A Mercedes-Benz não está nada confortável com as eleições
Líderes nas pesquisas não apresentam agenda econômica clara e dificultam os planos das montadoras para os próximos anos

O presidente da Mercedes-Benz no Brasil, Philipp Schiemer, é mais um na lista dos que estão apreensivos com o resultado das eleições de outubro. Para ele, os candidatos que lideram as intenções de voto têm falado pouco sobre como pretendem adotar uma política econômica "consistente", enquanto aqueles que se mostram menos competitivos são mais claros em relação a isso.
"A Mercedes-Benz está há 61 anos e já viu muita coisa, como um regime militar e dois impeachments. O importante é que o próximo presidente traga estabilidade e uma política econômica consistente". Essa foi a declaração de Schiemer em conversa com jornalistas durante o Salão de Hanôver, a maior feira de veículos comerciais do mundo.
Qual o próximo passo?
Com a incerteza em torno da eleição, a Mercedes-Benz, que no Brasil é uma das líderes em produção e venda de caminhões, tem pouca clareza sobre como o mercado deve se comportar no ano que vem.
E essa apreensão toda vem do câmbio. Schiemer afirmou que, a depender da política econômica do próximo presidente, o real pode se desvalorizar ainda mais, provocando inflação e juros mais altos, que pressionam o custo de produção e deixa a demanda por caminhões em queda livre.
Na visão do presidente da montadora, se o próximo governo não tirar as reformais fiscais do papel, o Brasil perderá importância e credibilidade no cenário internacional, se tornando menos atrativo para investidores. "Os líderes das pesquisas são candidatos que estão nos extremos. No fundo, isso não é bom, porque dificulta a pacificação", disse.
Apesar dos pesares, o presidente da montadora é otimista com relação ao Brasil ao dizer que, se não estivéssemos passando por uma disputa presidencial, certamente teríamos um crescimento sustentável no ano que vem. "Os juros estão baixos e a frota está envelhecida, precisando de uma renovação", disse o executivo, que disse ter aprendido no Brasil que "a esperança é a última que morre".
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