Varejo espera 100 milhões de consumidores na Black Friday
Lojistas adiantaram as promoções, que estão no ar desde o começo da semana; contudo, o pico de consumo só deve acontecer na sexta-feira, segundo pesquisa

A temporada de superdescontos prometida pelo varejo na Black Friday começa à meia-noite desta quinta-feira, 22, para sexta-feira, 23, tanto nas lojas físicas quanto, principalmente, no comércio pela internet.
Neste ano, são esperados que 100 milhões de brasileiros aproveitem a data para fazerem alguma compra, de acordo com pesquisa feira pela Boa Vista SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito). Com a expectativa ainda maior que as edições anteriores, os lojistas adiantaram as promoções, que estão no ar desde o começo da semana. Contudo, segundo o Google, o pico de consumo deve acontecer, de fato, na sexta-feira.
Expectativa alta
Uma das redes que decidiram adiantar as promoções foi a Via Varejo, dona das Casas Bahia e do Ponto Frio. A partir desta quinta, às 11 horas, as mil lojas da rede vão abrir as portas já com os preços reduzidos. Em lojas como Pão de Açúcar e Extra, a expectativa é que o movimento em um único dia supere o de seis sextas-feiras juntas, que tradicionalmente é o melhor dia desse varejo.
Para além das ofertas relâmpago, os órgãos de defesa dos consumidores alertam para as pegadinhas, batizadas de "Black Fraude". Procon-SP e Instituto Nacional de Defesa do Consumidor (Idec), por exemplo, vão manter uma sala de crise para atender às demandas dos clientes que enfrentarem problemas nas compras.
De acordo com dados da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), órgão do Ministério da Justiça, durante a Black Friday ocorre um aumento de cerca de 70% nas reclamações na plataforma consumidor.gov.br, um serviço público que permite a interlocução direta entre consumidores e empresas para solução de conflitos. O problema é que o número de ocorrências solucionadas, no entanto, permanece igual, na média de 72,6%.
As cinco principais categorias de queixas registradas no site são oferta não cumprida, venda ou publicidade enganosa e serviço não fornecido; demora na entrega ou não entrega do produto adquirido; dificuldade, atraso ou retenção de valores a serem reembolsados; dificuldade de contato e demora no atendimento; e produtos danificados ou que não funcionam e consequente dificuldade de troca ou conserto.
O advogado do Idec, Igor Marchetti, diz que os dados extraídos pela Senacon mostram que o consumidor deve estar atento às falsas ofertas. "Recomendamos atenção para que não sejam prejudicados por uma onda fictícia de descontos", diz.
*Com Estadão Conteúdo
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