, concedem entrevista coletiva para comentar os dados do Relatório de Inflação.

Essa possibilidade de manutenção da Selic na mínima histórica é favorável aos ativos de risco como bolsa de valores e fundos imobiliários. No mercado de títulos ganham atratividade os prefixados longos  e as Notas do Tesouro Nacional Série-B mais longas, que encontramos no Tesouro Direto.

O BC também promoveu uma revisão marginal no seu prognóstico de crescimento para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2018 de 1,4% para 1,3%, refletindo a revisão da base de dados do IBGE. Para 2019, foi mantido o prognóstico de avanço de 2,4%. Previsão também condicionada à realização de reformas e ajustes.

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Na avaliação dos fatores que podem levar a inflação a divergir do cenário esperado, o BC voltou a explicar que o risco de o nível de ociosidade elevado produzir trajetória prospectiva de inflação abaixo do esperado aumentou e o risco relacionado a uma frustração das expectativas de continuidade das reformas e ajustes necessários na economia brasileira diminuiu.

Ainda assim, o BC explica que os riscos altistas para a inflação permanecem relevantes e seguem com maior peso em seu balanço de riscos.

Projeções

No cenário com Selic constante em 6,5% e câmbio de R$ 3,85, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fecha o ano em 3,7%, marca 4% em 2019 e 2020 e sobe a 4,1% em 2021. As metas são de 4,5% neste ano, 4,25% em 2019, 4% em 2020 e 3,75% em 2021.

O foco de atuação do BC é no ano de 2019 e com peso crescente em 2020. O BC ressalta, ainda, que as projeções apresentadas “dependem ainda de considerações sobre a evolução das reformas e ajustes necessários na economia”.

Considerando as projeções do Focus, de Selic em 6,5% neste ano, 7,5% em 2019, 8,13% em 2020 e 8% em 2021, as projeções são de 3,7% para este ano, 3,9% e 2019, 3,6% em 2020 e 3,7% em 2021. O câmbio considerado é de R$ 3,78 neste ano, R$ 3,80 em 2019 e 2020 e R$ 3,86 em 2021.

O BC ainda testa outros dois cenários, com Selic constante e câmbio da pesquisa Focus e Selic variando conforme a Focus e câmbio constante.

Segundo o BC, o principal fator de redução das projeções em relação ao Relatório de Inflação de setembro foi a queda nas projeções da inflação de preços administrados para 2018 e 2019, associada às reduções na taxa de câmbio e no preço de petróleo, com impactos em itens como gasolina e gás de bujão, e à revisão das bandeiras tarifárias da energia elétrica. Em setembro, o câmbio considerado foi de R$ 4,15.

 

Risco de estouro da meta

No cenário com taxas Selic e de câmbio da pesquisa Focus, as probabilidades estimadas de a inflação ultrapassar os limites superior e inferior do intervalo de tolerância da meta em 2018 situam-se próximas de zero. Essa banda de tolerância é de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Já as probabilidades referentes aos limites superior e inferior para os anos seguintes situam-se ao redor de 8% e 19% (2019), 9% e 21% (2020) e 13% e 15% (2021).

Atividade

Na avaliação do BC, a evolução recente dos indicadores de atividade segue evidenciando continuidade do processo de recuperação da economia brasileira em ritmo gradual.

Mas a economia segue operando com elevado nível de ociosidade dos fatores de produção, refletido nos baixos índices de utilização da capacidade da indústria e na taxa de desocupação, apesar das suas trajetórias de recuperação gradual.

Crédito

O BC estima um crescimento de 6% para o saldo de crédito em 2019, dando continuidade ao movimento de recuperação que já vem sendo observado neste ano. Para as pessoas físicas, a estimativa é de alta de 7%, em linha com a aceleração do consumo das famílias.

Para as empresas, o avanço estimado é de 5%. Essa projeção é influenciada, entre outros fatores, ‘pela continuidade do processo de captação de recursos por parte das empresas nos mercados externo e de capitais em substituição aos recursos do sistema financeiro”.

Considerando as fonte de recursos, o BC prevê aumentos de 10,5% da carteira de crédito livre e de 1% da carteira de empréstimos no segmento de direcionados.

Cenário externo

A avaliação sobre o cenário externo, o BC nota que as projeções de crescimento da maioria dos países têm sido reavaliadas, refletindo o menor dinamismo da atividade. Os impactos associados às tensões comerciais e suas repercussões sobre a atividade, em particular sobre a China, têm aumentado.

Dentro desse contexto de maior incerteza, os cenários prospectivos para a normalização monetária nas principais economias têm papel determinante para eventos de ajustes de preços de ativos e do apetite ao risco em relação a economias emergentes.

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