Segundo levantamento do Instituto Internacional de Finanças (IIF), o mês de novembro foi o melhor em termos de ingresso para portfólio de mercados emergentes desde janeiro. Foram US$ 33,9 bilhões, sendo US$ 12 bilhões para o mercado de ações e quase US$ 22 bilhões para o mercado de dívida.
O IIF reúne mais de 450 bancos de 70 países e avalia que o movimento do mês foi alinhado com o comportamento das moedas e dos ativos de países emergentes visto no período.
O mercado da China concentrou o grosso da movimentação, com US$ 8,5 bilhões captados via mercado de ações. A América Latina ficou com US$ 3,3 bilhões em ações e dívida.
No acumulado do ano, o fluxo estimado pela instituição é de US$ 195 bilhões, cifra quase US$ 160 bilhões menor que a observada em igual período do ano passado.
Em outubro, a IIF tinha captado uma saída bruta de US$ 17,1 bilhões dos portfólios de ações emergentes, maior saque de recursos desde agosto de 2013, quando o Federal Reserve (Fed), banco central americano, acenou que começaria a subir sua taxa de juros e retirar outros estímulos monetários.
Fluxo total de capitais
Já a medida mais ampla de fluxo de capitais, que também considera investimento direto e captações bancárias, fechou negativo em US$ 27 bilhões em outubro (há uma defasagem nesse indicador).
Segundo a IIF, a saída foi mais moderada que a registrada em setembro, quando o valor foi de US$ 54 bilhões. O resultado capta um desempenho melhor dos emergentes sem considerar a China. Em outubro a saída foi de apenas US$ 600 milhões, contra uma perda recorde de US$ 44 bilhões em setembro.
Argentina e Turquia tiveram ingressos líquidos de capitais de US$ 5,4 bilhões e US$ 2 bilhões respectivamente em outubro. O Brasil teve desempenho pouco notável, com resultado positivo de US$ 100 milhões no período.
Enquanto isso, a China teve uma saída de US$ 26 bilhões considerando essa medida mais ampla de fluxo, contra US$ 10 bilhões em setembro. Esses US$ 26 bilhões representam a maior saída líquida de capitais da China desde dezembro de 2016.
Nas estimativas do IIF, o Banco Central da China efetuou vendas de US$ 8 bilhões em reservas cambiais para defender o yuan no mês de outubro, depois de atuações estimadas em US$ 17 bilhões em setembro.