Haddad e a reforma da Previdência à la PT
Candidato do PT à Presidência defendeu fazer uma Reforma da Previdência negociando pontos como idade mínima

O candidato à Presidência Fernando Haddad (PT) defendeu fazer uma reforma da Previdência no Brasil, mas disse que detalhes como idade mínima e alíquota de contribuição terão de ser discutidos em uma "mesa de negociação" após o início de um eventual governo.
"Não tem tabu de discutir todas as variáveis, mas tem que sentar e negociar. Tem várias partes envolvidas", declarou Haddad, durante sabatina promovida por "Folha de S.Paulo", "UOL" e "SBT" na capital paulista. Segundo ele, um dos pontos a serem debatidos será a idade mínima para aposentadoria.
O candidato afirmou que há "coisas úteis" na proposta apresentada pelo governo Michel Temer, mas ponderou que "os pobres pagarem a conta da crise não é razoável". O candidato defendeu que os regimes próprios de Previdência deveriam ser o objetivo inicial da reforma. "Muitos governadores e prefeitos não vão conseguir pagar suas contas", justificou.
Ilan na condicional
Na sabatina, Haddad declarou ter uma "boa relação pessoal" com o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, mas disse que o convite para continuar à frente do banco em um eventual governo será condicionado à concordância com as bases do programa petista.
Ele reforçou que pretende promover uma reforma bancária já no primeiro ano de gestão, aumentando impostos para bancos que cobram juros mais altos do consumidor e reduzindo para instituições que forneçam crédito barato à população. Nas palavras de Haddad, Ilan veria essa ideia com "bons olhos".
Com a reforma bancária, Haddad disse entender que o papel do BNDES pode ser "repensado" e que os subsídios da instituição para empresas e setores específicos não precisariam existir nesse cenário. "Entendo que, com a reforma bancária que vamos fazer, os juros para o tomador final vão cair muito no Brasil", declarou.
Leia Também
Fraude eleitoral
Após o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) acusar o PT de tentar promover uma "fraude" nas eleições de outubro, Haddad cobrou que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) se manifeste em relação às declarações, dadas no domingo (16) pelo deputado no hospital onde está internado.
"Espero que o TSE se manifeste em elação a essas acusações que estão sendo feitas porque, na verdade, quem garante a lisura do processo é o TSE", disse Haddad, durante sabatina. "TSE não é petista, acabou de cassar a candidatura do presidente Lula desautorizando a ONU", afirmou o presidenciável do PT.
Ao comentar declarações do comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, Fernando Haddad afirmou que pessoas no governo do presidente Michel Temer "falam pelos cotovelos". Após o ataque contra Jair Bolsonaro, o militar disse, em entrevista ao jornal "O Estado de S. Paulo", que a legitimidade de quem for eleito em outubro poderá ser questionada.
"Quem comanda as Forças Armadas é o presidente da República. Hoje acontece essa dispersão porque não há autoridade. Como você tem um presidente que não tem nenhuma autoridade, fala todo mundo pelos cotovelos", disse o candidato do PT.
Haddad prometeu ainda, em um eventual governo, demitir qualquer funcionário de cargo de confiança que defenda intervenção militar. "Se for cargo de confiança, está na rua no dia seguinte. Não se brinca com a democracia", declarou. Se um militar da ativa fizer a defesa, pontuou, sofrerá ato disciplinar como está previsto em regimento.
"Delator mentiroso"
Haddad defendeu punição contra "delator mentiroso" ao falar sobre a Operação Lava Jato. O presidenciável negou intenção em cortar as investigações no País, mas defendeu mudanças na legislação que envolve colaborações premiadas.
"Temos que estabelecer regras mais precisas sobre as punições para o delator mentiroso (...). Na regra geral, o corruptor é o que mais mentiu, então nós temos que corrigir algumas pequenas falhas para evoluir nas investigações", defendeu o ex-prefeito de São Paulo.
Nova reforma da previdência? Aposentadoria pública brasileira é uma das menos sustentáveis do mundo; veja ranking dos melhores sistemas
Apesar da necessidade de mais reformas, Previdência Social do Brasil tem a maior taxa de benefícios do mundo e alta cobertura da população, mostra levantamento da seguradora Allianz
6 em cada 10 reais dos brasileiros foi investido em renda fixa em 2024 — e 2025 deve repetir o mesmo feito, diz Anbima
Brasileiros investiram 12,6% mais no ano passado e a renda fixa é a ‘queridinha’ na hora de fazer a alocação, segundo dados da associação
Rodolfo Amstalden: A alegria de um banqueiro central seria o silêncio
Estamos nos aproximando da perigosa zona de dominância fiscal; ninguém sabe onde fica a fronteira exatamente, mas, marchando à frente de olhos vendados, são crescentes as chances de nos enroscarmos em uma cerca de arame farpado
Gleisi para presidente em 2026? Deputada comenta inclusão de nome em pesquisa
A possibilidade da deputada como candidata nas próximas eleições presidenciais deve aparecer em um levantamento do instituto Paraná Pesquisas
Você tem até o dia 30 de dezembro para reduzir seu imposto de renda ou aumentar sua restituição em 2025; veja como
Está terminando o prazo para contribuir para um PGBL e abater os aportes já na declaração de imposto de renda 2025
Rodolfo Amstalden: Um ano mais fácil (de analisar) à frente
Não restam esperanças domésticas para 2025 – e é justamente essa ausência que o torna um ano bem mais fácil de analisar
Previdência privada: vale a pena mesmo ou é cilada? E é uma boa investir no fim do ano?
Décimo terceiro salário, confraternizações, presentes e talvez até uma viagem. Mas para além das festividades, o fim do ano também é marcado pelas tradicionais ofertas de planos de previdência privada por parte das instituições financeiras. Mas investir em previdência é mesmo uma boa? Por muito tempo esses produtos, voltados para a poupança de longo prazo […]
Campos Neto cara de pau? Gleisi sobe o tom contra presidente do Banco Central por fala contra redução de jornada de trabalho
Roberto Campos Neto criticou recentemente a proposta da deputada Érika Hilton para pôr fim à escala de trabalho 6×1
Voltado para a aposentadoria, Tesouro RendA+ chega a cair 30% em 2024; investidor deve fazer algo a respeito?
Quem comprou esses títulos públicos no Tesouro Direto pode até estar pensando no longo prazo, mas deve estar incomodado com o desempenho vermelho da carteira
Concorrente da Embraer à beira da falência, novas regras de previdência, a ‘mágica’ de Elon Musk e o futuro dos juros no Brasil
Além disso, Inter Asset revelou 5 ações para investir na bolsa até o final de 2024; veja os destaques de audiência do Seu Dinheiro nesta semana
Resgate ou renda? Bradesco muda a grade da previdência privada de olho nas mudanças das regras de PGBL e VGBL
Após nova regulação para estimular a contratação de renda na fase de desacumulação dos planos de previdência privada, a Bradesco Vida e Previdência criou novos produtos, de olho nos segurados que estão prestes a se aposentar
Campos Neto defende “choque fiscal positivo” como condição para Selic cair de forma sustentável
Falta de confiança na política fiscal dificulta o processo de convergência da inflação para a meta, disse o presidente do BC; saiba mais
Eleições 2024: Belo Horizonte (MG) terá 2º turno ‘conservador’ com Bruno Engler (PL) e Fuad Noman (PSD); veja o resultado
Disputa pela prefeitura de Belo Horizonte ficou restrita a candidatos conservadores; postulantes de esquerda ficaram longe do segundo turno
Eleições 2024 São Luís: Eduardo Braide (PSD) é reeleito em 1º turno com larga vantagem sobre Duarte Junior (PSB)
Atual prefeito de São Luís (MA) venceu já no primeiro turno, com ampla vantagem ante o candidato apoiado por Lula
Pablo Marçal ultrapassa Ricardo Nunes na nova pesquisa Atlasintel; Boulos segue na liderança com 29,4% das intenções de voto
O percentual de indecisos caiu de 5,8% para 2,1%, enquanto brancos e nulos também saíram de 2,2% para 0,4%
Não vai rolar: STF forma maioria para rejeitar a volta da ‘revisão da vida toda’ das aposentadorias
“Revisão da vida toda” das aposentadorias havia sido autorizada pelo STF em 2022, mas foi anulada em março deste ano
Mercado de previdência cresce a dois dígitos por ano, mas investimento ainda gera polêmica entre especialistas e beneficiários
No Brasil, o tema costuma ser um dos mais polêmicos e desafiadores, tanto para especialistas quanto para beneficiários
Previsão de déficit zero, corte no Bolsa Família e salário mínimo de R$ 1.509: o plano do governo para o Orçamento de 2025
Projeto de lei com os detalhes do Orçamento de 2025 foi enviado por Lula ao Congresso Nacional na noite de sexta-feira
Marcação a mercado: o ponto de discórdia entre o Ministério da Fazenda e os fundos de previdência complementar
Ministério da Fazenda defende a marcação a mercado também nos saldos dos fundos de previdência complementar; entidades temem que percepção de volatilidade leve a saques
Eleições 2024: por que o PT vai repassar R$ 30 milhões para a campanha de Boulos?
Considerada uma prioridade pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a disputa na capital paulista quebra duas tradições do PT