A crise continua a assombrar os alugueis de salas comerciais – e o preço segue em queda
Nos últimos 12 meses até setembro, valor dos aluguéis de venda de salas comerciais de até 200 metros quadrados caíram cerca de 7%, aponta FipeZap

A crise continua assombrando o mercado de locação e venda de imóveis comerciais, apesar da economia brasileira ter tecnicamente saído da recessão.
Em 12 meses até setembro, o valor dos aluguéis e os preços de venda de salas comerciais de até 200 metros quadrados caíram cerca de 7%, já descontada a inflação do período, aponta o índice FipeZap, divulgado nesta terça-feira, 23.
Nos últimos anos, desde setembro de 2013, o tombo foi ainda maior. Os aluguéis comerciais caíram 42,5% em termos reais e os preços de compra e venda recuaram 31,6%, também descontada a inflação.
No mês passado, os preços de venda das salas comerciais caíram, em média, 0,54%, superando a inflação oficial do país para o período, que foi de 0,48%, de acordo com o IPCA do IBGE. Das quatro cidades pesquisadas, apenas em Porto Alegre houve um ligeiro aumento, de 0,13%, no preço de venda, e ainda sem descontar a inflação.
Nos aluguéis, o quadro de retração do mercado de compra e venda se repetiu. Em setembro, o valor nominal da locação, isto é sem descontar a inflação, caiu, em média, 0,57%. O recuo ocorreu em todas as praças pesquisadas.
Não é de hoje
Desde 2013, o valor dos aluguéis em 12 meses corre abaixo da inflação. No caso de compra e venda, essa situação ocorre desde 2014. Para um período mais longo, o economista da Fipe explica que, num primeiro momento, uma grande oferta de salas comerciais depreciou os preços dos imóveis comerciais, tanto para locação como para compra e venda. Com a recessão, a crise no setor se acentuou.
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No caso de compra e venda, essa situação ocorre desde 2014. Para um período mais longo, o economista da Fipe explica que, num primeiro momento, uma grande oferta de saletas comerciais depreciou os preços dos imóveis comerciais, tanto para locação como para compra e venda. Com a recessão, a crise no setor se acentuou.
A retomada
O momento atual, que é de retomada, geralmente é mais demorado para o setor imobiliário comparado a outros setores, diz o economista.
"O setor imobiliário normalmente é o último da fila: primeiro os empresários precisam ver uma reação na demanda, para depois disso começar a contratar funcionários e finalmente ampliar as instalações", diz Oliva.
Ele acredita que a incerteza do quadro político atual certamente tem retardado a retomada do mercado imobiliário. E a perspectiva, segundo o economista, é que esse cenário continue no ano que vem. "Talvez os preços parem de cair, mas não estou tão otimista. Haverá muita incerteza em 2019."
Quem dá mais?
No mês passado, o valor médio do metro quadrado para compra e venda nos quatro municípios monitorados pelo Índice FipeZap foi de R$ 9.486. Para locação, o valor médio do aluguel ficou em R$ 39,31 por metro quadrado.
O Rio de Janeiro se manteve como a cidade com o maior preço médio de venda, de R$ 10.272 por metro quadrado. Já São Paulo se destacou como o maior preço médio de locação, com R$ 42,45 por metro quadrado.
Com o recuo nos preços de venda e de locação, a pesquisa mostra também que o investimento em imóveis comerciais deixou de ser um bom negócio nos últimos anos.
Desde 2014, o retorno oferecido pelo imóveis foi inferior à rentabilidade do Certificado de Depósito Interbancário (CDI), diferencial que se acentuou desde 2015. Nos últimos 12 meses, a rentabilidade média do CDI foi 6,7%, enquanto a renda dos imóveis comerciais (aluguel e valorização do ativo) foi de 1,8%, em média, no mesmo período, aponta a Fipe
*Com Estadão Conteúdo
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