Ibovespa cai 2,5% e Petrobras perde 5,37% em dia de tensão no exterior
Preocupações com a economia mundial, em especial com os Estados Unidos, devem continuar norteando os negócios na bolsa brasileira durante a semana

Brexit, tensões entre China e EUA e o temor de recessão fizeram a Bolsa de Valores de São Paulo operar a maior parte do pregão no vermelho e terminar a segunda-feira (10) em baixa de 2,5%, voltando para a casa dos 85 mil pontos (85.914). Foi o terceiro recuo consecutivo do Ibovespa. Lá fora, prevalece o sinal negativo tanto nas bolsas europeias (que fecharam em queda) quanto em Nova York, que opera com desvalorização. Refletindo as incertezas no mercado, o dólar disparou e chegou a atingir R$ 3,94 por volta das 15h. Mas depois arrefeceu e fechou a segunda-feira subindo 0,69%, a R$ 3,92, marcando a quinta alta seguida. O Banco Central anunciou que fará na terça-feira dois leilões de linha (venda com compromisso de recompra) no total de US$ 1 bilhão.
As preocupações com a economia mundial, em especial com os Estados Unidos, nortearam os negócios na Bolsa. O temor de recessão, o entrave comercial entre o governo de Donald Trump e o da China, além do impasse do Brexit, que ganhou novo capítulo hoje, espantaram os investidores.
No fim de semana foram divulgados dados ruins sobre a balança comercial chinesa, o que aumenta o medo de que não saia acordo nenhum com Trump.
No reino Unido, a primeira-ministra britânica, Theresa May, previu que teria hoje uma derrota esmagadora na votação de sua proposta de saída da União Europeia e resolveu adiar tudo. Com isso, as bolsas europeias despencaram. A Bolsa de Londres fechou no negativo, com 0,83% e a de Frankfurt recuou 1,54%.
Medidor de medo
Em Wall Street, o índice de volatilidade VIX, considerado o "medidor de medo", disparava mais de 10% diante da força na ponta vendedora das bolsas de Nova York. Na opinião de um operador, o aumento do sentimento de aversão ao risco tem crescido e impedido a bolsa brasileira de avançar. "Tentou ficar descolada mais cedo, mas não foi capaz, ainda que lá fora o recuo seja menos profundo do que aqui", avalia.
Previsão de recessão
O comportamento da curva de juros dos Estados Unidos vem estressando os mercados mundo afora e pode aumentar ainda mais o nervosismo dos investidores nas próximas semanas. A razão é a chamada inversão da curva, ou seja, a possibilidade de o rendimento de títulos do Tesouro de prazos mais longos ser menor do aqueles de curto prazo, movimento que costuma historicamente antecipar recessões na maior economia do mundo. E o temor se justifica porque a inversão da curva de juros nunca falhou em prever uma recessão nas últimas cinco décadas nos EUA.
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Nada ajuda
No Brasil, as denúncias envolvendo o novo governo feitas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e a manifestação de caminhoneiros em alguns pontos do País aumentam a percepção de risco. Esse ambiente cauteloso ainda afeta o mercado de câmbio doméstico, com o dólar subindo em relação ao real.
"Hoje, o petróleo está caindo, assim como o minério. É um pouco de ajuste também", explica Luiz Roberto Monteiro, da Renascença. Mesmo assim, de acordo com Monteiro, não houve nada que pudesse impulsionar o Ibovespa. "Nem o externo, nem o interno", ao referir-se a denúncias relacionadas às movimentações financeiras de ex-assessor de Flávio Bolsonaro. As ações PN da Petrobras cederam 5,37%, enquanto os papéis ON tinham queda forte de 4,96%. Vale tinha recuo de 1,74%.
A Petrobras anunciou o início da fase não vinculante do processo de cessão de suas participações em três campos terrestres em produção (Lagoa Parda, Lagoa Parda Norte e Lagoa Piabanha), localizados no Espírito Santo, denominadas conjuntamente Polo Lagoa Parda.
Petróleo
Nesta semana, haverá ainda relatório mensal da própria Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e da Agência Internacional de Energia (AIE), o que gera expectativa e pode provocar mais volatilidade para os contratos. O petróleo Brent teve queda de 2,75% nesta segunda-feira.
Embraer
As negociações com as ações da Embraer foram suspensas por cerca de 20 minutos no começo da tarde após a empresa divulgar fato relevante sobre uma liminar do TRF-3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região) que derrubou a decisão da Justiça Federal que suspendia o acordo para a criação de uma joint venture entre a americana Boeing e a brasileira. As ações tiveram a maior elevação do dia, com 2%.
Gol sente o dólar
Afetada pela valorização da moeda americana, a maior perda é a da Gol, que só em dezembro acumula desvalorização de 12% - e de 30% em 2018. A baixa no fim do pregão foi de estonteantes 7,12%. Mais cedo, a companhia aérea informou que irá acelerar a renovação de frota, com o arrendamento operacional de 11 aeronaves Boeing 737 MAX 8 com a Avolon. Os aviões serão incorporados à frota a partir do segundo semestre de 2019. Embora a medida venha a resultar em um custo unitário menor em 2019, a renovação é um movimento que já estava em curso, pondera Felipe Martins Silveira, analista da Coinvalores.
Além disso, operadores apontam que a ação subiu muito nos últimos meses, o que facilita um movimento de realização de lucros. Entre os dias 13 de setembro, quando atingiu a cotação de R$ 9,31, e o dia 30 de novembro, quando fechou a R$ 21,60, a ação subiu mais de 130%.
A "Geni da Bolsa"
Dia de fúria no Ibovespa e qual é uma das maiores quedas? Um doce para quem disse Cielo. No ano, as perdas acumuladas passam de 50%. Segundo operadores, a ação segue a tendência de aversão a risco que é igual para todos os papéis - mas que pegam de jeito os contratos de empresas que passam por momentos mais turbulentos, como é o caso da Cielo. Hoje, o Credit Suisse divulgou relatório comentando sobre a decisão do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) de investigar práticas anticompetitivas no setor de meios de pagamento. Para os analistas, os efeitos dessa iniciativa devem ser limitados para a empresa. Cielo ON amargou baixa de 4,85%.
Eletrobras
Mesmo com a confirmação do leilão da Amazonas Energia, as ações cairam 1,94% (ON) e 1,27% (PNB).
Distrato
Entre as altas, Cyrella subiu 1,29%. Os preços das ações das empresas do setor imobiliário são beneficiados pelas novas regras dos distratos. Ainda que os efeitos mais significativos da medida aconteçam no longo prazo, como preveem alguns analistas, o reaquecimento do mercado e o destravamento dos investimentos impulsionam os papéis. O projeto de lei que cria normas para os cancelamentos dos contratos de compra e venda de imóveis na planta foi aprovado na Câmara dos Deputados.
*Com Estadão Conteúdo
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