Após euforia da manhã, Ibovespa fecha em alta mais modesta e dólar cai para R$ 3,88
Avanço de Bolsonaro e recuo de Haddad na pesquisa Datafolha de ontem aumentou a esperança do mercado em governo mais liberal; força da economia americana impediu que dólar caísse mais

Depois de bater os 85 mil pontos em euforia nesta manhã, o Ibovespa fechou com alta mais modesta de 2,04%, aos 83.273 pontos. O dólar à vista chegou a recuar para R$ 3,82 pela manhã, mas fechou com queda de 1,28% a R$ 3,88.
A bolsa abriu em festa com os resultados da última pesquisa Datafolha, divulgados ontem à noite, que confirmaram o avanço de Bolsonaro e o recuo de Haddad na corrida eleitoral. A tendência já havia sido sinalizada na pesquisa Ibope de segunda, levando o Ibovespa a subir 3,78%, aos 81.593 pontos, e o dólar à vista a cair 2,47%, para R$ 3,9304, no último pregão.
O bom humor no mercado local se deve principalmente à esperança em relação a um governo potencialmente mais liberal de Jair Bolsonaro. Os investidores consideram o PT mais intervencionista e temem que sua política econômica possa aprofundar nossa crise fiscal e atrasar a recuperação econômica do país.
Divulgada ontem à noite, a pesquisa Datafolha mostrou que Bolsonaro subiu de 28% para 32% nas intenções de voto, enquanto Haddad estabilizou em 21%. Além disso, a rejeição ao petista subiu de 32% para 41%, enquanto a do capitão reformado do Exército caiu de 46% para 45%. Bolsonaro cresceu mais entre as mulheres. E numa simulação de segundo turno, já ganha de Haddad por 44% a 42%.
Já se fala em vitória de Bolsonaro no primeiro turno, o que ainda é difícil. Mas se o eleitorado feminino continuar aderindo à sua candidatura, pode acontecer. Hoje à noite, investidores estarão de olho na divulgação de nova edição da pesquisa Ibope.
Os juros futuros fecharam em baixa: o DI para janeiro de 2021 caiu para 9,34%; já o DI para janeiro de 2023 recuou para 10,73%.
Leia Também
Cenário externo deu uma mãozinha para a bolsa...
A alta do Ibovespa foi ajudada pelo cenário exterior. As bolsas europeias fecharam em alta nesta quarta-feira, após encerrarem no vermelho no último pregão. O temor dos investidores arrefeceu depois que a Itália, em crise fiscal, sinalizou que passaria a reduzir o déficit gradualmente ao longo dos anos.
O país continua a projetar um déficit de 2,4% do PIB em 2019, mas, sob pressão da União Europeia, teria decidido reduzir o rombo, passando para 2,2% do PIB em 2020 e 2,0% do PIB em 2021.
Nos Estados Unidos, os dados de atividade econômica divulgados nesta quarta foram melhores que o esperado. A consultoria ADP informou que houve a criação de 230 mil vagas de emprego em setembro no setor privado, bem acima da previsão dos analistas de geração de 185 mil vagas. O índice de atividade no setor de serviços (PMI) divulgado pelo instituto ISM subiu para 61,6 em setembro, na contramão das projeções de recuo dos analistas.
O Dow Jones fechou em alta de 0,22%, aos 26.831 pontos; o S&P 500 encerrou com valorização de 0,07%, aos 2.925 pontos; e a Nasdaq fechou com ganho de 0,32%, aos 8.025 pontos.
...mas impediu o dólar de cair mais
Por outro lado, a força da economia dos EUA - junto com a alta dos preços do petróleo - levaram a uma disparada nos juros dos títulos do Tesouro americano. A taxa do papel de 10 anos, referência mundial em termos de custo de dinheiro, subiu para a linha de 3,16% nesta quarta-feira, patamar que não era registrado desde meados de 2011.
Essa alta se deve à expectativa de aumento da pressão inflacionária devido ao aquecimento da economia, o que pode exigir aperto monetário mais firme pelo Fed, o Banco Central americano.
Quando os juros dos títulos do governo dos Estados Unidos sobem, eles se tornam mais atrativos para os investidores, elevando a cotação do dólar. Nesta quarta, a moeda americana teve alta globalmente, o que provavelmente contribuiu para não haver uma valorização mais forte do real.
Estatais continuaram em alta
A redução das chances do PT se refletiu no avanço das ações das estatais, dando continuidade ao movimento de ontem. A maior alta do dia ficou por conta das ações do Banco do Brasil (BBAS3), que fecharam com valorização de 9,07%. Eletrobrás também registrou uma das maiores valorizações, encerrando o pregão com alta de 8,64% (ELET6) e 6,53% (ELET3). Petrobras fechou em alta de 4,25% (PETR4) e 2,60% (PETR3), beneficiada também pela elevação dos preços do petróleo.
As ações da Gol (GOLL4) viram alta de 6,61% com a queda do dólar, o que reduz sua dívida e seus custos dolarizados.
As maiores perdas hoje ficaram por conta de companhias exportadoras, cujas receitas em dólar são impactadas negativamente pelo recuo da moeda americana: -4,46% para a Suzano (SUZB3); -3,07% para as units da Klabin (KLBN11); -2,73% para a Bradespar (BRAP4), que detém principalmente ações da Vale; e -2,04% para a Vale (VALE3).
A empresa de meio de pagamentos Cielo (CIEL3) também teve uma das maiores baixas do dia, fechando em queda de 4,06%. A desvalorização seria um reflexo do pedido de registro de IPO (oferta pública inicial de ações) da sua concorrente Stone na Nasdaq no último dia 1º, a fim de captar recursos para se expandir no Brasil.
*Com Estadão Conteúdo
Dólar mais barato do que em casas de câmbio: estas 7 contas digitais te ajudam a ‘escapar’ de impostos absurdos e qualquer brasileiro pode ‘se dar bem’ com elas; descubra qual é a melhor
Analisamos sete contas em dólar disponíveis no mercado hoje, seus prós e contras, funcionalidades e tarifas e elegemos as melhores
Bitcoin (BTC) não sustenta sétimo dia seguido de alta e passa a cair com inflação dos EUA; Ravecoin (RNV) dispara 63% com proximidade do The Merge
O ethereum (ETH) passa por um período de consolidação de preços, mas o otimismo é limitado pelo cenário macroeconômico
Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais sobem em dia de inflação dos EUA; Ibovespa deve acompanhar cenário internacional e eleições
Com o CPI dos EUA como o grande driver do dia, a direção das bolsas após a divulgação dos dados deve se manter até o encerramento do pregão
Os rumos das moedas: quais devem ser os próximos passos do dólar, do euro e do real
Normalmente são os mercados emergentes que arcam com o peso de um dólar forte, mas não é o que ocorre dessa vez
Você trocaria ações da sua empresa por bitcoin? Michael Saylor, ex-CEO da Microstrategy, pretende fazer isso com o valor de meio bilhão de dólares
Desde o começo do ano, o bitcoin registra queda de mais de 50% e as ações da Microstrategy também recuam 52%
Esquenta dos mercados: Inflação dos EUA não assusta e bolsas internacionais começam semana em alta; Ibovespa acompanha prévia do PIB
O exterior ignora a crise energética hoje e amplia o rali da última sexta-feira
Esquenta dos mercados: Inflação e eleições movimentam o Ibovespa enquanto bolsas no exterior sobem em busca de ‘descontos’ nas ações
O exterior ignora a crise energética e a perspectiva de juros elevados faz as ações de bancos dispararem na Europa
Inter, C6, Avenue, Wise, Nomad… saiba qual é a melhor conta em dólar – e veja os prós e contras de cada uma
Analisamos sete contas em dólar disponíveis no mercado hoje, seus prós e contras, funcionalidades e tarifas e elegemos as melhores
Práticas e acessíveis, contas em dólar podem reduzir custo do câmbio em até 8%; saiba se são seguras e para quem são indicadas
Contas globais em moeda estrangeira funcionam como contas-correntes com cartão de débito e ainda oferecem cotação mais barata que compra de papel-moeda ou cartão pré-pago. Saiba se são para você
Esquenta dos mercados: Decisão de juros do BCE movimenta as bolsas no exterior enquanto Ibovespa digere o 7 de setembro
Se o saldo da Independência foi positivo para Bolsonaro e negativo aos demais concorrentes — ou vice-versa —, só o tempo e as pesquisas eleitorais dirão
Esquenta dos mercados: Bolsas no exterior deixam crise energética de lado e investidores buscam barganhas hoje; Ibovespa reage às falas de Campos Neto
Às vésperas do feriado local, a bolsa brasileira deve acompanhar o exterior, que vive momentos tensos entre Europa e Rússia
Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais caem com crise energética no radar; Ibovespa acompanha calendário eleitoral hoje
Com o feriado nos EUA e sem a operação das bolsas por lá, a cautela deve prevalecer e a volatilidade aumentar no pregão de hoje
Esquenta dos mercados: Dia de payroll mantém bolsas no vermelho, enquanto Ibovespa surfa onda da nova pesquisa Datafolha
Sem maiores indicadores para o dia ou agenda dos presidenciáveis, o Ibovespa fica à mercê do cenário exterior
Esquenta dos mercados: Cautela volta a prevalecer nas bolsas do exterior e ‘onda vermelha’ continua; Ibovespa reage ao Orçamento para 2023
Sem maiores indicadores do dia para a agenda dos presidenciáveis, o Ibovespa fica à mercê do cenário exterior
Esquenta dos mercados: Inflação derrete bolsas no exterior com perspectiva de juros elevados; Ibovespa aguarda dados de desemprego hoje
Na nova rodada da pesquisa Genial/Qaest, os candidatos Lula e Bolsonaro mantiveram suas posições, mesmo com o início da campanha
Esquenta dos mercados: Busca por barganhas sustenta alta das bolsas pela manhã, mas crise energética e cenário externo não ajudam; Ibovespa digere pesquisa Ipec
No Brasil, a participação de Roberto Campos Neto em evento é o destaque do dia enquanto a bolsa digere o exterior
Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais amanhecem no vermelho antes da semana de emprego nos EUA; Ibovespa digere debate presidencial
No Brasil, os números do Caged e da Pnad Contínua também movimentam a bolsa local esta semana
Esquenta dos mercados: Dia mais importante de Jackson Hole se junta a dados de inflação e pressiona bolsas internacionais; Ibovespa reage à sabatina de Lula
Sem maiores indicadores para o dia, os investidores acompanham a participação de Roberto Campos Neto e Paulo Guedes em eventos separados
Esquenta dos mercados: É dada a largada em Jackson Hole e as bolsas internacionais tentam emplacar alta; Ibovespa acompanha números de emprego hoje
No panorama doméstico, a sequência de sabatinas do dia do Jornal Nacional tem como convidado o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
Esquenta dos mercados: Ibovespa aguarda dados de inflação hoje enquanto exterior espera por início de Jackson Hole
A expectativa é de que ocorra uma deflação nos preços na leitura preliminar de agosto; será a segunda queda seguida