CVM propõe mudanças em ofertas de ações e pede ‘resumo’ de prospectos; confira as novidades
A autarquia propôs a criação de uma “lâmina da oferta”, um documento que traz as principais informações sobre a operação de forma resumida
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) colocou nesta quarta-feira em audiência pública uma proposta que traz grandes mudanças na forma como as empresas realizam ofertas públicas de captação de recursos de investidores no mercado de capitais.
Entre as muitas novidades está uma que vai facilitar muito a vida do pequeno investidor: a criação de uma "lâmina da oferta", um documento que traz as principais informações sobre a operação de forma resumida.
No modelo atual, quem deseja saber mais sobre a oferta em andamento de uma empresa precisa recorrer ao prospecto, um calhamaço que não raro ultrapassa as mil páginas.
A proposta prevê a liberação para que as companhias já listadas na B3 façam ofertas de ações subsequentes — conhecidas como "follow ons" — sem a necessidade de aval prévio na CVM.
Hoje isso é já possível quando as empresas se valem da Instrução nº 476 da autarquia. Mas a norma possui várias restrições, como a participação máxima de 50 investidores, e limitada aos profissionais — que possuem pelo menos R$ 10 milhões em patrimônio.
Pela proposta colocada hoje para sugestões do mercado, a CVM oferece a possibilidade de registro automático dos follow ons, que poderão ser destinados não apenas aos profissionais mas também aos investidores qualificados — com pelo menos R$ 1 milhão — e sem as restrições da Instrução 476, que deve ser revogada.
Leia Também
Ações do Assaí (ASAI3) despencam 14% com empresa na mira do Fisco; Yduqs (YDUQ3) salta e lidera altas do Ibovespa na semana
Onde investir em outubro? Eletrobras (ELET6), Cyrela (CYRE3), Alianza Trust (ALZR11) e mais
No caso das ofertas de ações voltadas ao público geral, as empresas ainda precisarão do aval prévio da CVM. Mas a autarquia abriu uma exceção para permitir que companhias com relacionamento habitual com o mercado de capitais — que tenham ações com grande volume em circulação, por exemplo — consigam o registro automático em qualquer situação.
O aval prévio da "xerife" do mercado de capitais também continua necessário no caso das ofertas públicas iniciais de ações (IPOs).
Em contrapartida à liberação para a realização de um conjunto maior de operações no mercado de capitais com registro automático, a CVM propôs a a necessidade de registro apenas dos bancos e instituições financeiras que atuam como coordenadores de ofertas públicas. Hoje eles estão sujeitos apenas a um simples cadastro na autarquia.
Leia também:
- CVM libera bancos para fazerem empréstimos ‘travestidos’ de debêntures
- Ex-diretor do BC, Tony Volpon faz um apelo ao Copom: chegou a hora de subir os juros
- Com Mosaico, Méliuz e Enjoei, investidor manda recado: tem espaço para as techs na B3
Lâmina da oferta
A CVM também propôs a criação da lâmina da oferta, um documento alternativo ao extenso prospecto que acompanha as ofertas de ações e outros títulos.
“Por diversas razões, desde as exigências regulatórias ao conservadorismo dos agentes envolvidos na realização de ofertas, documentos que deveriam existir precipuamente para informar os investidores fracassam em alcançar esse objetivo, inclusive, pelo formato denso e tamanho excessivo”, justificou a autarquia.
No caso da famosa seção de "fatores de risco", a lâmina da oferta deve conter apenas os cinco principais, em ordem decrescente de materialidade e expresso em escala de “alto”, “médio” ou “baixo”, conforme a proposta da CVM.
A proposta de mudanças nas regras das ofertas públicas ficará aberta a comentários e sugestões até o dia 8 de julho.
Nos dois primeiros meses do ano, as empresas brasileiras captaram um total de R$ 47,5 bilhões em recursos no mercado de capitais, de acordo com dados da Anbima. Trata-se de um volume 25,4% menor que no mesmo período do ano passado, mas que foi inflado na época pela megaoferta de R$ 22 bilhões da Petrobras.
Dado de emprego arrasa-quarteirão nos EUA faz bolsas subirem, mas pode não ser uma notícia tão boa assim. Como ficam os juros agora?
A economia norte-americana abriu 254 mil vagas em setembro, bem acima das 159 mil de agosto e da previsão de 150 mil; a taxa de desemprego caiu 4,2% para 4,2% e os salários subiram
Dona da Serasa compra ClearSale (CLSA3) com prêmio de 23,5% sobre cotações, mas por menos da metade do valor do IPO; ações sobem forte na B3. O que acontece com os acionistas agora?
Em meio à saída da ClearSale da bolsa após três anos desde o IPO, os investidores da companhia terão três opções de recebimento após a venda para a Experian
Entre o petróleo e o payroll: Ibovespa busca recuperação com juros nos EUA e conflito no Oriente Médio como pano de fundo
Relatório mensal de emprego nos EUA deve dar o tom do dia nos negócios enquanto guerra continua pressionando o petróleo
Vale (VALE3) destrona Itaú e se torna a ação mais recomendada para investir em outubro. A China não é mais pedra no caminho da mineradora?
Com resultados robustos e o otimismo em relação à China, a Vale se tornou a ação queridinha para este mês; veja o ranking com indicações de 12 corretoras
Como achar uma boa ação? Se a empresa que você investe não tiver essa qualidade, ela corre o risco de morrer no meio do caminho
Por menos de 9x lucros esperados para 2025, além de ser uma ótima empresa, a ação ainda guarda muito potencial de valorização
Atenção, investidor: B3 (B3SA3) lança novos índices de ações de empresas públicas e privadas; conheça
O objetivo dos novos indicadores, que chegam ao mercado no dia 7 de outubro, é destacar as performances dos ativos que compõem o Ibovespa de forma separada
Vamos (VAMO3): os três motivos por trás da queda de 11% desde o anúncio da reestruturação; ação recua na B3 hoje
A Vamos deverá se fundir com a rede de concessionárias Automob, que também é controlada pela Simpar — e o plano de combinação das operações gerou ruídos entre investidores
Efeito Moody´s passa e dólar sobe a R$ 5,4735; Ibovespa renova série de mínimas no dia e cai 1,38%, aos 131.671,51 pontos
Lá fora, as bolsas em Nova York e na Europa operaram no vermelho, pressionadas pela escalada dos conflitos no Oriente Médio
Varejistas, imobiliárias e mais: veja as ações mais (e menos) afetadas pela alta da Selic, segundo o BTG Pactual
Magazine Luiza, Casas Bahia e JHSF estão entre as empresas que mais podem sofrer com a alta da Selic; BTG aponta onde investir neste cenário
Sob pressão: Bolsas internacionais amanhecem no vermelho, mas alta do petróleo continua e pode ajudar o Ibovespa
Vitória do governo no STF em relação a resíduos tributários do Programa Reintegra também pode repercutir no Ibovespa hoje
Do ‘Pix dos investimentos’ a oportunidades no agro e no futebol: as possibilidades do Open Capital Markets, segundo o presidente da CVM
Em entrevista ao Seu Dinheiro, o presidente da autarquia, João Pedro Nascimento, destrinchou a agenda do Open Capital Markets, iniciativa que visa a atrair mais investidores e emissores para o mercado de capitais, na esteira do Open Finance
Fim do casamento: Even (EVEN3) conclui venda de participação acionária na Melnick (MELK3)
No mês passado, após sucessivas vendas de ações, a incorporadora paulista tinha participação de cerca de 4,96% na companhia gaúcha
Guerra no Oriente Médio: o que está em jogo agora pode mudar de vez o mercado de petróleo. Como fica a ação da Petrobras (PETR4)? A resposta não é óbvia
A guerra ganhou novos contornos com o ataque do Irã a Israel na terça-feira (01). Especialistas acreditam que, dessa vez, o mercado não vai ignorar a implicância dos riscos geopolíticos para o petróleo; saiba se é hora de colocar os papéis da Petrobras na carteira para aproveitar esse avanço
Javier Milei vai extinguir a Casa da Moeda e outras cinco instituições — será o fim do peso argentino?
Além da Casa da Moeda, o governo argentino pretende fechar outros “quatro ou cinco” órgãos públicos, mas não deu maiores detalhes sobre quais seriam
Após renovar máxima no dia, Ibovespa perde os 134 mil pontos, mas fecha em alta de 0,77% com ajuda da Moody´s; dólar cai a R$ 5,4448
O principal índice da bolsa brasileira chegou mirar a marca dos 135 mil pontos, com renovações consecutivas de máximas intradia, mas perdeu um pouco do fôlego perto do fim das negociações
Gigante rebaixado: Depois de tantos recordes, Mercado Livre ficou sem espaço para subir mais? Veja o que diz o JP Morgan
O banco norte-americano rebaixou a recomendação para as ações MELI negociadas em Wall Street, de “overweight” — equivalente a compra — para neutro
Dexco (DXCO3) vende Duchas Corona — e se prepara para possível “banho de água fria” no próximo balanço
Famosa graças um jingle de sucesso nos anos 1970 e 1980, as Duchas Corona perderam mercado nos últimos anos; ações da Dexco (DXCO3) reagem em alta
Eneva (ENEV3) lança oferta primária na B3 e pode captar mais de R$ 4 bilhões com follow-on na bolsa
Considerando apenas o lote inicial, a operação deve movimentar pelo menos R$ 3,2 bilhões — e parte da demanda já está garantida
Em meio ao aumento da tensão no Oriente Médio, Ibovespa reage à alta do petróleo e à elevação do rating do Brasil
Agência Moody’s deixou o rating soberano do Brasil a apenas um degrau do cobiçado grau de investimento — e a perspectiva é positiva
Vai ter Disney? Dólar cai após BC começar o aperto da Selic, mas estes seis fatores devem determinar a trajetória do câmbio
Queda de juros nos EUA e estímulos chineses favorecem o real contra o dólar, mas risco fiscal e incerteza geopolítica pressionam as cotações; entenda